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sábado, 19 de novembro de 2016

ALELUIAS CORAL - UMA CAMINHADA DE INTENSO LOUVOR

No ano de 1932, aconteceu um fato marcante na história da Assembleia de Deus em Belo Horizonte (MG). Foi a criação de um conjunto musical, composto de vozes e instrumentos, com o objetivo de louvar ao Senhor e enriquecer os cultos. Na época, a igreja era pastoreada pelo missionário Sueco Nils Kastberg e o templo se localizava na Rua Uberlândia,620 (antigo 128), no Bairro Carlos Prates. 

Este conjunto tinha como regente, o irmão Olímpio, e como seu auxiliar, um irmão conhecido como Manoelzinho. Jesus abençoou de forma que o conjunto se desenvolvia dia após dia. 


No ano de 1936, o conjunto que já se apresentava em quatro vozes, tomou a forma de coral. A partir do irmão Olímpio, seguiu-se uma secessão de regentes: Pedro Miranda, Geraldo Cordeiro, isso na década de 1940. Os anos passaram e novos regentes foram chamados por Deus, para exercerem a liderança do Coral. São eles: Frank Svenson (1934-2018), filho do missionário Algot Svenson, que foi o pastor de 1933 a 1958; Antônio Sebastião, Elias Evangelista e Sebastião Ramos. Depois da morte do pai, Frank Svenson, passou a dedicar-se à arquitetura e à política e posteriormente muda-se para o exterior.

Com a saída de Frank, a regência do coral passa pela liderança dos irmãos Ben-Hur e Elias de Oliveira, os quais permaneceram pouco tempo.

No ano de 1960, assumiu a liderança o saudoso maestro João Martins Sobrinho, permanecendo como titular por 30 anos. Ele teve a cooperação dos maestros Nelson Zózimo de Almeida e José Simões da Rocha Filho. Em 1990, a regência do Aleluias Coral, passou a ser exercida pelo maestro Antônio Vicente Soares, o qual Deus tem abençoado ricamente. 

Na sequência, da esquerda para a direita, os maestros Frank Svenson (final da década de 50), João Martins Sobrinho (1960 a 1990) e Antônio Vicente Soares (1990 até o momento).  
  
Entre os antigos componentes, é bom relembrar de alguns nomes, tais como: a irmã Bernarda Silvestre (esposa do Pastor Anselmo Silvestre) ambos de saudosa memória, Eunice Pinto Sobrinho, Lourdes de Freitas (solista), Expedita Ribeiro de Jesus, Lúcia Martins da Costa, Terezinha da Cruz Correia, Petronilo Sabino da Silva, José Simões da Rocha Filho (também maestro) e Nelson Zózimo de Almeida (solista e também um dos regentes auxiliares). Como organistas atuaram entre outros: Cristina Svensson, Marluce Rodrigues da Silva (em duas ocasiões distintas, Beth Pinheiro (membro da Igreja Batista, de vez em quando atuava), Degmar Menezes e Solange Pinto, além do maestro Toninho Soares.

Com o propósito de formar uma orquestra, o maestro Toninho Soares, convocou uma reunião entre os músicos da igreja, no dia 6 de janeiro de 1992. Sendo criada nesse mesmo dia, a orquestra teve como fundadores o maestros Antônio Vicente Soares e o trompetista Joanir Martins de Oliveira. O primeiro ensaio ocorreu no dia 10 daquele mês.

A orquestra fez a sua pré-estreia em 31 de maio, tendo sua formação apenas com instrumentos de sopro, por ocasião do aniversário do então pastor presidente, Anselmo Silvestre, de saudosa memória.

A já denominada "Orquestra Vida", fez a sua apresentação oficial, acrescida dos instrumentos de corda de arco, em 25 de outubro do mesmo ano, no templo central da AD de Belo Horizonte, com a participação do Aleluias Coral. Ela dá o suporte aos hinos do coral, que por algumas vezes, se apresenta apenas com o acompanhamento de órgão. 

O coral se apresenta nos cultos dominicais e eventos especiais com um rico repertório, tendo nessa trajetória gravado um disco LP (por volta de 1971) e posteriormente o CD "Mais grato a TI". O grupo também já realizou viagens por diversas cidades mineiras, como também fora do estado de Minas Gerais, levando a música contagiante e que tão bem faz à nossa alma. E em todos esses anos, a igreja em Belo Horizonte, tem sido abençoada com os cânticos do coral e da orquestra, principalmente nas apresentações das cantatas de Páscoa e de Natal.

Aleluias Coral - São 88 anos completados neste ano de 2020, edificantes, trazendo solidificação nos elos de comunhão fraternal, deixando no ar um fragrante aroma impregnado com o cheiro de Cristo, o incenso do louvor. Podemos considerar que o "Aleluias Coral" é sem dúvida, os "Levitas da Igreja em Belo Horizonte.

O coral com 65 componentes e a Orquestra Vida, com 50 músicos, ambos sob a direção do maestro Pb. Antônio Vicente Soares, que tem como regentes assistentes, seu filho Jônatas Ferreira Soares (também organista) e o diácono Weberson Almeida. Toninho Soares, é Capitão da Polícia Militar de Minas Gerais, regente titular da Orquestra Sinfônica da PMMG. 

Fonte: Histórico do Coral, escrito pelo maestro Antônio Vicente Soares, em 27 de setembro de 1991.

ANEXOS: 

Antiga Orquestra e Coral da AD em Belo Horizonte (Ano de 1932)

Templo Central das Assembleias de Deus em Belo Horizonte 

Aleluias Coral cantando no Templo Central da AD em Belo Horizonte
(Década de 1980)
                                                                       
O "Aleluias Coral" na regência do maestro João Martins Sobrinho.

Capa do primeiro LP gravado pelo coral em 1971


Saudosa maestrina e cantora Marluce Rodrigues da Silva, paraibana, fundadora do Coral Missionário, também atuou como uma das organistas do Aleluias Coral.

Capa do CD gravado com o Aleluias Coral e Orquestra Vida (2003)






Órgão eletrônico "EMINENT", que durante mais de 40 anos deu suporte ao Aleluias Coral. 




Apresentação da Cantata de Natal - Dezembro de 2015


Órgão do Templo Central da AD em Belo Horizonte - MG, possivelmente uma raridade entre as igrejas da Assembleia de Deus no Brasil. 


Além de atuar como maestro do Aleluias Coral e Orquestra Vida,
Antônio Vicente Soares é organista oficial da igreja central.

Fachada atual do Templo Central da Assembleia de Deus em Belo Horizonte (MG)
 

  Apresentação do Aleluias Coral por ocasião do 83º aniversário (2015)


sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Missionário JOHN PETER KOLENDA

Missionário das Assembleias de Deus norte-americanas, evangelista, pastor, ensinador e antigo líder da Assembleia de Deus em Santa Catarina.


Conhecido no Brasil como J. P. Kolenda, nasceu na cidade de Gelsenkirchen (Alemanha) em 20 de outubro de 1898. Filho do casal Ludwig e Emília Kolenda, ele era o caçula de seis irmãos: Marta Kolenda, Mamie Shcleuchter, Elizabeth Brenda, Louie e Ernie Kolenda.  

Quando tinha apenas quatro anos de idade, veio com os pais para o Brasil e fixaram residência em Barão do Triunfo e depois em Porto Alegre (RS). Seu pai era pastor luterano e serviu à comunidade luterana alemã no Rio Grande do Sul. Certa vez, o pequeno John esteve doente e prestes a morrer. O pai e a família, em vola de sua cama, oraram com fervor por ele. Então o menino contou-lhes que vira alguém no quarto. Na manhã seguinte, já estava em plena convalescença. Esse alguém foi Jesus.

A família Kolenda recém chegada ao Rio Grande do Sul em 1902, para trabalhar entre os luteranos no Brasil.

Quando John tinha 11 anos, mudou-se com a família para os Estados Unidos, onde seu pai foi pastorear uma igreja congregacional no Estado de Colorado. Sua irmã, Marta Kolenda, porém, ficou no Brasil, tendo se casado com Rodrigo Ribeiro Lemos, de cujo matrimônio nasceram nove filhos, entre os quais, João Kolenda Lemos, que se tornou pastor e pioneiro na educação teológica na Assembleia de Deus brasileira.

Depois de migrar para os Estados Unidos, o jovem Kolenda converteu-se a Cristo aos 16 anos. Dois anos depois, teve contato com o movimento pentecostal, que estava começando a progredir naquela região com as campanhas de Aimee Semple McPherson, e recebeu o batismo no Espírito Santo. Certo dia, o pai lhe disse que, já estando em idade avançada, gostaria de entregar a fazenda a ele. Embora parecesse um bom negócio, o jovem resolveu orar sobre o assunto, para saber a vontade de Deus. Voltou então para dizer ao pai que não podia aceitar a proposta. O velho Kolenda não insistiu, e o moço, em vez de seguir a carreira de fazendeiro, aceitou a chamada divina para o ministério da Palavra.

Então, matriculou-se num Instituto Bíblico em Pasadena (Califórnia), onde se formou em 1921. Terminado o curso teológico, Kolenda foi ordenado pastor em 11 de maio de 1922 pela Convenção das Assembleias de Deus da Califórnia. Em seguida, voltando ao Estado de Michigan, fundou igrejas em: Flint, Bay City, Saginaw e Lansing.


Ainda como estudante no instituto Bíblico, conheceu uma jovem sueca de nome Marguerite Westmark. Gostando dela, propôs-lhe casamento. Esta proposta virou problema porque, na ocasião, havia um concorrente muito rico. Ela teve que escolher entre o moço rico e o pobre John, que, na verdade era pobre mesmo. Kolenda teve que custear as despesas no instituto com os biscates que fazia (trabalho de operário). 

Quanto ao amor, John venceu o rival e Marguerite concluiu que fez a escolha certa. Os dois jovens se casaram em 9 de dezembro de 1922. Dessa união abençoada, nasceram duas filhas: Grace e Dorothy.

Eloquente pregador e de alta capacidade intelectual, exerceu decisiva influência nas Assembleias de Deus norte-americanas, como conferencista, nos Estados de Michigan, Ohio e Indiana. Igrejas por ele fundadas cresceram, figurando algumas entre as maiores nos Estados Unidos, na época.
  
Apesar da intensa atividade ministerial nos Estados Unidos, o missionário Kolenda nunca esqueceu a terra de sua infância. Dominava a língua portuguesa, que aprendera quando criança. Conservava vivo na alma o desejo de voltar ao Brasil para dedicar-se à obra de Deus, com o que concordava plenamente a esposa. 

Ao encontrar-se com Noel Perkins, então diretor do Departamento de Missões Estrangeiras das Assembleias de Deus norte-americanas, J. P. Kolenda foi consultado sobre se estaria disposto a ir para o Brasil, a fim de resolver a questão da continuidade da Missão da AG junto às Assembleias de Deus brasileiras. Kolenda reunia os melhores quesitos para cumprir a tarefa: já possuía bastante experiência ministerial e falava português. Este convite oficial confirmou um outro convite feito a ele anteriormente, nos Estados Unidos, pelo missionário Gustav Nordlund, para que viesse ajudá-lo no Estado do Rio Grande do Sul.

Assim, por determinação divina e em caráter definitivo, chegou ao Brasil, aportando com a família no Rio de Janeiro, em outubro de 1939, seguindo logo após para o Rio Grande do Sul. Pouco tempo depois, mudou-se para o Estado de Santa Catarina, onde deu ênfase à evangelização e ao ensino do Palavra, além de fundar muitas igrejas, com a cooperação de obreiros locais.

Em Florianópolis, pastoreou a igreja que só tinha dois anos de existência e ali permaneceu durante muitos anos. Seu mais importante investimento evangelístico, consistiu em construir igrejas onde houvesse pelo menos uma agência dos Correios dentro do Estado de Santa Catarina.


Embora a Assembleia de Deus naquele Estado já houvesse começado em 1931, na cidade de Itajaí, onde foi construído o primeiro templo da Assembleia de Deus em Santa Catarina, foi no período da gestão do pastor Kolenda que a igreja catarinense experimentou sua primeira explosão de crescimento.

Kolenda foi o primeiro líder oficial das Assembleias de Deus em Santa Catarina. O principal projeto foi a criação da Caixa de Evangelização, sistema de evangelismo que visava a implantação de uma AD em todas as cidades do Estado. O lema era:  "
Onde o correio chegasse deveria de ter pelo menos uma congregação da denominação", frisava. O projeto repercutiu com êxito e, com dez anos, o objetivo foi alcançado. Foi ele quem separou os dois primeiros pastores deste Estado, Manoel Germano de Miranda e António Lemos. 
No ano de 1943, Kolenda fundou a primeira convenção estadual do Brasil com o auxílio do missionário norte-americano Virgil Frank Smith e de outros pastores.

A igreja crescia grandemente na capital, e os trabalhos no interior se expandiam vertiginosamente. Devido ao crescimento da igreja florianopolitana, Kolenda alugou um salão no Bairro de Coqueiros, local onde posteriormente construiria o primeiro templo da cidade. Em seguida, abriu uma congregação no Bairro Saco dos Limões e no dia 19 de abril de 1952, inaugurou o Templo-Sede na Rua Felipe Camarão, 114. A etapa seguinte foi a abertura de um trabalho próximo ao Cais Frederico Rola, no centro da cidade, o qual foi transferido para a Rua Conselheiro Mafra, onde permaneceu até 19 de abril de 1952, ocasião em que o missionário inaugurou o templo-sede na Rua Felipe Camarão, 114.

Seus interesses estenderam-se à evangelização dos alemães radicados na região, principalmente em Blumenau. Dirigiu a construção de muitos templos que foram por ele inaugurados. Reservava uma boa parte de seu tempo para atender pedidos de estudos bíblicos nas igrejas, não só em Santa Catarina, mas também em outros Estados. Esteve em Lavras (MG), onde trabalhava o missionário N. Lawrence Olson durante os festejos de inauguração do templo da AD em Lavras (MG) em 1942. Os estudos que ministrava eram apresentados de maneira sistemática e sempre espiritualmente ricos. Destacou-se como um dos mais poderosos pregadores e mestres da Palavra entre as Assembleias de Deus brasileiras. Especialista em temas escatológicos, ele cria que o arrebatamento se daria em seu tempo e não passaria para a eternidade por meio da morte. Em 1981, foi publicado, em inglês, um livreto com três de suas mensagens escatológicas: "Discerning the signs of the times" (Discernindo os sinais dos tempos), "God's Calendar" (Calendário de Deus) e "Bone of his bone" (Osso de seu osso).

Era reconhecidamente um homem de visão. Visava sempre as coisas grandiosas, de altos valores espirituais, que redundassem em maiores bênçãos para um maior número de pessoas. Interessou-se sobremaneira pela área de literatura nas Assembleias de Deus, para atender às milhares de pessoas que se convertiam a Cristo, do Amazonas ao Rio Grande do Sul. Verificando que na época, só se editava o jornal Mensageiro da Paz e a revista da escola dominical pela Casa Publicadora, que funcionava numa única sala, situada no antigo templo da AD de São Cristóvão (Rio de Janeiro), teve a visão da CPAD equipada com modernas máquinas impressoras e em prédio próprio. Com a aprovação da Convenção Geral de 1946, lançou, nos Estados Unidos, uma campanha financeira em favor de máquinas impressoras para a CPAD, concomitantemente em outra feita no Brasil, obtendo pleno êxito.

As somas levantadas no Brasil e nos Estados Unidos, por iniciativa de J. P. Kolenda, elevaram-se a 100 mil dólares, com os quais foi adquirido um prédio próprio, na Rua São Luís Gonzaga - 1951, no bairro Benfica (Rio de Janeiro), e todo o equipamento gráfico necessário. Descobriu, nos Estados Unidos, um crente perito em gráfica, Andrew Hargrave, que veio para o Brasil em 1948 e prestou serviços à CPAD durante vários anos.

J. P. Kolenda também começou a implantar o ensino bíblico sistemático nas Assembleias de Deus. Ele dedicou-se a organizar estudos bíblicos em todo o Brasil, sempre em estreita cooperação com outros mestres da Palavra, como o missionário Samuel Nyström. Em 1944, em cooperação com o missionário N. Lawrence Olson, projetou a escola bíblica por correspondência, com sede em Lavras (MG), que tinha por alvo ministrar o ensino pentecostal para grande número de jovens obreiros vocacionados, que surgiam por toda a parte.

Esforçou-se para estabelecer o ensino teológico de maneira formal entre as Assembleias de Deus. Lançou as sementes para a organização dos institutos bíblicos que hoje existem no Rio de Janeiro, em Pindamonhangaba e em outras cidades.

O sonho que J. P. Kolenda tinha era o evangelismo, o estabelecimento de igrejas, a educação e a literatura. Suas idéias acerca da educação e das escolas eram prematuras para aqueles tempos. Tinha o zelo, a energia, o entusiasmo e a visão com o poder do Espírito Santo, mas não conseguiu concretizar a idéia da Escola Bíblica, por causa das circunstâncias daqueles tempos. O resultado dos seminários liberais nas denominações tradicionais levaram os líderes a ter um mau conceito da educação teológica (Brenda, pp. 7,8).

Quando já contava com 74 anos de idade, sentiu a necessidade de fazer algo em benefício dos obreiros no extremo Norte do país, fundando uma escola teológica por extensão, com o nome de Instituto Bíblico Bereano, que serviu a centenas de obreiros nos Estados do Pará, Maranhão e Piauí.
   
Em 1952, após 12 anos de liderança, pastor Kolenda entregou a direção do trabalho em Santa Catarina ao evangelista, e posteriormente pastor, Isaque Kolenda. Nos dois anos seguintes, o missionário trabalhou exclusivamente em benefício da CPAD. Ele tinha sido também membro do Conselho Administrativo da editora, eleito em 1951. 


Tendo realizado a obra pioneira no Brasil, tanto na evangelização do Estado de Santa Catarina, como no ensino teológico sistematizado e cooperado na aquisição do maquinário da CPAD, o missionário J. P. Kolenda recebeu novo desafio da parte de Deus, para fazer algo em prol da obra pentecostal na sua terra natal, a Alemanha, então devastada pela Segunda Guerra Mundial. Foi convidado pelo diretor de Missões das AD nos Estados Unidos, Noel Parkins, a dedicar-se à reunificação do trabalho pentecostal na Alemanha, tendo aceitado o convite e se mudado para lá em 1952. Nesse país, em uma convenção, encontrou um remanescente de apenas 26 pastores pentecostais. 


Realizou o projeto do Instituto Bíblico Bereano em Erzhausen, próximo a Frankfurt, e de uma Casa Publicadora bem equipada, e conseguiu a reunificação do trabalho pentecostal na Alemanha, em nível nacional. 

Depois de vários anos vivendo com sua esposa em Modesto, na Califórnia (EUA), estando jubilado de seu ministério missionário, John Peter Kolenda foi chamado ao descanso eterno, no dia 19 de junho de 1984, aos 85 anos de idade.

ANEXOS:

Grupo de pioneiros reunidos na AD em Florianópolis, em meados da década de 1940
Antigo templo central da AD em Florianópolis, inaugurado em 1952


Missionário J. P. Kolenda, a sua esposa Marguerite e as filhas Doroty e Grace.

Missionário John Peter Kolenda e família


Missionário J. P. Kolenda dedicou grande parte de seu ministério
ao ensino sistemático da Palavra de Deus

Missionário Kolenda, e Antônio Lemos, um dos
primeiros pastores da AD em Santa Catarina

Missionário J. P. Kolenda e esposa Marguerite

Livro biográfico editado pela CPAD

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

EVENTO MARCA O LANÇAMENTO OFICIAL DO LIVRO "ENTRE ROSAS E ESPINHOS"

Com a participação de diversos pastores, familiares e amigos, foi lançado a segunda edição do livro "Entre Rosas e Espinhos", obra que conta a história de vida do pastor Antônio Rosa da Silva, o qual durante 53 anos exerceu brilhante ministério na região do Vale do Aço. A primeira edição foi feita em 2002. 

O evento aconteceu no dia 29 de junho de 2016 no foyer do Teatro Usicultura, no Shopping do Vale do Aço, em Ipatinga (MG). 

Como fundo musical, um grupo sob a coordenação do maestro Melquisedequi Rodrigues de Araújo, alegrava o ambiente que foi marcado pela descontração dos presentes.


Iniciando a programação, o mestre de cerimônia, irmão Carlos Souto, chamou à frente, o escritor do livro, o homenageado pastor Antônio Rosa e o atual pastor presidente José Martins de Calais Júnior, para os respectivos pronunciamento. O presbítero Jacó Rodrigues Santiago (autor do livro) assim se pronunciou na ocasião: 


"Boa noite à todos! 

Quero cumprimentar o ilustre pastor Antônio Rosa, presidente de honra das Assembleias de Deus Campo de Coronel Fabriciano e Ipatinga e principal protagonista do livro que hoje está sendo lançado. 

Cumprimento também o pastor José Martins de Calais Júnior, atual presidente do Campo de Coronel Fabriciano e Ipatinga e os demais pastores. 

Cumprimento também os demais convidados. 

As minhas primeiras palavras são de gratidão. Em primeiro lugar agradeço à Deus, que têm me dado inteligência e disposição para executar as tarefas, as quais as vezes me apresentam como verdadeiros desafios. 

Aos meus pais que souberam me criar nos caminhos e no temor de Deus. 
À minha esposa, meus filhos os quais têm me dado o toda sustentação necessária em minha vida. 

Ao pastor Júnior Calais, o qual sempre que preciso tem me apoiado com idéias e ações. Aos demais pastores aos quais considero como verdadeiros amigos e tenho a honra de conviver. 

Mas o meu agradecimento especial neste momento é dirigido à uma pessoa também muito especial, que é o pastor Antônio Rosa. 

Prezados amigos, acredito eu que para construir a biografia de alguém, no mínimo, tem que se conhecer alguns fatos importantes do biografado ou pelo menos ter acompanhado parte de sua vida. Poderia ter sido outro escritor para editar esta biografia mas coube à mim esta responsabilidade. 

Tive o privilégio de acompanhar a trajetória do pastor em seu rico ministério desde o ano de 1971. Naquela época, eu, um garoto de apenas 12 anos de idade, junto com minha família recém chegada ao Vale do Aço, fomos acolhidos de braços abertos por ele que, naquela ocasião, era o pastor em Melo Viana. Desde então, além de meu pastor, formou-se uma verdadeira amizade que nos uniu nesses 45 anos. 

Lembro-me que contando eu 15 anos, Antônio Rosa (já como pastor em Ipatinga) pediu aos meus pais, se eles permitiriam que eu me mudasse para cá, pois ele tinha uma tarefa para mim. Eu vim na condição de trabalhar auxiliando nos trabalhos da secretaria e também continuar meus estudos. 

De lá para cá foram vários episódios que ocorreram, e acreditem os senhores, já nessa tenra idade, eu já tinha o costume de anotar em cadernos fatos importantes da igreja, sem mesmo saber para que essas anotações serviriam. Deus, sabedor de todas as coisas, por certo tinha em Seu plano, que um dia alguém escreveria a biografia daquele líder. Por isso, sem saber de nada, já estava me preparando. 

O tempo passou, e no ano em que a nossa igreja completaria 50 anos, tive o privilégio de propor ao pastor e ao ministério, a idéia de lançarmos uma revista especial ou um livro que pudesse marcar o evento do Jubileu de Ouro. O ministério acatou a idéia de lançarmos o livro, e assim pudemos entregar no mês de outubro de 1998 a primeira edição da “História das Assembleias de Deus no Vale do Aço”. 

Deus abençoou o nosso trabalho, e o pastor Rosa, agradecido e feliz, começou a trabalhar com a idéia de lançar a sua própria biografia. Novamente estava eu diante de um grande desafio. Porque uma coisa é escrever a história de uma igreja e outra bem diferente é escrever a biografia de uma pessoa como nosso pastor presidente. Para isso, o autor (pastor Antônio Rosa) com a excelente memória que Deus lhe deu, me passou por escrito acontecimentos que marcaram a sua vida desde o nascimento, a infância sofrida com as constantes enfermidades, o trabalho pesado do campo, enfim toda sua trajetória. Não faltaram as “famosas” fotos históricas de seu rico acervo, que até hoje nos emocionam. Começamos a trabalhar e em maio de 2002, num culto festivo de aniversário do pastor, foi lançada a primeira edição do livro “Entre Rosas e Espinhos”. 

Chegou então o ano de 2015 e o pastor Antônio Rosa, já estava pensando em se preparar para a sua jubilação e para o merecido descanso. Porém, ele queria mais uma vez, deixar em livro as suas memórias, atualizando o que havia sido escrito na primeira edição. 

Por fim, chegamos a este dia em que temos o privilégio de apresentar mais esta grande obra, que é a segunda edição do livro “Entre Rosas e Espinhos”, sim porque a caminhada do pastor Antônio Rosa foi entre rosas e espinhos. Muitas vitórias, alegrias, momentos festivos e de comemorações, porém, não foram poucos os momentos de tristezas, lutas amargas, lágrimas, decepções, calúnias e perseguições. O livro retrata exatamente isso. 

Se não fosse o verdadeiro chamado de Deus para uma missão específica, talvez nosso pastor não estivesse aqui hoje, pois teria desistido no meio do caminho. Lembrando aqui o poeta itabirano Carlos Drumond de Andrade, o qual escreveu uma poesia: “No meio do caminho tinha uma pedra”. Mas, as pedras que existiam no meio do caminho do pastor Antônio Rosa foram transpostas por ele, graças a sua determinação, vontade de vencer e realizar a obra Daquele que o chamou.

Portanto, ao concluir minhas palavras, quero externar ao biografado a felicidade que tenho em tê-lo não só como meu pastor por mais de 40 anos, mas como um pai espiritual, um grande amigo a quem sempre respeitei. Quero agradecê-lo por acreditar em mim, desde minha tenra idade e sempre apoiar o meu trabalho de escriba. 

Finalmente, recomendo a todos aqueles que adquirirem um exemplar de “Entre Rosas e Espinhos”, que possam ler todo o conteúdo. Pois, além de farta ilustração fotográfica, o livro contém alguns documentos enriquecedores para compreensão do texto. A história que conta a vida de um garoto que tinha o sonho de tornar-se padre, mas aos 14 anos tomou outra decisão que mudou por completo a sua trajetória, com certeza irá emocionar muita gente. 

Muito obrigado!" 


Em suas palavras de agradecimento, o pastor Antônio Rosa disse que fez o lançamento de outras obras de sua autoria tais como: "Obediência: o melhor caminho", "Calma! a vida é preciosa" e "Não posso andar com isso". Quanto ao seu livro biográfico ele explicou: "Rosas significam as vitórias e sucessos que Deus tem nos dado. Os espinhos são lutas, problemas e dificuldades, mas é difícil ter rosas sem espinhos. Moisés quando celebrou a páscoa, na passagem bíblica, revela que havia uma ordenança para comer a carne do cordeiro assada, mas com erva amargosa. Não é só carne assada, mas tem que ter também a erva amargosa. Há momentos na vida que temos muita amargura e muita coisa que não podemos levar em consideração. Assim também são as rosas. Se alguém vem com mar de rosas, tem que ter cuidado com os espinhos." 


O pastor presidente Júnior Calais, também disse de sua alegria pela realização do evento, parabenizou o pastor Antônio Rosa pelo lançamento do livro e agradeceu a presença de todos. No final os convidados foram brindados com exemplares do livro, os quais receberam autógrafos do pastor Antônio Rosa e do escritor.




ANEXOS












sábado, 13 de fevereiro de 2016

Campo de Coronel Fabriciano e Ipatinga tem nova liderança

Pastor Antônio Rosa pede sua jubilação e o Ministério elege por aclamação o Pastor José Martins de Calais Júnior.


Depois de permanecer no cargo de Presidente das Assembléias de Deus Campo de Coronel Fabriciano e Ipatinga por 37 anos, Pastor Antônio Rosa da Silva (78), pediu a sua jubilação. O ministério se reuniu em Assembléia Geral Extraordinária no dia 12 de fevereiro de 2016, e aprovou o nome do Pastor José Martins de Calais Júnior, que até então exercia a primeira vice-presidência. Pastor Antônio Rosa, que hoje completa 54 anos de profícuo ministério, permanece como Presidente de Honra. 

Em tratamento de sua saúde, e entendendo ter chegado o momento de descansar do labor ministerial que no dia 13 de fevereiro (hoje portanto) completou 54 anos desde o dia em que foi designado pelo saudoso Pastor José Alves Pimentel para sair ao campo de evangelização, o querido pastor Antônio Rosa da Silva, resolveu solicitar a sua jubilação. Após ser analisado, a diretoria da igreja acatou o seu pedido. 



Nasceu no dia 03 de maio de 1937, na localidade de Água Parada, então município de Mesquita (MG). Filho de Joaquim Antônio Rosa e Maria Rosário da Silva. Ainda novinho, os pais faleceram, sendo então criado pelos avós João Maria da Paz e Josefina Pedro da Silva.
Em 25 de novembro de 1951, com apenas 14 anos de idade, numa escola dominical onde morava, aceitou a Cristo como Salvador.

Aos 26 de outubro de 1952, foi batizado nas águas pelas mãos do Pastor José Alves Pimentel, e batizado com o Espírito Santo no dia 23 de junho de 1953. Logo nos primeiros dias de sua fé, começou a cooperar na igreja, auxiliando na escola dominical, pregando a Palavra de Deus e dirigindo cultos. Naquela época, dirigiu as congregações de Naque, Naquinho, Gama e Queroga.

Em 13 de fevereiro de 1962, quando ainda funcionário da CAF (Companhia Florestal Acesita), onde trabalhava como auxiliar de escritório, foi chamado para o trabalho do Senhor, através do Pastor José Alves Pimentel que o designou para a cidade de Mesquita (MG) onde havia apenas uma senhora viúva crente com os seus filhos. Em março de 1963, o jovem Antônio Rosa da Silva foi ordenado evangelista. 


Recebeu a consagração ao ministério pastoral, no dia 24 de março de 1971, durante a convenção estadual em Belo Horizonte. Em 1972, foi eleito vice-presidente do Campo de Coronel Fabriciano e aos 22 de maio de 1978, com o falecimento do pastor José Alves Pimentel, Antônio Rosa da Silva, foi eleito o pastor presidente. 


Após pastorear as congregações de Ipatinga (centro), Melo Viana e Bom Retiro, Vila Celeste, novamente a igreja central de Ipatinga e presidir com muito amor e carinho um campo que abrange 12 municípios, Pastor Antônio Rosa resolve passar a direção para poder melhor cuidar de sua saúde. 


Durante a reunião do ministério realizada na tarde do dia 12 de fevereiro de 2016, o nome do Pastor José Martins de Calais Júnior, que até então vinha exercendo o cargo de 1º vice-presidente, foi indicado para suceder ao Pastor Antônio Rosa da Silva na presidência do Campo de Coronel Fabriciano e Ipatinga, e feito a eleição por aclamação. 



QUEM É O NOVO PRESIDENTE



Nascido no dia 28 de julho de 1966 no Distrito de São Cândido - Caratinga (MG), Júnior Calais é filho de José Martins de Calais e Zilca Ferreira de Calais.

Casou-se em 05 de fevereiro de 1994 com a jovem Vânia Gonçalves de Oliveira que lhe deu os filhos Ana Elisa e Micael Douglas.

Júnior teve o privilégio de nascer num lar cristão, onde a Palavra de Deus e os bons costumes tinham primazia. Adolescente ainda, no dia 09 de novembro de 1980, foi batizado nas águas pelo pastor Antônio Rosa.

Aos 16 anos de idade, participando de uma manhã missionária teve a convicção de que Deus o chamava para Sua Obra. No dia 08 de julho de 1988, durante a realização do SENEP em Coronel Fabriciano, o pastor Geziel Gomes usado por Deus, disse que ali no templo havia um rapaz que o Senhor havia chamado para a Obra Missionária. Era a confirmação que ele esperava. Logo foi à frente e recebeu o batismo com o Espírito Santo.

Após fazer o Curso de Teologia no IBAD por três anos, trabalhou na AD em Ipatinga como líder de jovens. 

No dia 10 de outubro de 1992 foi separado ao diaconato, em 24 de julho de 1994 consagrado presbítero. A partir de então começou a dirigir congregações. Nessa época pastoreou as igrejas de Jardim Panorama e Amaro Lanari.  

No mês de outubro de 1996 ele e sua esposa foram enviados ao campo missionário do México, ali permaneceram por dois anos e deixaram duas igrejas plantadas. No México nasceu a primeira filha do casal. Retornando à Ipatinga, pastoreou as seguintes igrejas: Iguaçu e Caravelas.

No dia 09 de outubro de 1999 foi consagrado evangelista e aos 22 de março de 2004 ordenado ao ministério de pastor. Foi durante anos diretor do Departamento de Missões Boas Novas, e nessa função visitou os missionários na Argentina, Bolívia, Guiné-Bissau, México, Paraguai, Venezuela e também esteve na Índia e nos Estados Unidos. Em sua administração a Missão Boas Novas atingiu resultados expressivos. Além dos missionários espalhados em vários paises, o departamento também fez diversas parcerias, objetivando a evangelização dos povos não alcançados pelo Evangelho.  Além disso presidiu a Ação Evangélica de Amparo aos Necessitados de Ipatinga e foi um dos fundadores do CEMORIÁ (Centro de Reabilitação Moriá). Pastoreou as congregações do Templo Central de Ipatinga, Bairro Iguaçu, Bairro Caravelas e atualmente é o pastor do Templo-Sede em Coronel Fabriciano. 

Com a convicção da chamada de Deus em sua vida, José Martins de Calais Júnior é um pastor-missionário e por isso louva ao Senhor por estar envolvido em missões e também por estar pastoreando igrejas. Ele é grato aos pais que o ensinaram a amar a Obra de Deus e a querida esposa que sempre o apoiou em seu ministério.

Esperamos que o novo presidente, Pastor Júnior Calais tenha muito sucesso nessa nova trajetória, e que as igrejas do Campo de Coronel Fabriciano possam continuar crescendo e se desenvolvendo no aspecto numérico quantitativo, mas também em qualidade espiritual, porque de uma coisa temos certeza: ele aprendeu muito com o seu pastor e mestre Antônio Rosa da Silva, o qual permanece como nosso Presidente de Honra.

Presidente de Honra Pastor Antônio Rosa da Silva e esposa Luzia Ramos da Silva


Momento solene da posse como novo presidente
 da AD Campo de Coronel Fabriciano e Ipatinga
Nova diretoria da igreja


Pastor Presidente Júnior Calais e esposa Vânia Gonçalves



Nova diretoria da igreja
 

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Missionário GUSTAVO ALBIN BERGSTRÖM

Missionário da Assembléia de Deus norte-americana, evangelista, colportor, pastor e pioneiro de Assembléias de Deus em Minas Gerais, Goiás e São Paulo.

Considerado como herói anônimo, talvez até pelo fato de não gostar de aparecer como muitos. Não existe quase nenhuma fotografia do Missionário Gustavo Bergström disponível nos registros históricos, nem mesmo no acervo da Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD). Sabemos, porém, que ele foi um desbravador do Evangelho, percorrendo cidades e vilas dos estados de Minas Gerais, Goiás e São Paulo onde plantou a semente que frutificou tornando-se em grandes igrejas. Apesar de não ser famoso, foi um grande missionário.
 


Nascido aos 07 de agosto de 1907, em Rattwick, na Suécia, Gustavo Albin Bergström era o segundo mais novo de sete filhos. Teve uma infância um tanto quanto difícil, pois seu pai alcoólatra, abandonou a família logo depois de seu nascimento. Sua mãe, abandonada e tendo de sustentar os filhos, passou a trabalhar fora. O emprego que ela conseguiu envolvia muitas viagens. As crianças foram distribuídas em casas de parentes e amigos, e o pequeno Gustavo foi morar em uma fazenda. 

Depois de muitas dificuldades, a mãe de Gustavo conseguiu reunir os filhos novamente e em 1923, a família se mudou para os Estados Unidos, indo residir próximo da cidade de Boston, em Massachussets. Gustavo estava com 16 anos. Ainda adolescente, enquanto estudava o inglês, ingressou no boxe, e tornou-se um famoso pugilista. Parecia querer seguir a carreira, mas Deus tinha outros planos em sua vida. Ele se machucou gravemente no ouvido esquerdo, o que o afastou do ringue.

Em 1928, como resposta às orações de sua irmã Ana, o jovem Gustavo aceitou a Cristo como Salvador. A transformação espiritual foi completa. Gustavo logo estava estudando na Boston Bible Training Scholl (Escola Bíblica de Boston) dirigida pela Christian and Missionary Alliance (Aliança Cristã Missionária). O fervor missionário desta denominação avivou a alma de Gustavo, que começou a considerar um trabalho missionário de tempo integral.

No início de 1929, ele mudou-se para Hartford, Connecticut e começou a freqüentar uma Igreja Batista Sueca. Durante uma reunião de oração, Deus derramou o seu Espírito de forma marcante, e vários crentes foram batizados com o Espírito Santo. A igreja foi dividida por causa do falar em línguas, e os novos pentecostais deixaram-na e formaram a Assembléia de Deus. Esta igreja tornou-se a casa de Gustavo, a qual mais tarde o sustentou no campo missionário por 56 anos.

No outono de 1929, Gustavo matriculou-se Central Bible Institute (Instituto Bíblico Central) atual Central Bible College (Faculdade Central Bíblica), em Springfield, no Missouri, para se preparar para o serviço missionário. Após três anos de estudo naquela instiuição, ele continuou ainda por um ano pregando e evangelizando. 

Em 25 de novembro de 1933, viajou com destino ao Brasil e duas semanas após desembarcou no porto de Santos – SP, sendo recebido pelo missionário Samuel Hedlund. O primeiro período de Gustavo Bergstrom no campo durou somente um ano e nove meses. Seus contatos eram em grande parte com missionários suecos que atuavam no Brasil, principalmente o missionário Aldor Petterson, com quem Gustavo viajou para diversos lugares para evangelizar e fundar igrejas. Nessa época fundaram a AD em Itajubá – MG e viajaram até Catalão – GO onde fundaram outra igreja. Em 1934, ficou conhecendo a missionária Erma Miller, com quem trabalhou durante algum tempo.

Em agosto de 1935, retornou aos Estados Unidos poucos dias após completar 28 anos de idade, onde pretendia reencontrar aquela que seria sua futura esposa, a jovem Alice Davidson, uma ex-colega de seminário. Enquanto Gustavo esteve no Brasil, ele e Alice sempre se comunicavam por cartas, até que ele resolveu que chegara o momento de unirem suas vidas através do casamento. No final de setembro de 1935, Gustavo Albin Bergstrom e Alice Margarete Davidson se casaram em Waukegan, Illinois. 

No mês de janeiro de 1936, num dia frio, os recém-casados viajaram para o Brasil e fixaram residência em Campinas – SP. Pouco tempo depois se mudaram para Itajubá – MG, onde Gustavo havia ministrado ainda solteiro.

O missionário Gustavo Bergstrom, que alguns carinhosamente o chamavam de “o velho Gustavo”, dedicou 56 anos de sua vida à obra do Senhor no Brasil, ministrando em vários estados, especialmente Minas Gerais e São Paulo.
Após cerca de dois anos em Itajubá, a família Bergstrom se mudou para Belo Horizonte, onde já existia uma grande igreja fundada pelo pastor Clímaco Bueno Aza. Na capital mineira permaneceu por três anos, quando foi pastor interino substituindo o missionário Nils Kastberg que havia se transferido para o Rio de Janeiro. 
Pastoreou a AD em Divinópolis durante doze anos, onde construiu o templo-sede. Depois se mudou para São Paulo, onde permaneceu por oito anos. Durante este período, ele fundou várias igrejas na grande São Paulo e em Minas Gerais. O coração de Gustavo Bergstrom ardia pelas várias cidades não alcançadas às margens do Rio São Francisco. Este imenso rio tem cerca de 3200 quilômetros de extensão e em seu percurso, passa a 65 km de Montes Claros. Ele ajudou a levar o Evangelho a algumas cidades e iniciou um ministério de evangelismo utilizando o rio, que constantemente percorria de barco. Entre os anos de 1972 e 1978, Gustavo fez inúmeras viagens para Montes Claros, onde desenvolveu importante trabalho.

O missionário Gustavo Bergstrom chegou pela vez ao Brasil em 25 de novembro de 1933 e retornou para os Estados Unidos pela última vez no outono de 1989. Seus anos como missionário ativo poderiam ser divididos em três fases, como a seguir:
1933 a 1958 – Evangelismo literário e fundação de igrejas, a maior parte em Minas Gerais.
1959 a 1966 – Fundação de igrejas em menor escala na grande São Paulo.
1967 a 1989 – Criação de Institutos Bíblicos em Minas Gerais e São Paulo.

Além de ter sido um extraordinário fundador de igrejas, notadamente no sul de Minas, foi dos maiores distribuidores de folheto, como jamais se conheceu no Brasil. O evangelista Bernhard Johnson, de saudosa memória, chegou a afirmar que, há, pelo menos, 250 cidades onde Gustavo Bergstrom estabeleceu igrejas.
Enquanto cooperava com o Instituto Bíblico da Assembléia de Deus (IBAD), em Pindamonhangaba – SP, ele incansavelmente levava alunos a evangelizar em dezenas de igrejas. Com a ajuda de jovens abnegados, ou, por vezes, sozinho, este soldado de Jesus disseminou bem mais de um milhão de folhetos, sem mencionar os livros e porções da Bíblia que ele vendia ou distribuía.

No outono de 1989, Gustavo sofreu um leve derrame e precisou da ajuda de colegas missionários e seus filhos para voltar aos Estados Unidos, indo residir em Kenoscha. O pequeno derrame que ele sofrera no Brasil o deixou em uma frágil condição. Sua audição e visão estavam falhando. Em novembro de 1994, o missionário Gustavo Bergstrom se mudou para a Maranatha Village, um complexo de aposentadoria das Assembléias de Deus em Springfield. Muitos missionários aposentados consideravam Maranatha um “paraíso de descanso” num ambiente agradável. 

Após dois anos no Maranatha Village, a saúde de Gustavo começou a deteriorar-se rapidamente. Em janeiro de 1997, ele foi transferido para a enfermaria do Maranatha após uma breve estada no hospital. No dia 23 de janeiro de 1997, o missionário Gustavo Bergstrom, passou para o descanso eterno.


Ele foi considerado por muitos como um herói anônimo. Nunca se tornou famoso, mas foi um dos maiores missionários pioneiros já enviados pelo Conselho Geral das Assembléias de Deus dos Estados Unidos, ao Brasil. Não era um eloqüente pregador ou dotado de predicados políticos, mas um homem de coragem, cujo coração batia com o santo zelo de ganhar almas para Cristo e fundar igrejas. 

Ao falecer, o missionário Gustavo Bergstrom deixou saudosos a viúva, irmã Alice, seus quatro filhos: Robert, Richard, Ruth e Ronald, todos residente nos Estados Unidos, mais sete netos e um irmão residente na Califórnia. 


Antigo Templo-Sede da AD em Divinópolis - MG, inaugurado pelo Missionário Gustavo Bergström

      
Livro da biografia do Missionário Gustavo Bergström, editado pela CPAD em 2002




terça-feira, 17 de novembro de 2015

Morre o cantor Luiz de Carvalho

Ele sofreu um AVC isquêmico e voltou a ser internado no dia 27 de outubro


Faleceu na madrugada desta terça-feira (17), por volta das 4h30, o cantor Luiz de Carvalho. O cantor estava internado, no Hospital da Unimed, em São Bernardo do Campo (SP), desde o dia 27 de outubro, quando sofreu um AVC isquêmico.

Luiz de Carvalho dedicou toda a sua vida ao serviço do Reino. De acordo com palavras da filha numa rede social, “Luiz foi um homem que deu sua vida pelas outras pessoas”.

Luiz de Carvalho serviu a Deus servindo às pessoas que estavam ao seu redor. Sempre humilde, foi cantar nos cantinhos mais distantes e inacessíveis deste grande Brasil. Viajou pela Europa e Estados Unidos pregando o Evangelho, levando a mensagem de Cristo a todas as pessoas. Sua voz inconfundível e marcante entoava os louvores de maneira singela, e através destes louvores o Espírito Santo de Deus tocou no coração de milhares de pessoas.
Luiz de Carvalho tinha 90 anos. Ele nasceu em Bauru (SP), em 16 de maio de 1925. Ele foi o primeiro cantor evangélico a gravar um LP. O cantor lançou mais de 40 álbuns, 2 DVD´s e um livro.
Informações sobre velório / sepultamento:
Hoje - 17/11/2015
Culto fúnebre e velório na Igreja Batista Paulistana
Endereço: Rua Bueno de Andrade, 679 Aclimação - São Paulo
Horário: 20h
Amanhã 18/11/2015
Culto fúnebre na Igreja Batista Paulistana
Endereço: Rua Bueno de Andrade, 679 Aclimação - São Paulo
Horário: 9h
Amanhã 18/11/2015
Sepultamento no Cemitério Vila Euclides
Endereço: Praça da Saudade, 01 - Jardim do Mar, São Bernardo do Campo - SP, 09726-140
Horário: 11h30


Fonte: CPADnews