Chegando lá.

Este blog tem o objetivo de aproximar-me mais de você amigo blogueiro e através do mesmo compartilhar idéias, artigos interessantes, fotos, poemas e pensamentos. Desde já agradeço pelo teu prestígio, companhia e comentários. Sejam Bem Vindos!



domingo, 29 de setembro de 2013

Pastor CLÍMACO BUENO AZA

Evangelista, colportor, pastor, fundador das Assembléias de Deus no Amapá, Maranhão e Minas Gerais.


Clímaco Bueno Aza nasceu na Colômbia no ano de 1880. Converteu-se ao santo evangelho de Jesus Cristo em 1913, em Belém – PA. Ingressou na Assembléia de Deus ainda no segundo ano de fundação da mesma. Portanto, com todo o seu vigor e ardor do movimento pentecostal. 
Em 1943, ao completar trinta anos de carreira ministerial, o cidadão colombiano Clímaco Bueno Aza escreveu um documentário, e a primeira parte, contando como aconteceu a sua conversão e início da carreira ministerial como colportor e evangelista, foi publicada no Mensageiro da Paz da primeira quinzena de janeiro de 1944. Clímaco relatou:
Foi numa linda manhã repleta de cores, no interior do Estado do Pará, que tive o meu encontro com Cristo. Nesse dia feliz, Ele pareceu-me não simplesmente aquele Cristo histórico e benfeitor; nesse dia, eu o contemplei em toda a sua plenitude. Eu o vi pendurado na cruz do Calvário, derramando o seu sangue inocente para me salvar. Vi cair sobre ele a maldição e o castigo que nos trouxe a paz. E além de tudo, pude contemplá-lo e aceitá-lo como meu único e suficiente Salvador. Finalmente, nesse dia, encontrei o meu melhor e real amigo. Amigo em toda a extensão da palavra. Aceitei-o de todo o meu coração. Desde esse dia glorioso, tudo em minha existência mudou. O que anteriormente era dor e amarguras, transformou-se, agora,em um florido jardim de paz e felicidade. Usufruindo de tão grande alegria, nasceu em meu coração um ardente desejo de fazer com que outros também participassem da mesma felicidade!
Movido por esse desejo, foi que nessa ocasião (novembro de 1913) decidi abandonar meus negócios particulares para iniciar minha carreira evangelística, anunciando boas novas de salvação e falando de minha experiência pessoal aos que ainda viviam mergulhados nas trevas do vício e da ignorância religiosa.
Depois de expor esta minha resolução ao missionário Gunnar Vingren, que nesse tempo estava trabalhando no Estado do Pará, saí a trabalhar no interior do Estado, confiando exclusivamente em Jesus, pois não me fora marcado nenhum ordenado ou outro meio de subsistência. Iniciei-me, primeiramente, no serviço de colportagem, espalhando centenas de Bíblias e Novos Testamentos, e ao mesmo tempo anunciando o evangelho completo, aleluia!
Após essa resolução, conforme o seu relato, Clímaco empreendeu a primeira viagem para a Estrada de Ferro Belém-Bragança, a fim de executar o trabalho para a realização do qual estava atraído e chamado por Deus. Acompanhado pelo missionário Daniel Berg, em muitas dessas viagens de evangelização, Clímaco Bueno Aza teve o privilégio de pregar o evangelho pela primeira vez. Ele desenvolveu intensos trabalhos de evangelização nos últimos meses de 1913, e durante todo o ano de 1914. Percorreu todas as colônias, indo muito além de Bragança, e congregações das Assembléias de Deus foram abertas em Igarapé-Açú, Benevides, Capanema, Timboteua, Catipuru, Peixe-Boi, São Luís, São Matias, Bragança e outras cidades e povoados. 
Em 22 de março de 1914, Clímaco recebeu o batismo no Espírito Santo, o que contribuiu para mais animá-lo e aumentar a sua confiança em Jesus, pois via cumprir -se nele uma das promessas do Senhor.
Logo em seguida, a chamada específica de Deus para pregar o evangelho em tempo integral ardeu no coração do irmão Bueno Aza, que, deixando seus negócios materiais, dedicou-se ao serviço de evangelização, o qual passou a ocupar, daí em diante, todo o seu tempo. 
Clímaco Bueno Aza foi auxiliar dedicado de Daniel Berg de quem seguiu os passos como evangelista na região da Estrada de Ferro Belém – Bragança. Entre 1913 e 1914, visitaram muitos lugares desta região onde inúmeras congregações foram formadas.  Percorriam uma extensão de 233 Km. 
Clímaco Bueno Aza teve o privilégio de pregar o Evangelho pela primeira vez em Igarapé-Açu, Benevides, Capanema, Timboteua, Quatipuru, Peixe-Boi, São Luís, São Matias, Bragança e outras cidades e povoados do interior do Estado do Pará.
Posteriormente ele foi para as Ilhas e Baixo Amazonas, nos anos de 1915 e 1916, onde realizou também intensa obra de evangelização e ganhou centenas de almas para Jesus. Deixou nesses lugares muitos crentes batizados com o Espírito Santo. 
Em 1916, contraiu matrimônio com Júlia de Lima Galvão, com quem teve quatro filhos. 
Neste ano de 1916 o irmão Clímaco iniciou o trabalho da Assembléia de Deus em Macapá, no antigo Território do Amapá e pouco depois mudou-se para Bragança.
Em Bragança, o casal permaneceu de 1917 a 1919.
Segundo nos informa o historiador Emílio Conde, Clímaco Bueno Aza foi ordenado ministro do evangelho em 10 de março de 1918 por Gunnar Vingren, em Belém do Pará. 
           O irmão Clímaco foi o instrumento que Deus usou como pioneiro do movimento pentecostal em terras maranhenses, começando por São Luís, quando lá chegou no final do ano de 1921. Por causa do seu dinâmico trabalho e por ter dado provas de sua chamada apostólica, foi que o nosso pioneiro foi comissionado pela Assembléia de Deus em Belém para iniciar o trabalho pentecostal no Estado do Maranhão, começando por São Luís. Após oficializar a implantação da igreja em 15 de janeiro de 1922, o Pastor Clímaco Bueno Aza teve a alegria de ver o trabalho prosperar, não somente como resultado de seus esforços evangelísticos, mas principalmente porque “acrescentava-lhes o Senhor dia a dia os que iam sendo salvos”, At 2.47b.
O Pastor Clímaco dirigiu a igreja em São Luís apenas nos seus primeiros meses e para cumprir-se o que diz Paulo aos coríntios: “Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus”, 1Co 3.6. O corajoso plantador de igrejas, nosso irmão Bueno Aza, deixou a igreja ainda no ano de 1922, aos cuidados do Pastor Manoel de Jesus da Penha. Continuou sua trajetória em várias cidades das mais diferentes regiões do Brasil, pregando o evangelho com simplicidade, mas acompanhado do poder do alto e a convicção de que Jesus salva o homem e também o cura e batiza com o Espírito Santo. 
          Em 1925, o Pastor Clímaco mudou-se para o Rio de Janeiro com sua família, a fim de auxiliar o Pastor Gunnar Vingren na grande tarefa que se agigantava. Bueno Aza realizou várias viagens pelo Estado do Rio, realizando campanhas evangelísticas e dinamizando a obra que iniciara. Esteve também em Paraíba do Sul por um breve tempo. 
          No ano de 1927, precisamente no mês de fevereiro, esperançoso e pleno de vida, o Pastor Clímaco chegou a Belo Horizonte com sua família. Fixou residência na Rua Peçanha, esquina com a Rua Paraíso e ali, em sua própria casa, foram realizados os primeiros cultos, onde se converteram as primeiras pessoas. Os primeiros convertidos pela pregação do missionário Clímaco, foram: Antonio Gomes, Capitão da PM Antônio Lopes de Oliveira, Baldomero Perez, Francisco Pereira, Eloi Gil Braz, José Alves Pimentel e João de Carvalho.
A obra pentecostal se desenvolveu na capital mineira e em todo o estado. Da Rua Peçanha a igreja transferiu-se para a Rua Contagem – 431, onde em 15 de janeiro de 1929 foi inaugurado o primeiro templo. E em 02 de agosto de 1931 deixou o pastorado em Belo Horizonte e transferiu-se para Juiz de Fora, com o intuito de fundar ali mais uma Assembléia de Deus. Em Belo Horizonte o Pastor Clímaco foi substituído pelo missionário Nils Kastberg.
Consta também de sua trajetória que, em 1934, esteve na liderança da AD em Santos - SP. Como não podia parar por causa da chama que ardia no seu ser, nos anos seguintes, de 1937 a 1939, Clímaco Bueno Aza pastoreou também, a AD em Natal - RN. Em 1939 o Pastor Clímaco chegou a Curitiba para assumir o pastorado da igreja, sendo também um evangelista nato estendeu as atividades evangelísticas da igreja a dezenas de cidades no interior do Estado. Pastoreou a AD em Curitiba até fins de 1942.
Deixando a igreja de Curitiba aos cuidados de outro pastor, o irmão Clímaco Bueno foi recebido pela AD em Petrópolis - RJ, onde trabalhou com expressivo amor a causa de Cristo até março de 1946.
Como é notória, múltiplas e constantes foram as atividades do irmão Clímaco Bueno Aza. Ele iniciou o trabalho de evangelização em várias cidades e capitais brasileiras, onde atualmente há grandes e prósperas igrejas.
Além das cidades já citadas, o irmão Clímaco pastoreou também em Belford Roxo - RJ e Ponta Grossa no Paraná. Foram 70 anos de vida e 37 completamente dedicados á pregação do evangelho.

Devido ao seu grande heroísmo, o pastor Clímaco Bueno Aza sofreu doenças cardíacas nos últimos anos de sua vida. Agravando-se o seu estado, voltou para Belford Roxo, onde, depois de um ano, foi internado no Hospital Evangélico. No dia 20 de setembro de 1950 no Hospital Evangélico no Rio Janeiro deixou esta terra para está com o Senhor na sua Glória.
Além das muitas saudades que deixou entre um grande número de irmãos, deixou viúva a irmã Julia Galvão de Lima Bueno Aza, que foi dedicada companheira em todos esses anos de labor ministerial deixou também quatro abençoados filhos. Somente a eternidade poderá revelar a importância do trabalho que realizou, a fidelidade com que se conduziu e os frutos que produziu para Deus e seu Reino.     


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Arca de Noé encontrada por chineses na Turquia

Conforme publicação do jornal português Correio da Manhã, a Arca de Noé  encontrada por historiadores chineses. Os mesmos garantem que o objeto de madeira, preso na montanha, a 4 mil metros de altitude, tem 99,9% de ser a Arca do Dilúvio.
Yang Ving Cing, um dos historiadores, afirmou que a Arca está protegida no Monte Ararat há cerca de 4,8 mil anos. 

Esta informação corresponde à data indicada pela Bíblia em Gênesis. A grande caixa, conforme texto original bíblico, com medidas estabelecidas pelo Criador a Noé, para que ele, sua família e mais um casal de cada animal se salvassem do Dilúvio, flutuou durante o período chuvoso até parar no Ararat, na fronteira com o Irã.

Descobriu-se que o grande barco tem vários compartimentos, que segundo os historiadores, seriam as divisões para acomodar os animais. Agora os chineses pretendem solicitar à Unesco a classificação do local como Patrimônio da Humanidade, conforme o jornal espanhol 20 Minutos, citado pelo periódico português.

Fonte: Isabel Chaves (Correio da Manhã), Portugal, 2/maio/2010

Estas descobertas confirmam que a Bíblia e o seu conteúdo são verdadeiros.  E a arca repousou no sétimo mês, no dia dezessete do mês, sobre os montes de Ararate (Gn. 8.4), diz o texto sagrado. Portanto há uma asfixia da mídia para com o fato. Pois notificar nos grandes jornais o fato é tal como um tapa na cara dos ateus, céticos, anticristos. É assumir que realmente a Palavra de Deus não é historia da carochinha. E o príncipe deste mundo não quer os jornais, telejornais, enfatizando esta descoberta.

Fonte: Correio da Manhã, Portugal




segunda-feira, 16 de setembro de 2013

ANDAR NO CAMINHO CERTO

Observamos no mundo moderno, vários caminhos que uma pessoa pode seguir em direção ao sucesso e ao bem estar. No aspecto material, sabemos que, para uma pessoa alcançar certa estabilidade e, talvez, tornar-se próspera, ela terá que trabalhar muito e saber administrar suas finanças de forma a angariar um bom patrimônio. O caminho para se obter um bom emprego, é antes de tudo, estudar muito, se formar em alguma área especifica, tal como: engenharia, medicina, ciências da computação, etc e também fazer cursos de especialização profissional. Caso a pessoa não siga esse caminho que levará ao “sucesso”, irá por outro caminho e não chegará a lugar nenhum. Hoje, podemos observar numa família, um dos membros é bem sucedido, tem sua casa, seu carro, vive bem. Outro membro já não vive tão bem, paga aluguel, ganha um pequeno salário e luta com dificuldades. Porque? Seguiram caminhos diferentes ou não quiseram seguir pelo caminho certo que lhes proporcionariam um bom futuro.

No sentido espiritual só existe um caminho que nos conduzirá ao céu. Muitos tentam um atalho, mas Jesus disse que Ele é o caminho.  (João 14.6). Entre os atalhos, estão aí as falsas religiões, as seitas heréticas, as práticas pagãs. Muitos pensam que praticando boas obras, alcançam a salvação, esquecendo que sem "fé é impossível agradar a Deus". (Heb. 11.6)

O profeta Isaias nos advertiu dizendo: “... Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda." (Is. 30.21) Muitos acreditam que “todos os caminhos levam à Deus”, será mesmo? Salomão, o rei mais sábio da terra escreveu: “Há caminho, que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte”. (Prov. 14.12).  Dá prá perceber que quando você se afasta de Deus, tudo na sua vida começa a dar errado? Pois isso, é a ausência Dele na sua vida! Então é necessário que tenhas cuidado com suas escolhas. Deus é misericordioso, ¬mas isso não significa que você ficará livre das consequências. (Rom. 6.23

É bom que se diga até mesmo nas igrejas, na área ministerial, na liderança, vemos que muitos não estão seguindo o caminho correto. Muitos já perderam o rumo. Estão na igreja, cantam, oram, exercem funções importantes na casa do Senhor, mas perderam o rumo. Já não trilham o caminho certo. Pessoas existem na igreja, que estão desmotivadas, porque seus lideres não tem sido o exemplo que deveriam ser. Também perderam o rumo.

Entre os pastores e líderes, existem (e muitos) que estão mais preocupados em se promover, se dar bem, em beneficiar membros da família. Com certeza, perderam o rumo há tempos. Estão brigando pelo “Poder”, e suas ações são expostas dia a dia na mídia, e parece que eles não estão nem aí. Cada um quer ter razão. Um defende o liberalismo, o outro o conservadorismo e a igreja fica no meio dessa confusão toda. 

Houve uma época, em que os pastores e obreiros dedicavam tanto na Obra do Senhor, que a família sofria e ficava em segundo plano e sofria muito como isso. Esses “pioneiros” sacrificavam suas vidas e da família em prol do desenvolvimento do trabalho de Deus. Eles não se preocupavam em ganhar, em se dar bem, tinham verdadeiro “nojo” do luxo e da ostentação. Mas, a igreja “a menina dos olhos de Deus” era conduzida com zelo e amor.

Hoje, por muitos terem se desviado do verdadeiro caminho, o que se houve dizer é de uma crise generalizada nas igrejas.  Tudo isso, porque desviaram do caminho da oração, do caminho da humildade, do caminho do zelo pelas coisas de Deus, do caminho do ensino sistemático da Palavra e por causa disso, muitas ovelhas têm se dispersado do rebanho. Nunca vi tanta insatisfação de crentes, principalmente na Assembléia de Deus. Muitos, não aguentam a falta de amor, falta de zelo por parte da liderança e partem para outras igrejas, na busca de uma melhor vivência espiritual, achando que na outra igreja as coisas funcionam melhor. Enganam-se rapidamente, pois problemas existem em qualquer lugar, e aí vem a frustração.

Para não sairmos do caminho certo e não correr o risco de perder o rumo, é bom lembrarmos da pergunta de Pedro ao Senhor Jesus: “... para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna” (João 6.68)                               

A despeito do que está acontecendo, numa crise geral muitas vezes provocada pela própria liderança da igreja, cabe a nós, manter a serenidade e deixar de olhar para os problemas, e passar a olhar só para o “autor e consumador da fé” (Heb. 12.2) porque Ele é o caminho mais confiável.

Uma certa feita, minha esposa, minha mãe e eu estávamos numa viagem, retornando de São Mateus (norte do estado do Espírito Santo) para Ipatinga (MG), quando chegamos em Nova Venécia, já na saída da cidade, ao invés de seguir pelo caminho da esquerda que nos levaria à Barra de São Francisco, de onde prosseguiríamos para Ipatinga, pegamos o caminho da direita. Não consegui ler uma pequena placa indicativa naquela encruzilhada, e andamos cerca de 35 km, até chegarmos a Pinheiros (ES), nada a ver com nosso destino. Quando procurei informações, fiquei sabendo que teria que retornar pelo mesmo caminho, até Nova Venécia, e daí seguir pelo caminho sentido Barra de São Francisco. Tive que pagar o preço do meu erro, e percorrer mais 35 km e retornar ao caminho certo.

Embora que muitos tenham perdido o rumo, desviaram do caminho, mas ainda há esperança. Voltar onde começou o desvio. Na carta enviada ao anjo da igreja em Éfeso, Jesus recomendou: “Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras” (Apoc. 2.5).                                                           

Essa advertência serve para todos os crentes, líderes ou liderados: o arrependimento e a volta a prática das primeiras obras. Para aqueles que estão duvidosos quanto às inúmeras inovações e heresias que surgem a cada momento nas igrejas, o segredo é continuar naquilo que aprenderam, como está escrito em 2ª Tim. 3.14Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirados”. Não devemos olhar para A ou B, até porque nos diz a Bíblia que “cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus”  (Rom. 14.12

Permaneçamos então no único caminho, seguro, confiável. Jesus!          
     

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

CELEBRAI AO SENHOR

       
         O salmo 100 nos mostra a forma de como devemos apresentar ao Senhor o nosso louvor. No primeiro versículo, somos convidados a celebrar ao Senhor com Júbilo e logo a seguir somos exortados a servir ao Senhor com alegria e apresentar a Ele com canto. Já no versículo 4, somos chamados a entrar pelas portas dele com louvor e em seus átrios com hinos.
        Observamos que para servir ao Senhor, é nosso dever fazer o melhor que temos com Júbilo, isto é com grande demonstração de alegria. Não por simples obrigação rotineira, de ir à igreja e tocar ou cantar para simplesmente cumprir uma escala ou agradar ao pastor. Devemos apresentar ao Senhor alegremente, lembrando que “é Ele que perdoa todas as nossas iniquidade e sara todas as nossas enfermidades”.
         Nosso louvor deve ser apresentado ao Senhor, como um ato de gratidão, por todos os benefícios que Ele nos concede.  (Salmo 103.2) 
Mas, muita gente não entende essas coisas e apresenta na igreja de qualquer maneira e então o que vemos? A começar pelo mau comportamento de certos músicos na casa de Deus, as músicas mal ensaiadas, a desorganização da programação. 
A maioria das empresas atualmente tem se preocupado muito com a qualidade de seus produtos, senão certamente irão à falência. Nós também deveríamos nos preocupar com a qualidade daquilo que estamos apresentando ao nosso Deus: os nossos hinos, a nossa música.                                                                                                                 Será que estamos nos preocupando com a qualidade de nossa música? Podemos fazer uma avaliação em nossos cultos, quando os grupos musicais se apresentam. O nível do som dos instrumentos está muito alto ou numa altura adequada ao ambiente? Na igreja temos crianças recém-nascidas, idosos e pessoas enfermas, que não podem ouvir som muito alto.
         Os grupos corais estão com as vozes afinadas ou necessitam de aperfeiçoamento?  E o que dizer dos músicos quanto à apresentação visual? Em algumas igrejas, os coristas e instrumentistas do sexo masculino se apresentam de paletó e gravata. A grande maioria de músicos, porém, se apresenta de forma inadequada. Nas empresas, todos têm a obrigação de usar o uniforme, mas na casa de Deus, alguns entendem que pode vir de qualquer maneira.
         A boa qualidade na casa de Deus pode ser avaliada também pela programação do culto. O programa musical está sendo cumprido ou algum conjunto ou cantor não se apresentou por falta de tempo incompetência do dirigente?                                                    Não estamos aqui para criticar A ou B, mas estamos chamando a todos para uma reflexão, se estamos nos preocupando com a qualidade do nosso culto a Deus. Quando entrarmos na porta do templo, lembremo-nos do salmista: “entrai pelas portas dele com louvor (de boa qualidade) e em seus átrios com hinos”, e isto com toda alegria e gratidão de nossa alma.

Que Deus nos abençoe!


Cristo O Incomparável

"Aquele que vem do alto está acima de todos. Cristo O Incomparável.
Quem é esse Cristo de que falo?
Os personagens de destaque na história perdem sua importância na presença do Incomparável Cristo. Ele é a Coroa do Universo. O Cumprimento das profecias. O Salvador do mundo.
Cristo sobrepuja a todos. Ele é a Voz Humana em toda a música e a estática em toda a escultura. Ele é a mistura mais aprimorada de luz e sombra em toda a pintura. Ele é o ápice da realização em qualquer empreendimento.

Paro o Artista, Ele é o apogeu da Beleza
Para o Arquiteto, a Pedra Fundamental
Para o Astrônomo, Ele é a Estrela da Manhã
Para o Astrólogo, Ele é o Sol da Justiça
Para o Construtor, o Alicerce Seguro
Para o Padeiro, Ele é o Pão da Vida
Para o Biólogo Ele é a Vida
Para o Carpinteiro Ele é a Porta  
Para o Peregrino, Ele é o Caminho
Para o Engenheiro, o Caminho Novo e Vivo
Para o Médico, o Médico dos Médicos
Para o Pedagogo, Ele é o Alfa e o ômega  Para o Educador Ele é o grande Mestre
Para o Matemático, Ele é o Primeiro e o Último   
Para o Geólogo Ele é a Rocha Eterna 
Para o Escritor, a Palavra Viva
Para o Poeta, Ele é a mais Bela Poesia
Para o Músico, Ele é a mais linda Canção de Amor 
Para o Fazendeiro Ele é o Semeador, o Senhor da Colheita
Para o Floricultor, A Rosa de Sarom e Lírio do Vale
Para o Paisagista Ele é a Videira Verdadeira
Para o Juiz, o Justo Juiz de toda humanidade
Para o Advogado, Ele é a Testemunha Fiel
Para o Jornalista Ele é Boas Novas de grande alegria
Para o Filósofo, a Sabedoria Divina
Para o Pregador Ele é a Palavra de Deus
Para o Estadista, o Desejado de Todas as Nações
Para o Trabalhador Ele é o Provedor de descanso
Para o Sedento, Ele é a Água da Vida
Para o Pecador, O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Para o Cristão Ele é O Filho do Deus Vivo, O Salvador, O Redentor e Senhor.
Para o Soldado Ele é o Comandante Geral que nos dá ordens com clareza incondicional e inconfundível.

Ele é, CRISTO, o INCOMPARÁVEL

John Haggai (Julho de 2009)

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Missionário ALGOT SVENSSON

Missionário Sueco 
Pioneiro e Pastor da Assembléia de Deus em Belo Horizonte – MG.
        
Nascido no dia 27 de novembro de 1894, em Bälaryd, Jönköpings, o Missionário Algot Svensson chegou ao Brasil em 26 de setembro de 1928, vindo da Suécia, acompanhado da esposa, Rosa. Ficou em Belém do Pará por algum tempo, em processo de adaptação e auxiliando a obra do Senhor no Norte do país. Depois foi trabalhar em Maceió, recebendo do pastor Otto Nelson a liderança da Assembléia de Deus na capital alagoana. Permaneceu à frente dos trabalhos ali de maio de 1930 a 1933. Durante esse período, a igreja em Alagoas experimentou um grande crescimento. No seu relatório de março de 1931, Svensson afirma que a igreja aumentara substancialmente.

No ano de 1933, Algot Svensson assumiu o pastorado da Assembléia de Deus em Belo Horizonte (MG), substituindo Anders Johanson, que havia assumido interinamente com a saída do missionário Nils Kastberg para o Rio de Janeiro. Quando saiu de Alagoas, Svensson havia deixado a Assembléia de Deus em Maceió com 20 congregações.

Em Minas Gerais, Algot Svensson deu continuidade ao trabalho de evangelização implementado por Kastberg. Em sua gestão, a igreja de Minas recebeu uma grande guinada em seu crescimento. Na capital mineira, o missionário construiu vários templos, entre eles o templo-sede, situado na Rua São Paulo, 1341, no centro da cidade, inaugurado em 1956.


Mssionário Algot Svensson (o quarto da esquerda para direita) e outros obreiros numa Escola Bíblica em Belo Horizonte (1949)


Nessa época, o missionário Algot, sua esposa Rosa e seus dois filhos passaram por uma grande prova, quando retornavam ao Brasil no ano de 1940, vindo de um período de descanso na Suécia. Eles partiram do país escandinavo, tendo como companheiras de viagem as missionárias Ester Andersson e Ella Turesson, já em tempo da Segunda Guerra Mundial, confiados na proteção do Senhor. O navio norueguês Cometa, em que viajavam da Suécia para o Brasil, foi torpedeado perto da Escócia, embora pertencesse a uma nação neutra. Ficaram exposto à mercê do mar encapelado dentro de frágeis baleeiras, em pleno oceano, e alcançaram a costa da Inglaterra, onde foram socorridos. De lá, embarcaram em outro navio em direção ao Brasil. Eles perderam toda a bagagem no naufrágio.

Algot Svensson era um líder que muito se preocupava com a área social da igreja, com as necessidades dos mais carentes. Ele que era freqüente nas convenções gerais da CGADB desde a sua primeira realização em 1930, na assembléia de 1937 propôs a construção de hospitais evangélicos em parceria com outras igrejas, mas não obteve aprovação por parte dos convencionais. No conclave de 1946, em Recife (PE), propôs a criação de uma caixa beneficente nacional para obreiros inválidos, com sede no Rio de Janeiro. Em 1957, a AD em Belo Horizonte hospedou pela primeira vez a Assembléia Geral Ordinária da CGADB.
Missionário Algot Svensson junto com obreiros do Vale do Rio Doce 
            
O saudoso missionário presidiu a igreja mineira até o ano de 1958, quando retornou à Suécia para mais um período de descanso e tratamento da saúde. Na sua ausência assumiu a direção da igreja, o seu vice-presidente pastor Anselmo Silvestre. Entretanto, enquanto lá se encontrava, Deus o chamou para o descanso eterno. Era o dia 5 de julho de 1959.

Pastor Anselmo Silvestre assumiu, então, definitivamente, a presidência do trabalho na capital e em todo o Estado, onde permaneceu como líder até 24 de dezembro de 2010. Naquela época, Algot Svenson havia deixado a AD em Belo Horizonte com 1.350 membros e algumas congregações.

Algot Svenson deu 30 anos de sua vida para o serviço na obra do Senhor no Brasil. Seu galardão está garantido no céu e seu exemplo jamais será esquecido.


O casal Algot e Rosa Svensson tiveram dois filhos: Frank e Kristina. Frank ainda como estudante de arquitetura é quem fez o projeto do templo central da AD em Belo Horizonte e comandou a construção do mesmo. Frank costumava pregar e cantar enquanto tocava acordeão. Ele foi o primeiro maestro do Aleluias Coral. Tornou-se arquiteto renomado e professor, e no ano de 1963 ingressou no Partido Comunista Brasileiro. A arquitetura do atual templo central da AD em Recife, inaugurado em 1978, na época com capacidade para cinco mil pessoas sentadas, foi concebida também por Frank Svensson.

A irmã Rosa faleceu em 19 de abril de 1988, na Suécia. Sua filha Kristina, hoje viúva, mãe de duas filhas, vive na Suécia. 

Dia 08 de fevereiro de 2018, o arquiteto Frank Algot Eugen Svensson faleceu aos 84 anos em Brasília. 

ANEXOS:    

No púlpito do templo em construção da AD em Belo Horizonte, assentados os pastores Anselmo Silvestre, Geraldo de Freitas e o missionário Algot Svensson. Um trio louva ao Senhor.



   Nave do Templo Central da Asssembleia de Deus em Belo Horizonte

        Frank Svensson tocando acordeon, junto ao seu pai no violino 

O arquiteto Frank Algot Eugen Svensson, falecido dia 08 de fevereiro de 2018 em Brasília onde residia.   

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Pastor Meton Soares, Presidente de Honra da IEADESI e da CEADEMA, passou para a eternidade!

A Igreja Assembleia de Deus em Santa Inês comunica com pesar o falecimento do Pastor Antônio Meton Soares, Presidente de Honra desta igreja, nesta madrugada de 7 de setembro. O Pr Rayfran, em nome de toda a igreja, transmite suas condolências à família do estimado pastor, suplicando a Deus o seu consolo aos corações enlutados e que haja paz sobre a sua memória. "Dele pode se dizer: Combateu o bom combate, completou a carreira e guardou a fé." (Pr. Rayfran Batista da Silva, líder da AD em Santa Inês - MA)

É com pesar que comunicamos o falecimento do pastor Antonio Meton Soares, ocorrido as 3.00 h da manhã deste sábado (07) em São Luis. 

Nossos pêsames a toda a família enlutada bem como a toda a Igreja. Aprouve a Deus, que sabe de todas as coisas e se agradou Deus em recolhê-lo hoje a gloria, pois “Preciosa é à vista do SENHOR a morte dos seus santos” (Salmos 116.15).


Antonio Meton Soares, nasceu em 04 de junho de 1921, na cidade de Tamboril, no Estado do Ceará. Aceitou Jesus em 1945 na cidade de Pedro II (PI). Cearense, com 22 anos de idade, Meton Soares sai do Ceará e passa a morar no Estado do Piauí e no ano de 1950 veio para o Maranhão.
Pr. Meton Soares iniciou o seu ministério na então Água Branca, hoje a cidade de Vitorino Freire. Depois pastoreou as igrejas de Igarapé Grande, Caxias, Andirobal dos Crentes e atualmente Pio XII, Santa Inês e Pedreiras. Foi líder da Assembleia de Deus na cidade de Santa Inês, entre os anos de 1963 a 1970. Tendo sido transferido para a cidade de Pedreiras onde pastoreou até o ano de 1990, quando retornou à Santa Inês e permaneceu na direção geral da igreja até o dia 26 de dezembro de 2009, quando então, entregou oficialmente a liderança ao pastor Rayfran Batista da Silva.


Em suas muitas atividades pastorais Meton Soares assumiu também a presidência da CEADEMA (Convenção Estadual das Assembleias de Deus no Estado do Maranhão) no início de 1996, sucedendo o pastor Estevam Ângelo de Souza e presidiu a mesma até dezembro de 1998. Atualmente o pastor Antonio Meton Soares é presidente de honra da Assembleia de Deus em Santa Inês e também da CEADEMA. 



Última entrevista com Pr. Antonio Meton Soares

Por Gildenemyr L. Sousa em setembro de 2006



Presidente de Honra da CEADEMA abre o coração e conta como foi o início da maior igreja evangélica no Estado.

Muitos foram os bravos pioneiros que enfrentaram corajosamente dificuldades e privações sem imaginar que aquela Assembléia de Deus que construíam, em menos de 90 anos, seria a maior igreja evangélica do Estado. Foi neste espírito de pioneirismo e empreendorismo presente num passado difícil, porém, cheio de glórias, foi que começou nossa história. História, cujos heróis, na sua maioria, já se foram, mas uns poucos ainda estão por ai: tranqüilos, leves, serenos, marcados por vitórias e realizações, cujas marcas passam pouco perceptíveis aos olhos comuns. Porém, há um Deus cujos olhos são como chamas de fogo (Ap 2.18). E não há nada que passe despercebido de Seus olhos. Por isso mesmo, dá conta dos detalhes das coisas, das ações e, principalmente, das motivações dos homens. 

Mas, entre os pioneiros que ainda estão por ai: tranqüilos, leves, serenos e com singular disposição, destacamos o inquebrável, o singular, o pastor Antonio Meton Soares. Um homem sem paralelo, pelo menos, por aqui por perto, não se vê igual. “Essa parte de saúde vem de Deus” – Afirma. Nascido em 04 de junho de 1921, na cidade de Tamboril, no Estado do Ceará. Ainda jovem, muda-se para o Piauí. Na cidade de Pedro II, torna-se mordomo da família Braga. Apesar dessa responsabilidade, adquire a fama de valente. Torna-se respeitado por sua destreza e força física. “Quando eu chegava a uma festa todo mundo se levantava com medo”. Certo dia, às 7 horas da noite, já no seu quarto pra dormir, começou a refletir na vida e no seu futuro próximo. Ao amanhecer, estava decidido em procurar uma jovem para se casar. No que lhe foi apresentada uma parenta da esposa de seu patrão. Surgindo em sua vida, dona Maria Eugênia, que lhe daria os filhos: Daniel, Samuel, Ester e Josué. Maria Eugênia toma parte de sua vida até 05 de outrubro de 1970, quando passa a estar com o Senhor. Casando em segunda núpcias, com dona Maria Leonarda de Sousa Soares, que lhe deu mais dois filhos: Josias e Antonio Meton Filho.

A cidade de Pedro II tornou-se palco de acontecimentos que terminaram por nortear o que seria o seu futuro. Em Pedro II, aprende a profissão de pintor e pedreiro. Também nesta cidade se dar o seu primeiro matrimônio. E, em Pedro II, no dia 12 de agosto de 1945, nasce outra vez na pessoa do Senhor Jesus Cristo. “O maior milagre que eu posso registrar é porque eu tinha o nome de valente. Aceitei a Jesus e não briguei mais... Isto foi um grande milagre!” – Resume.

Em 1950, chega ao Maranhão, precisamente em Água Branca (hoje Vitorino Freire). A partir daí, aproveitamos um texto escrito pelo próprio punho do saudoso pastor Estevam Ângelo de Souza: “Após auxiliar no trabalho do Senhor no Piauí, o pastor Antonio Meton Soares, mudou-se para o Maranhão, onde continuou auxiliando, sendo consagrado evangelista no dia 03 de março de 1955, para servir em Vitorino Freire, sob a direção do pastor Manoel Alves Ribeiro. Transferido, serviu depois às seguintes igrejas, nos seguintes lugares: Igarapé Grande, Guimarães. No dia 26 de novembro de 1960 foi ordenado ao Santo Ministério, na cidade de Vitorino Freire. Nessa ocasião foi transferido para o pastorado da igreja em Caxias. No ano seguinte foi transferido para Andirobal dos crentes, onde iniciou a construção do templo, deixando-o em fase de conclusão. Em 1963 foi transferido para Santa Inês, encontrando iniciado o templo sede daquela igreja, o concluiu. Em l970, foi transferido ao pastorado da igreja em Pedreiras, onde concluíra a construção do templo que estava iniciado, inaugurando-o em 19 de dezembro de l971. Nota: É casado em segunda núpcias, com dona Maria Leonarda de Sousa Soares.”

Incansável, possui o carisma dos heróis de verdade e a marca de um servo. Esta frase explica quem é o pastor Antonio Meton Soares. 84 anos, pastoreando pela segunda vez a igreja de Santa Inês, é responsável pela construção de quase 30 templos somente na cidade. Com disposição incomum, rebate a idéia de que já é hora de se aposentar. “Quando me falam em jubilação que eu não gosto. Não é comigo jubilação. Então quem tiver de olho na minha jubilação é melhor perder o assunto, quero morrer trabalhando!” declara veemente.

“Jubilação não é comigo”

1. Sua conversão transcorreu de forma comum ou envolveu alguma coisa inusitada? 

– Eu estava em casa e um outro rapaz me convidou pra ir ouvir um pregador que tinha chegado de Piripriri (PI). Ai eu botei uma faca no quarto e fui. Cheguei lá, era o evangelista José Pio da Paz, que inclusive passou para eternidade agora em Brasília. E ele estava tocando um pistonzinho, tocando um hino lá, numa casa e um sargento da polícia ao lado dele. E eu gostei quando ele pregou... Que quando ele saiu de dentro do salãozinho eu falei para ele: “eu quero ser do teu lado, achei bonito tu pregar”. Ai ele orou por mim eu não sabia o que era. Não foi coisa assim de eu saber nem que estava num em culto, eu não sabia o que era culto, não sabia nada. Ele anotou meu nome e quando foi no outro dia o padre se levantou contra. E o padre foi quem me ajudou porque eu me zanguei com o padre e me firmei no evangelho (risos).

2. Quando começou a evangelizar?

Como estava falando, a época que aceitei a Jesus ocorreu muita perseguição. E o evangelista (José Pio da Paz) não pôde ir mais à Pedro II, foi impedido. Ai de Piripiri ele me telegrafou para que eu trabalhasse, pregasse o evangelho. Eu não sabia pregar, mas o sacristão do padre sabia o que eu haveria de ser crente, logo vinha implicar comigo e eu brigava com ele, corria com ele. Ai eu fui me firmando dizendo que era do lado do pregador. Ai as pessoas que ia se manifestando da mesma forma que eu. Fui reunindo estas pessoas, quando o Zé Pio voltou em Pedro II organizou a congregação.


3. Então foi o pastor José Pio que lhe apresentou no Ministério?

– Não. Foi o pastor Manoel Ribeiro, que hoje reside em Castanhal, no Estado do Pará.

4. Como se deu a sua chamada?

Eu auxiliava o trabalho em Vitorino Freire e continuava trabalhando na minha profissão. Era pedreiro e pintor. Continuava trabalhando na minha profissão e não pensava em ser pastor não, viu! Mas eles se agradaram de mim... Naquele tempo era muito difícil, ser pastor era só sofrimento, não tinha quase quem se interessasse ser pastor. Quando de São Luís, o pastor Furtadinho mandou uma carta de autorização para mim, destinada ao pastor José Pio, que nesse tempo estava em Bacabal. Então ele reconheceu a firma e mandou para mim, no dia 06 de setembro de 1952.

5. Quais eram as principais dificuldades enfrentadas, naquela época, pelos pregadores do evangelho?

Meu irmão, os que tinham profissão, que trabalhavam tinha alguma coisa para se manter. Mas quem trabalha braçal levava uma vida difícil, não podia nem sair viajando. Por isso, no caso de evangelização, os que se dispunha a fazê-lo eram pessoas que realmente tinham vocação e disposição pra trabalhar. O pastor Otoniel Alencar, mesmo auxiliar, era enviado pelo missionário para qualquer cidade no Maranhão. Ele pegava um lençol colocava uma redinha dentro e saía confiando somente em Deus.

6. Aconteceu assim também com o senhor?

– Não, não fiz assim porque eu trabalhava, tinha sempre minha profissão, andava sempre com meus dinherín (risos).


7. E hoje, em sua opinião, quais as principais dificuldades a serem enfrentadas?

- Hoje todo mundo está respeitando os crentes. Naquele tempo, a autoridade não considerava crente, era bicho do mato. Mas hoje, elas consideram, respeitam. Os problemas que tem, na maioria, são os próprios pastores que arranjam briga pra eles.

8. Os critérios para se ingressar naquela época eram mais rígidos?

– Naquele tempo era muito diferente! Até porque o crente considerava o pastor um homem santo de Deus. O que o pastor dizia o crente fazia. E hoje não. Em muitos casos, o pastor diz uma coisa, o crente ta ouvindo por ali mais faz do jeito que ele quer. Quando agente vê as fotografias dos crentes daquela época constatamos logo as mulheres vestidas com decência, com simplicidade, hoje as mulheres crentes são quase todas com saias curtas, pintadas. Até algumas esposas de pastor... Às vezes, o pobre do pastor fica envergonhado por causa disso. Quando esse pastor ta atacando a respeito de pintura, a mulher dele mesmo fica rindo... Porque ela mesma se pinta.

9. Quando o senhor iniciou suas atividades pastorais no Maranhão, o pastor Estevam já estava?

– Não. Eu comecei no ministério do Maranhão primeiro do que o Estevam. Quando recebemos a Convenção, éramos apenas 25 pastores. O pastor Estevam não estava entre estes.

10. Destes 25 obreiros, além do senhor, quem ainda não passou para eternidade? 

– Sou informado que o pastor Manoel Ribeiro ainda está vivo, residindo em Castanhal, PA. Mas somente eu estou na ativa.

11. Então o senhor deve lembrar de detalhes da chegada do pastor Estevam no Maranhão? 

¬ Sim. Quando o pastor Alcebíades assumiu o trabalho no Maranhão, ali na Rua do Passeio – São Luís tinha um templozinho todo rachado pra cair, mesmo porque era uma descida de alto ali, então, o pastor Alcebíades convocou os pastores do interior, naquele tempo tinha uns 30, convocou e pediu ajuda das igrejas do interior, que se responsabilizassem com uma certa importância para o trabalho da igreja em São Luís. A contribuição foi feita também com mão-de-obra. As igrejas que tinham crente que fosse pedreiro deveriam enviar. Eu, pelo menos, como pedreiro, passei mais de mês em São Luís trabalhando na construção do templo. Desse modo, quando terminou a construção, o pastor Alcebíades convocou novamente os obreiros do Maranhão. E, nesta reunião, ele expôs que queria convidar um obreiro para lhe auxiliar em São Luís. Ai combinando conosco manifestou o desejo de trazer o pastor Túlio Barros, do Rio de janeiro para São Luís. Disse para nós que o Túlio Barros era um homem bem preparado, pois já tinha ginásio. Ai nós ficamos com medo do Túlio Barros por causa do ginásio... Tem outro, pastor Alcebíades? Ele disse “Tem um do Piauí, que também é um bom pregador, não tem ginásio, não tem preparo, mas é um pregador, Estevam Ângelo de Souza é o seu nome”. Foi ai que escolhemos o nome do Estevam porque não tinha ginásio. Estevam veio e sofreu muito em São Luís. Um dia, eu cheguei onde ele morava. Encontrei-o com um facão na mão e com umas tábuas de pinho, que ele conseguiu a partir de uns caixões que vinha nas latas de querosene. Ai ele tava com um facão e umas tábuas de pinho fazendo uns tamancos pra ele andar em São Luís, por que não tinha condição de comprar um par de sapatos. O Estevam sofreu muito. Um homem sofredor (se emociona).

12. O senhor que acompanhou o pastor Estevam, do começo ao fim de sua trajetória neste Estado, o que ele, na sua opinião, representou para AD no Maranhão?

– Ora, o Estevam foi a maior liderança para a AD no Maranhão. Para ele não interessava riqueza para si. Procurou trabalhar muito, mas para fazer patrimônio para AD em São Luís e no Maranhão. Essa região do sul do Estado, quando nós começamos evangelizar ele se prontificou para que em cada uma daquelas cidades fosse estabelecida uma Assembléia de Deus com uma casa pastoral.

13. Comparando o ritmo de evangelização da Assembléia de Deus no Maranhão daquela época com o de hoje, qual o ritmo mais acelerado?

- Essa parte de evangelização já foi melhor. Anos atrás os pastores tinham prazer em evangelizar. Não se tinha carro, agente andava era de pé. Hoje tudo de vantagem se tem, mas... O entusiasmo é bem menor.

14. O senhor já percebeu o quanto os pastores estão apercebidos da necessidade de estudarem? Nunca se viu tantos pastores cursando faculdade, qual a vantagem disso para a igreja?

– Estudar é uma das coisas que eu sempre aprovei, mesmo quando os pastores mais velhos protestavam contra se estudar, eu sempre aprovava. Porque agente deve aprender alguma coisa além do que já sabe. Pois, quando agente pensa que sabe alguma coisa ai é que aparece coisa pra gente saber. Quanto mais se estudar melhor é. E, principalmente, estudar a Bíblia, no caso dos pastores. Estudar até um pedaço de jornal que se encontrar no chão pode ler, pode ser que tenha uma história que você precisava saber.

15. O senhor se considera um estudioso?

– Bom. Eu comecei estudar quase sem dizer nada pra ninguém. Até porque, naquele tempo era meio proibido estudar. Quem abriu essa porta do estudo para os pastores da AD no Maranhão foi o pastor missionário Kolenda. Que veio ao Maranhão apresentar o Curso Bereano. Nessa época, eu já havia concluído o curso de contabilidade, cursei quase escondido dos pastores. Dessa forma, nunca falei nada ninguém sobre o meu estudo nem quando estava cursando nem quando recebi o diploma.

16. O senhor poderia citar nomes de pastores que foram destaque daquela época?

- Os que se destacavam mesmo naquele tempo era José Pinto de Menezes (Furtadinho), Francisco Pereira do Nascimento (foi pastor regional dos Estados Pará, Maranhão e Piauí), Alcebíades Pereira Vasconcelos. Este, um dos melhores pastores que trabalhou no Maranhão. Todo tempo gostei dele. O Alcebíades e Estevam foram os homens que serviram o Maranhão com prazer. O pastor Alcebíades, quando pastoreou em Coroatá, alcançava o sul do Maranhão andando a pé. Passava por Dom Pedro quando chegava em São Raimundo das Mangabeiras, ali aquele carrapadinho tomava de conta do corpo dele, e vencia os carrapatos tirando do corpo raspando com a faca.

17. Qual a primeira idéia que veio em sua mente após a noticía da morte do pastor Estevam?

– Eu chorei demais. Não pude falar nada. Quando eu entrei lá no hospital que o médico estava remendando o Estevam, eu não sei como me agüentei. Eu nunca esperava no mundo uma coisa daquela!

18. O senhor é o pastor na ativa da CEADEMA, com mais idade e mais tempo de ministério. Qual o segredo de tanta energia?

– Não sei se existe segredo. Desde jovem eu procurei me preservar de algumas coisas, pelo menos essa parte de mulher da vida eu nunca procurei. Sempre me defendi dessas coisas. Uma vez ainda comprei um cigarro, mas quando acendi e botei na boca não deu certo ai joguei fora. Também tentei mascar fumo e não deu certo para mim, joguei fora também. Pra mim essas coisas não deram certo. Isto, desde a juventude. 



19. O senhor é sempre bem humorado, gosta de fazer as pessoas sorrirem. Vai levando a vida levemente, não seria isso a razão de tanta vitalidade?

– Não sei se faço se faço alguém ri. Eles é que riem quando eu falo. Eu sempre gosto de falar com sinceridade... Eu não procuro fazer graça pra ninguém.

20. O senhor foi presidente da CEADEMA por dois anos. Acompanhou de perto a gestão seguinte do pastor Joacy. Mas em que momento o senhor percebeu que seria o tempo do pastor Pedro Aldi Damasceno presidir a Convenção Maranhense?

– O Pedro sempre foi meu amigo, porque ele era minha segunda pessoa quando eu tava na liderança da Convenção e sempre foi meu amigo! Ele é uma capacidade, é um homem sincero, gosta de ser pastor, trabalha direitinho e está fazendo um grande trabalho.

21. Muitos buscam destaque, cargos, proeminência. O senhor é o presidente de honra da CEADEMA, como lhe veio o destaque, o respeito, coisas tão ansiosamente buscada pela maioria?

– Eu nem sei se sou assim considerado! E se me consideram não sei o porquê. Eu nem sou uma pessoa de andar ajeitando um e outro, sou até um pouco calado. Não sei por que eles me consideram assim não... Você vê, os padres pelo menos se fazem de meus amigos, não sei se são. O bispo de Crateús, no Estado do Ceará, no ano passado, veio exclusivamente ao Maranhão para participar das comemorações do meu aniversário. Ele também sempre me escreve. Há poucos dias me mandou um livro. Então não sei o porquê disso não.

22. Como o senhor vê a Convenção Maranhense em relação às outras Convenções?

- Meu irmão, a Convenção do Maranhão já foi respeitada. Ela era o modelo para as outras convenções. Mas, de certo tempo pra cá caiu muito.

23. Pelo tempo que o senhor acompanha a Assembléia de Deus, certamente tomou parte de muitos acontecimentos miraculosos em toda a historia do pentecostalismo no Brasil. Teria um milagre memorável para relatar?

– O maior milagre que eu posso registrar é porque eu tinha o nome de valente. Aceitei a Jesus e não briguei mais... Isto foi um milagre! Quando eu chegava num lugar todo mundo se levantava. Porque quando entrava na briga não apanhava só fazia maltratar os outros. Era forte fisicamente, eu possuía uma faca tão ligeira, que ninguém sabia dizer como era aquilo. Coisa mais triste! Para mim esse foi o maior milagre que já vi. Pois, se não tivesse aceitado a Jesus já teriam me matado.

24. É notório que o começo da Assembléia de Deus foi marcado por sofrimentos e perseguições. Muitos crentes foram até apedrejados. O senhor sofreu algo desse tipo? 

– Quando eu aceitei Jesus, o saudoso pastor José Arcanjo de Deus e Silva aceitou também em Altos, no Piauí. E o padre deu uma surra nele de chicote. E eu aceitei lá em Pedro II e quando foi na outra noite o padre veio com uma procissão e uma imagem passando na frente da casa do senhor Braga. Onde morava e trabalha como mordomo. Ai fiquei olhando, não disse nada. Na outra noite ele veio de novo como outra imagem. Ai trouxeram uma mesa, na qual o padre subiu para fazer uma pregação de ataque aos protestantes. E ele sabia que eu tinha dado o meu nome para ser protestante. Mas eu não entendia nada de crente, não sabia o que era. Tava lá no meio deles... Agora eu tava com uma faca no quarto. Tinha deixado o rifle. Ai um jogou um cigarro pegando fogo nos meus peitos aqui. Toque! E eu não vi e fiquei... O cigarro bateu aqui pegou fogo, bati com a mão, puxei a faca pra saber quem era que tinha batido. Quando eu dei um grito o padre pulou da mesa no chão e correu na minha direção ai correu todo mundo. Ai eu dei com a faca na mesa e fiquei doido lá...Ai eu gritava: agora é que eu sou lado daquele caboclo baixo (o evangelista José Pio), doidinho com a faca na mão... Mas a respeito desse meu jeito, não foi nem crente que me doutrinou foi um sargento da polícia. E foi o que me fez jogar na privada o rifle que eu tinha e também: o punhal que era assim manerím, bom que era uma beleza... Uma faca lombada e uma caixa de bala que custara 100 mil rés. Joguei tudo na privada, lá em Pedro II, no Piauí. Na certa, a ferrugem já comeu... (Risos). O sargento Isaías depois se tornou ser crente, mas já passou pra eternidade.

25. O senhor demonstra ter um grande prazer em ser pastor


– Sobre esse assunto é o seguinte: quando eu aceitei Jesus e comecei a trabalhar na Causa de Jesus senti eu devia me prontificar em enquanto tivesse vida trabalhar pra Jesus. É tanto que têm me falado em jubilação, mas eu não penso nisso. Penso em trabalhar. Eu quero morreu trabalhando. Quando me falam em jubilação eu não gosto. Não é comigo jubilação. Então quem tiver de olho na minha jubilação é melhor perder o assunto. 


26. Parece que a sua história de vida dá conta de mais vitórias do que outra coisa. Por acaso, daria pra relatar a maior dificuldade enfrentada em sua vida, um fracasso ou uma oposição?

– Foi essa queda eu ganhei aqui em casa mesmo. Tá com dois anos que eu cai ali no quintal e agora eu to andando com essa bengala. Esta é a parte que me aconteceu de pior na vida. Nunca adoeci de nada! Agora mesmo em São Luís fizeram exame de toda coisa. Examinaram meu sangue e tanta coisa. Não deu nada em coisa nenhuma. O médico disse o senhor é a pessoa mais sadia do Maranhão.

27. São quantos os pastores que foram apresentados ao Ministério pelo senhor?

– Ah não sei. São quase todos (risos). Até o pai de Estevam passou pela minha lapiseira.

28. O senhor poderia citar nomes de pastores, com os quais teve maior afinidade?

Só com Estevam mesmo. Com quem eu conversava todos os assuntos. Com o Pedro também. Com esse que está em Zé Doca, o Heitor. Sempre segredo, qualquer coisa eu combinava era com ele, depois que Estevam morreu. Mas meu assunto mesmo era com o Estevam.

29. O senhor poderia dizer que está satisfeito com a administração do pastor Pedro Aldi?

– O Pedro é uma excelente pessoa, sempre faz as coisas de acordo comigo. É um dos amigos que eu tenho no ministério. Está fazendo um grande e respeitável trabalho.

30. Deixe uma palavra para os novos obreiros.

– Que trabalhe direitinho pra Jesus. Que trabalhe com segurança, com simplicidade, respeitando uns aos outros. Porque quando se respeita os companheiros e o povo em geral se alcança também aquele respeito. Este é o meu conselho. Temos tantos entrando no ministério cujo maior interesse não é trabalhar pra Jesus.

Fonte: www.abimaelcosta.com.br