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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Missionário JOEL CARLSON

Missionário Sueco 
Pioneiro da Assembléia de Deus em Recife

Missionário sueco, evangelista, pastor, antigo líder da Assembléia de Deus em Pernambuco e ex-presidente da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil.

Considerado por muitos como O Apóstolo do Nordeste Brasileiro, o missionário Joel Carlson teve uma vida dedicada ao Senhor.


Joel Frans Adolf Carlson nasceu em Estocolmo, capital da Suécia, no dia 23 de junho de 1889, filho de John Albert Carlson e Emma Lovisa Carlson. Aceitou a Jesus em 10 de janeiro de 1914, com 25 anos incompletos, sendo batizado em águas na Igreja Filadélfia de Estocolmo, três meses depois, em 11 de março. No mês de outubro do ano seguinte, recebeu o batismo com o Espírito Santo.

Antes de se converter ao Senhor, Joel Carlson havia sido um atleta de grande destaque, um dos primeiros da Suécia, e venceu alguns astros mundiais nas corridas internacionais. Por essa razão foi escolhido para competir nos jogos olímpicos, mas convertido a Cristo, preferiu ingressar na carreira evangelística e demonstrou o mesmo ânimo de vencer todos os obstáculos, dando completa liberdade ao Espírito Santo para nele operar, nunca se cansando no sagrado dever de propagar a maravilhosa Palavra de Deus.

Provavelmente, nos anos de 1916 e 1917 estudou na Escola Bíblica mantida pela Igreja Filadélfia de Estocolmo e dirigida pelo pastor Lewi Petrus. No final de 1915, antes de ingressar nessa escola recebeu a chamada para o Brasil. Quando Joel recebeu a chamada missionária, ficou sem saber para onde devia seguir e então resolveu pedir a Deus que lhe revelasse o caminho. Certo dia, estando contemplando a beleza do céu azul, ouviu uma voz que lhe dizia: “eis para onde deves seguiu”, e em seguida foram aparecendo no céu, uma a uma, as seguintes letras: “B r a s i l”, ouvindo ainda, logo após, a soleníssima confirmação: “Vai!”

Cônscio da soberana vontade de Deus dirigiu-se a seu bondoso pai, comunicando-lhe a gloriosa visão. Seu pai, talvez por não querer sentir a dor da separação de seu filho, não quis de maneira alguma contribuir com os subsídios para aquela tão abençoada viagem, Deus, porém, tinha mandado que ele viesse ao Brasil. De sorte que, ao chegar ao conhecimento da igreja, os irmãos reuniram-se e tiraram uma oferta de amor, que rendeu-lhe o suficiente para o custeio da viagem.

O missionário Joel ficou bastante triste e chorou muito, quando soube que os missionários Samuel e Lina Nyströn haviam deixado a Suécia rumo ao Brasil, em agosto de 1916. Chorou por não ter podido acompanhá-los naquele ano. Ainda lamentou profundamente o fato de nem ao menos ter ido despedir-se dos mesmos, por ocasião, por ocasião do embarque.

Joel Carlson casou com a jovem Signe Charlotta Hedlund, irmã do missionário Samuel Hedlund, no dia 15 de outubro de 1917. Ela foi sua fiel companheira até o tempo em que o Senhor aprouve levá-la. Tiveram quatro filhos: Börje, Ruth, Ragnar e Elsa. No mesmo dia do casamento, em cerimônia oficiada na Igreja Filadélfia de Estocolmo pelo Pastor Lewi Pethrus, Joel e Signe foram comissionados para trabalhar como missionários no Brasil. 

Já estava tudo pronto para a vinda do missionário ao Brasil: Joel fizera o curso bíblico, recebera a confirmação divina do local em que deveria estar, já havia se casado e arranjara o dinheiro para ajudar nas despesas da viagem. Depois de uma longa travessia do Oceano Atlântico aportaram na cidade de Belém do Pará, em 12 de janeiro de 1918, quatro anos após a conversão de Joel.

Na capital paraense, enquanto aprendiam a balbuciar as primeiras palavras da língua portuguesa, ambientavam-se com os costumes do lugar. Oito meses depois, no dia 14 de outubro, seguiram para o campo de ação, o Nordeste Brasileiro. Em Recife, substituiu o Pastor Adriano Nobre que havia sido enviado dois anos antes pela AD em Belém, para iniciar a igreja em Pernambuco.

O historiador assembleiano Emilio Conde também relatou em seu livro ‘História das Assembléias de Deus no Brasil’ que Joel Carlson recebeu ainda na Suécia algumas visões sobre o Estado de Pernambuco, e quando lá esteve reconheceu o local. Estando já em Belém do Pará, recebia cartas de Pernambuco que lhe confirmavam a chamada divina para trabalhar em Recife.

Joel Carlson trabalhou em Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte, fixando-se definitivamente no Estado de Pernambuco, cuja Assembléia de Deus pastoreou durante 24 anos, só deixando o cargo quando o Senhor o recolheu ao descanso eterno.

Ao chegar em Recife (PE), o casal Carlson teve dificuldades de encontrar a residência de João Ribeiro da Silva, pioneiro pentecostal naquela região, e que morava na Rua Ponte Velha, 24, no bairro dos Coelhos. Este irmão, no ano de 1916 ouvira Adriano Nobre falar acerca do batismo com o Espírito Santo, e creu na promessa pentecostal, passando a buscá-la. Depois, permitiu ao referido pastor Adriano dirigir os primeiros cultos em sua casa, nesse mesmo ano.

Os integrantes da nova igreja oraram muito ao Senhor, pedindo-lhe que enviasse alguém para dar continuidade à sua obra, tendo em vista que Adriano Nobre havia regressado ao Pará, e eles estavam sem dirigente. A resposta de Deus estava, pois, batendo na porta de João Ribeiro da Silva. Ao primeiro culto realizado por Joel Carlson nessa casa, no dia 24 de outubro de 1918, compareceram poucas pessoas. A igreja contava somente com 4 membros e alguns interessados.

Os primeiros tempos foram cheios de dificuldades e de lutas. Às vezes o desânimo impunha-se aos recém-chegados. O povo não demonstrava interesse pela Palavra de Deus. Um ou outro se convertia, porém isto não era suficiente para animar os missionários. Joel teve muito que lutar contra os exércitos do maligno, aos quais venceu pelo poder do sangue de Jesus. Foram lutas acérrimas, batalhas cruéis; seu esforço se redobrava para vencê-las. Sempre confiando naquele que tudo pode, derramava lágrimas amargas. Um dia, quando estava no ápice da refrega contra as hostes infernais, o Senhor levou o seu primogênito. Esse golpe dilacerou o seu coração, e ele chorou dolorosamente. Diante de tantas dificuldades e de tanta dureza nos corações, resolveu regressar à sua pátria, a Suécia.

Mas não era da vontade do Senhor que o seu servo voltasse à Suécia. Nessa época, Carlson visitou a Paraíba e o Rio Grande do Norte e verificou que nesses estados muitas pessoas aceitaram a Cristo como Salvador e parecia que o campo era mais fértil ao Evangelho. Ficou tão alegre com o que viu que desejou mudar-se para lá. Comunicando essa resolução a João Ribeiro, este respondeu: “Não faça isso, pois Jesus fará uma grande obra aqui em Recife, também”.

Tal afirmação reativou a sua confiança em Deus. A lembrança de que Ele não desampara nunca os que lhe são fiéis fortaleceu o seu coração. Era realmente duro como pedra aquele campo pernambucano; porém o Senhor honrou o seu servo e transformou-o numa belíssima campina, onde há um grandioso rebanho de ovelhas do sumo pastor.

Logo depois, as bênçãos divinas desceram do Céu e Jesus começou a salvar muitas pessoas. A primeira Santa Ceia foi no início do ano de 1919, com poucos crentes. Dez anos depois da chegada de Joel Carlson, em 15 de abril de 1928, foi inaugurado um amplo e espaçoso templo na Rua Castro Alves, 225 – bairro Encruzilhada, que passou a ser a sede da igreja em Recife.

No ano de 1941 a Assembléia de Deus em todo o Estado de Pernambuco contava com 10 mil membros, sendo 3.500 somente na capital. Contava com dezenas de pastores, vários templos no interior e dois na capital, dezenas de congregações e pontos de pregação, distribuídos em toda Recife. Joel Carlson havia fundado também um orfanato, e com ele cooperaram as missionárias Elisabeth Johansson, Lílian Johansson, Ester Anderson, Augusta Anderson e Ingrida Franson. Quando o missionário faleceu, deixou cerca de duzentos órfãos, tanto em sua casa como no orfanato.

No dia 23 de agosto de 1942, o missionário Joel Carlson efetuou sozinho o batismo de 187 novos crentes. Foi uma festa maravilhosa, porém, um dos batizandos estava atacado de tifo e o missionário foi contagiado pelo mal e esse foi o meio pelo qual o Senhor Jesus resolveu recolher o Seu servo. No dia 7 de setembro, o saudoso missionário entrou no descanso eterno. Cerca de três mil pessoas acompanharam o corpo até o Cemitério de Santo Amaro. Foi o maior cortejo já realizado até então, em homenagem a um líder evangélico. Foi alegria e tristeza para a igreja que nesses dias contava com 3500 membros em comunhão, somente na capital. Dias antes de sua morte, um crente tivera um sonho no qual via o Céu em preparativos para receber um grande príncipe que chegaria da Terra. Esse príncipe era o missionário Joel Carlson, concluíram os crentes.

Ao falecer, o irmão Joel estava com 53 anos de idade e iria festejar as suas Bodas de Prata de casamento com a missionária Signe. Deixou órfãs as três filhas: Ruth, Ragmar e Elza, nascidas em nossa terra.

No ano de 1980, a missionária Signe Carlson passou a estar com o Senhor, indo encontrar-se com Joel, na pátria celestial. Antes, porém, ela teve o privilégio de presenciar grandes eventos da AD em Recife, tais como o Jubileu de Ouro da igreja realizado em 1968, e a inauguração do novo templo-sede em 1978, ocasiões em que pôde ver milhares de frutos do trabalho iniciado pelo casal.

Segundo artigo publicado no jornal Mensageiro da Paz nº 23, do ano de 1942, “a bondade e o ânimo de Joel Carlson foram prodigiosos; possuía qualidade persuasiva e onde estivesse presente era logo notado, sendo o centro de atração, tanto entre adultos como entre crianças. Sabia, como ninguém, conviver entre os homens e deles ser amado e respeitado, estando sempre a ajudar. Foi excelente companheiro de ministério, vivendo sempre alegre e conduzindo-se com uma nobre lealdade. Era notável diplomata, e com uma palavra desfazia qualquer animosidade. Para os nordestinos em geral e os pernambucanos em particular, Joel Carlson foi um apóstolo. O mensageiro bendito que veio de além mar, das plagas escandinavas da Suécia, terra dos vikings, uma raça temida por sua braveza e espírito de destruição, soube ser valente, abrindo caminhos de salvação, manejando a espada do Evangelho.

Joel Carlson será sempre lembrado por todos, como modelo de bondade e de nobreza de alma. Se lhe faltavam os arroubos da eloqüência ou a magia da pena, sobrava-lhe um coração repleto de bondade e de grandiosidade de sentimentos, que constituía o traço característico de sua personalidade.

ANEXOS:






            Missionário Joel Carlson, batizando no Rio Capibaribe, em Recife


                    Missionária Signe Carlson, falecida em 1980

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Pastor Anselmo Silvestre partiu para o descanso eterno

Pastor Anselmo era conhecido em todo o país pelo seu vigor extraordinário, apesar da idade, e pelo seu bom humor




Faleceu neste domingo (30), aos 96 anos, pastor Anselmo Silvestre, presidente de honra da Assembleia de Deus Ministério de Belo Horizonte (MG). Evangelista e líder das Assembleias de Deus em Minas Gerais por mais de 50 anos, nasceu em 1º de junho de 1916 em Sabinópolis (MG). 
Pastor Anselmo teve 62 anos de pastorado - boa parte como presidente da Convenção dos Ministros das Assembleias de Deus do Estado de Minas Gerais (COMADEMG).
Ele era conhecido em todo o país pelo seu vigor extraordinário, apesar da idade (sempre viajando), pelo seu bom humor e por gostar de cantar, nas igrejas e convenções, o hino cujo refrão conclama a todos ao avivamento, declarando que “tem que começar pelo altar”. Ele era viúvo desde 1986.

Um pouco da história

Consagrado a pastor em 1950 e na liderança da AD mineira desde o ano de 1959, o ministro tomou posse após o falecimento do missionário sueco pastor Algot Svenson. Teve ainda o privilégio de conviver com a maioria dos pioneiros do Movimento Pentecostal no Brasil, inclusive com um dos fundadores da AD, missionário Daniel Berg.
Em 1930, aos 13 anos, mudou-se para Belo Horizonte. Casou-se com Bernarda, com quem teve oito filhos. Sua conversão ao Evangelho aconteceu em maio de 1939, em Belo Horizonte, por meio da cura de sua esposa. Em dezembro deste ano, foi batizado nas águas, tendo já recebido o batismo no Espírito Santo. Em 1959 assumiu a presidência da igreja em Belo Horizonte.
Pastor Anselmo ocupou cinco vezes a vice-presidência da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), além de outros cargos na mesa diretora e, como conselheiro, em órgãos da Convenção. Em seu pastoreado, a AD em Belo Horizonte hospedou duas assembleias gerais da CGADB.


sábado, 26 de maio de 2012

Missionário Otto Nelson


Missionário Sueco

Apóstolo das Assembléias de Deus no Nordeste



            O Brasil e em particular os Estados de Alagoas, Sergipe e Bahia são profundamente agradecidos ao Senhor pelo impagável serviço na Causa Santa, que tanto beneficiou a milhares de brasileiros na instrumentalidade do missionário Otto Nelson, um dos grandes apóstolos que nossa terra conheceu. Via-se em Otto Nelson um dos grandes apóstolos que palmilharam a nossa nação durante vários anos, produzindo muitos frutos para a glória de Deus, trabalho a que, aliás, não faltou a colaboração da sua fiel companheira, a saudosa irmã Adina Nelson.
            Otto Nelson nasceu na Suécia, em uma casa de campo da zona sul do país, a 11 de agosto de 1891. Em sua tenra infância, imigrou para os Estados Unidos da América por razões de trabalho. Lá se converteu Cristo e recebeu o batismo com o Espírito Santo.
            Orientado por Deus e recém-casado com Adina Petterson, viajou para o Brasil, tendo desembarcado em Belém do Pará no ano de 1914, sendo o terceiro missionário pentecostal a aportar em nossa pátria. Começou seu trabalho de evangelização em Belém, cooperando com os missionários Gunnar Vingren e Daniel Berg.
            No dia 21 de agosto de 1915, Otto Nelson chegou com a família em Maceió (AL) após uma longa viagem a bordo de um navio do Lloyd Brasileiro. Quando chegou, havia apenas seis pessoas que tinham recebido a mensagem pentecostal na capital alagoana. No dia 25 de agosto, quatro dias após sua chegada, reuniu-se com aqueles irmãos para cultuar ao Senhor, ocasião em que três deles foram batizados com o Espírito Santo. No início, Deus já confirmava a obra que iria fazer através de seus servos.
            Porém da mesma forma como bem cedo começaram a se manifestar as bênçãos de Deus entre o pequeno grupo, as perseguições e ameaças começaram. Satanás mobilizou todas as artimanhas para desencorajar o povo de Deus em Maceió. Porém, quando verificou que as ameaças não atemorizavam, enviou falsos profetas com mensagens desanimadoras. Quando o povo estava reunido para adorar a Deus, os falsos profetas, do lado de fora, gritavam: “Não vai, não vai, isso não vai”. Queriam dizer que o trabalho ali não iria prosperar.
            Durante alguns anos, ninguém queria se aproximar dos crentes. Muitos os evitavam. Enquanto isso, os crentes se aproximavam de todos e, com graça e amor, semeavam as Boas-Novas.
            Em 22 de outubro de 1922, Otto Nelson inaugurou o terceiro templo da AD no Brasil e o maior da denominação na época. Sua inauguração repercutiu em todo o Nordeste e atraiu para Maceió crentes de vários Estados.

            De 21 a 28 de outubro de 1923, Nelson realizou a primeira Convenção da AD em Alagoas, com a presença de irmãos e líderes de todo o país. Por esse tempo, morreu um dos filhos do missionário, que naquela época residia no bairro de Bebedouro, em Maceió. Na hora de realizarem o enterro foram surpreendidos com a informação de que o sacerdote católico romano não permitia que a criança fosse sepultada no cemitério local. Além de se opor ao enterro, levantou a população contra os pregadores do Evangelho. Foi necessária a intervenção das autoridades para que o enterro fosse realizado. E isso só pôde acontecer à noite, sob escolta policial, pois de outra forma não poderiam enterrar o menino.
            No ano de 1924, quando toda a capital alagoana foi castigada por uma tremenda inundação que arrasou e arrastou na correnteza casas, pessoas, animais e móveis, Otto Nelson abriu suas portas para abrigar os crentes que perderam suas casas.
            Em maio de 1930, o missionário entregou o pastorado da igreja a Algot Svenson e viajou para a Bahia. Lá, o trabalho também foi muito difícil. Seis meses de esforços foram necessários para realizar o primeiro batismo, com apenas quatro pessoas. “Aqui em Salvador ainda não podemos dar novas de grande progresso do trabalho, mas temos semeado a boa semente, e a temos regado com as nossas orações”, escreveu Nelson. Tempos depois, tudo se modificou, de forma que os batismos se sucederam e a igreja cresceu.
            Otto Nelson não cuidava só do trabalho na capital. Sua visão alcançava o interior do Estado. Em duas semanas em Valente, no município de Coité, mais de 20 pessoas aceitaram a Cristo. Treze foram batizadas nas águas e foi aberta ali uma congregação.
            Nesse período, foi convidado pelos irmãos de Aracaju a oficializar a igreja sergipana, que ainda estava sendo formada. Em 18 de fevereiro de 1932, Otto Nelson chegou a Sergipe, inaugurou e oficializou a nova igreja, que ficou filiada à AD em Salvador até 1949, quando ganhou autonomia; batizou seis novos convertidos (a igreja ali só tinha 11 crentes na época) e celebrou a primeira Ceia do Senhor no Estado.
            Durante seis anos, o missionário serviu à igreja baiana, a princípio na capital, e depois em todo o Estado. Em 1936, a igreja já estava em condições de promover sua primeira convenção estadual. Esse fato foi muito significa e atestou o progresso do Evangelho na Bahia. Nos dias 27 de abril a 3 de maio de 1936, a igreja em Salvador hospedou a primeira Convenção da AD na Bahia, que também foi muito concorrida. Na ocasião Otto Nelson deixou o pastorado da igreja para viajar à Suécia. Assumiu a direção em seu lugar o missionário Aldor Petterson.

            Em 1938, Otto Nelson viajou para Flores, em Buenos Aires, capital Argentina, onde assumiu a direção de uma igreja.
Em 18 de setembro de 1945, assumiu o pastorado da AD em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, onde trabalhou até o ano de 1947, sendo substutuído pelo missionário Nels Julius Nelson. Tempos depois, foi a Montevidéu, Uruguai, dar continuidade à obra de Deus ali. Foi neste último país que dedicou boa parte do seu labor no fim de sua carreira missionária.

Ao retornar à Suécia, apesar de sua avançada idade, gozava de perfeita saúde e em pleno vigor continuava a pregar a Palavra de Deus, viajando por todo o país. No dia 5 de dezembro de 1982, aos 91 anos de idade, o missionário Otto Nelson partiu para o descanso eterno.                 


         

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Missionário Nels Julius Nelson

Missionário sueco, evangelista, pastor, ensinador e antigo líder nacional das Assembleias de Deus.


Nasceu em 14 de julho de 1894, na casa de seu tio Emil Älgström, no Soldats Hemmet, pois seus pais residiam com esse parente, até que se mudaram para Nedre Älgestad, Estado de Värmlad, na Suécia. Em dezembro de 1912, o jovem Nels Julius Nelson chegava à cidade norte-americana de Minneápolis, Estado de Minnesota. Nos Estados Unidos, foi recebido pelo seu tio, que era pentecostal. Nels se estabeleceu em Minneápolis e tornou-se membro da igreja luterana, apesar das insistências de seu tio e primos para que aceitasse a fé pentecostal. No entanto, certa noite,chegou em casa profundamente triste, sem responder os cumprimentos de seus parentes, e trancou-se em seu quarto. Estava possuído por uma profunda convicção de seu estado pecaminoso. Não adiantava pertencer a outra igreja. Era um pecador e Jesus ainda não habitava o seu coração. Desesperado, levantou-se e acordou seu tio, pedindo que orasse por ele. Após a leitura da Palavra de Deus e oração, Nels Nelson aceitou Jesus como Senhor e Salvador de sua vida.

Em 15 de abril de 1915, já frequentando uma igreja pentecostal, a Scandinavian Assemblies of God, do pastor Artur F. Johnson, foi batizado nas águas. Em 19 de novembro de 1916, o Espírito do Altíssimo desceu do céu sobre Nels Nelson, como uma luz quente, límpida e serena, fazendo-o falar em línguas estranhas. Um transbordamento de júbilo e êxtase cobriu-lhe a face. Naquele momento, recebeu a virtude do Espírito Santo, que o faria uma fiel testemunha de Jesus Cristo, tanto entre seus familiares como na Suécia, nos países circunvizinhos e até nos confins da terra.

No dia 7 de outubro de 1917, aos 23 anos de idade, o jovem Nels Nelson foi consagrado pastor na Scandinavian Assemblies of God in the United States of América, Canada and Foreign Lands (Assembleias de Deus Escandinavas nos Estados Unidos da América, Canadá e Países Estrangeiros). Havendo trabalhado alguns anos na América, seu coração se encheu do desejo de ser testemunha de Cristo em outros países e sentiu que Deus o queria no Brasil. Diante do chamado do Senhor, o jovem missionário não perdeu tempo.

Um dia, orando na casa de seu tio, o Senhor falou-lhe pela primeira vez que o queria evangelizando um outro país. Guiado pelo Senhor, visitou seus pais na Suécia, falando-lhes do amor de Jesus. No dia 21 de março de 1921, desembarcou em Belém do Pará, aos 26 anos, vindo dos Estados Unidos, sem vínculo missionário-financeiro com nenhuma denominação estrangeira, apenas com a promessa de ofertas de crentes norte-americanos que se comprometeram sustentá-lo durante todo o tempo que estivesse no Brasil. Somente em 1947, após quase 30 anos de trabalho missionário, foi reconhecido pela Missão Livre Sueca. No entanto, seu trabalho de evangelização seria considerado mais tarde o alicerce das Assembleias de Deus no Norte e Nordeste do Brasil.

Nels Nelson, então um jovem, chegava à Belém do Pará com disposição para enfrentar as vicissitudes e os perigos de sua nova missão. Não lhe foi difícil adaptar-se, porque seu desejo era trabalhar e ganhar almas para Deus. Na capital, permaneceu apenas três meses, tempo que gastou no aprendizado da Língua Portuguesa.

Em 1924, o missionário Gunnar Vingren transferiu-se para o Rio de Janeiro. Em seu lugar, nesta igreja, ficou o irmão Samuel Nyström. O missionário Nels Nelson aceitou o convite para auxiliá-lo, fazendo-o fielmente por longos anos. Com aquela sinceridade que lhe era peculiar, cooperou tanto no serviço da igreja como na imprensa.


Foram mais de 40 anos de liderança espiritual e administrativa entre as Assembleias de Deus, pregando, visitando, indicando pastores para assumir o trabalho em campos do Norte a Sul do país, assumindo algumas vezes a direção dos trabalhos, viajando em embarcações fluviais (as zhatas) sobre o rio Amazonas, indo ao Maranhão, Piauí, Ceará, Mato Grosso, a territórios e ao arquipélago de Marajó. No final de 1925, já havia organizado o trabalho nas ilhas e passado a direção aos obreiros locais, tornando-se livre para atender à obra no extremo Norte e no Nordeste.

Em 1927, assumiu interinamente por sete meses a direção da AD de Porto Alegre (RS), pois seu líder, missionário Gustav Nordlund, viajara à Suécia para visitar seus familiares. Nesse período, 40 novos crentes foram batizados nas águas, no Rio Grande do Sul.
Em virtude da transferência do missionário Samuel Nyström para o Rio de Janeiro, em 1930, Nels Nelson assumiu o cargo de pastor-presidente da AD em Belém do Pará. Continuou em Belém por 20 anos. Nesse período, deu prosseguimento às escolas bíblicas de curta duração, que trouxeram grandes benefícios aos obreiros em todo o Brasil, e criou classes de estudos bíblicos nas igrejas, para treinamento da mocidade.


Quando já pastoreava a AD de Belém por dez anos, Deus concedeu-lhe uma companheira, a brasileira Lídia Rodrigues, filha de Manoel Maria Rodrigues, um dos 18 crentes batistas que fundaram a Assembleia de Deus, em 1911. Ao casar-se, em 1935, Nelson já contava com 40 anos de idade. Tiveram três filhos: Esther Eunice, Samuel Lewi e Ruth Alice. 

No mesmo ano do seu casamento, o missionário Gustav Nordlund, precisando ir à Suécia, convidou-o novamente para substituí-lo em Porto Alegre enquanto estivesse fora. Durante nove meses, Nels Nelson liderou a AD gaúcha, período em que 208 pessoas aceitaram Jesus, sendo 151 batizadas em águas por ele. Em seguida, retornou a Belém, para dar continuidade ao trabalho ali.
Nelson desenvolveu também um grande trabalho social no Pará. Havia muita pobreza nas ilhas nortistas, tanto material como espiritual. Por isso, levava sempre a sua canoa repleta não só de folhetos e porções da Palavra de Deus, mas também de peças de roupas e sapatos. Sempre um grande número de homens, mulheres e crianças esperavam o homem de Deus nas margens dos rios, onde recebiam algo de que necessitavam.
Gostava muito de cantar e incentivava a música na igreja. Consta como de sua versão, o hino 311 da Harpa Cristã, "Jesus meu Salvador".
Foi um verdadeiro líder, cujo apostolado foi confirmado por todo o território nacional. Nos seus últimos dias, não mais pastoreava igrejas. Dedicava-se a supervisionar todo o trabalho do Norte e a dirigir estudos bíblicos. Velador da disciplina era um pacificador, de ação moderada e sábia, características que o notabilizaram durante sua estada entre nós.

Em 1946, foi eleito presidente do Conselho Administrativo da CPAD, tornando-se um incansável propagador dos ideais da Casa. Promoveu a manutenção e o progresso da editora, chegando a visitar os Estados Unidos, Finlândia, Noruega e Suécia, pleiteando ajuda em favor da CPAD. Em 1949, presidiu a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, realizada no Rio de Janeiro.

Em 1950, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde pastoreou a AD em São Cristóvão até 1957, ano em que começou a sentir os sintomas da doença que o levaria à morte. Passou os seis últimos anos de sua vida deslocando-se invariavelmente para as igrejas do país onde sua presença se fazia necessária. Nesse período, chegou a confessar em lágrimas: "Se eu soubesse quando seria a minha morte, embarcaria para findar a minha carreira na Amazônia, onde a comecei".


Além de receber de Deus o dom do Espírito Santo para ensinar, ele era dotado de um discernimento formidável, o qual exercitou durante anos de trabalho, especialmente nas vezes em que ministrava a Palavra de Deus durante as Convenções Estaduais e Nacional.

Em 1962, trabalhou ininterruptamente, pregando, dirigindo estudos bíblicos e visitando o interior de Estados brasileiros. Retornou a Belém, depois foi a Curitiba, de lá a Manaus, Recife (onde participou da Convenção Geral em novembro) e, por fim, Rio de Janeiro.

Às 15h15 do dia 5 de março de 1963, todas as atividades foram suspensas na CPAD devido à notícia do falecimento do chamado "Apóstolo da Amazônia", Nels Julius Nelson. Na madrugada daquele dia, Lídia Nelson ouvira, no Hospital Evangélico da Tijuca, no Rio, onde fazia companhia a seu marido, um som de violino a invadir o silêncio dos corredores. A música era "Oh! Que doce lar!" Curiosa, não sabendo de onde vinha aquela melodia suave, aproximou-se do leito, onde estava Nelson. Ele dormia tranquilamente.

À tarde, uma multidão acompanhou o seu enterro, no Cemitério do Caju. Pastor Alcebíades Pereira Vasconcelos, que esteve ao seu lado nos últimos momentos, escreve: "Vi morrer um grande! Vi morrer um forte! Vi morrer um justo! E ao vê-lo, um único pensamento subiu ao meu coração: o de agradecer a Deus por aquela vida que Ele graciosamente dera ao Brasil, como testemunho do seu amor para com os filhos deste grande país". O jornalista Emílio Conde acrescentou: "Foi um sol que nasceu brilhando com muita intensidade e que desapareceu quando chegou o ocaso".

Nels Nelson sempre dizia: “Preciso manter o meu coração e mente livres de ressentimentos, para que eu possa estar preparado para me apresentar diante de Deus e de sua Igreja com a mensagem de sua Palavra. Pois, como poderei receber algo de Deus estando com o coração cheio de coisas estranhas?”.

ANEXOS:



Samuel Nyström e Nels Julius Nelson na AD de São Cristóvão


Missionário Nels Nelson, no Jubileu de Ouro d
a AD em Belém do Pará 

terça-feira, 13 de março de 2012

Culto de louvor e gratidão marca 90º aniversário da Harpa Cristã, no Recife



O templo sede das Assembleias de Deus no Estado de Pernambuco recebeu, na noite desta segunda (12), as celebrações do 90º ano da Harpa Cristã, o principal hinário da denominação no País. E como em toda grande festa, o Templo Central ficou pequeno pra tanta gente.

O culto começou às 19h, mas os Coral Filadélifa, o Coro Doce Harmonia e o Coral de Jovens e Adolescentes já entoavam louvores junto com a orquestra antes de o trabalho começar. Durante o culto, os órgãos cantaram vários hinos da Harpa, entre eles o 1º e o 74.

O culto foi prestigiado por diversos pastores e personalidades da Assembleia de Deus. Estiveram presentes os pastores José Wellington Bezerra da Costa, presidente da CGADB, José Wellington Bezerra da Costa Júnior, presidente do Conselho Administrativo da CPAD, José Antônio dos Santos, presidente da AD das Alagoas, Maurílio Pinheiro do Nascimento, presidente da AD do Ceará, Claudionor de Andrade, Silas Daniel, Quemuel Sotero, Clóvis Morais, Isael Araújo, além do pb. Jesiel Delmondes, diretor da Patmos Music, e do dr. Ronaldo Rodrigues, diretor executivo da CPAD.

Também participaram do culto solene os seguintes cantores da Patmos Music, selo musical da CPAD: pastor Vitorino Silva, Lília Paz, Eliã Oliveira e Marcelo Santos. Veja, no vídeo abaixo, uma das participações do cantor Vitorino Silva na noite desta segunda-feira.



Durante o culto, foi exibido um vídeo de apresentação do histórico da Harpa Cristã, feita pelo dr. Ronaldo Rodrigues. Ele lembrou que a HC não é apenas o hinário dos membros da Assembleia de Deus, mas é um marco da nossa sociedade e um compromisso da Igreja de Cristo. “Através deste hinário, nos cantamos a nossa doutrina e firmamos nossa fé”, completou.

O evento também serviu para lançar o livro “A história dos hinos que amamos”, do pastor pernambucano radicado no Rio de Janeiro Silas Daniel. O livro, como afirmou o pastor, não apresenta apenas um relato frio da origem das canções, mas mostra a bela história e as experiências por trás de cada hino.

O pastor José Wellington Bezerra da Costa Júnior trouxe uma rápida e motivadora mensagem baseada em 1 Rs 19.15, e lembrou que a Harpa Cristã serve para aquecer o coração dos crentes para receber a Palavra de Deus. 

Antes do fim do culto, as principais lideranças presentes no Templo Central receberam uma placa comemorativa da CPAD alusiva aos 90 anos da Harpa Cristã. O culto terminou por volta das 22h, após a participação do cantor Vitorino Silva cantando a música “Os portais” com os jovens do Templo Central. Veja, abaixo, as fotos do culto dos 90 anos da Harpa Cristã (clique nas imagens para ampliá-las).

































A-BD 



Harpa Cristã e Círculo de Oração fazem aniversário

Culto comemorativo será realizado em Recife nos dias 12 e 13



Harpa Cristã e Círculo de Oração fazem aniversário e culto marcará a ocasião
Nos dias 12 e 13 de março a CPAD tem mais razões para comemorar. A Harpa Cristã completa 90 anos e o Círculo de Oração 70. Para marcar a data, a Casa junto a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), realizará um culto em Ação de Graças em Recife(PE).


Estarão presentes os pastores José Wellington Bezerra da Costa, presidente da CGADB, José Wellington Costa Júnior, presidente do Conselho Administrativo da CPAD, Ailton José Alves, presidente da AD em Recife, e o irmão Ronaldo Rodrigues de Souza, diretor executivo da CPAD.


O evento terá a participação musical dos cantores da Patmos Music, Victorino Silva, Lília Paz, Eliã Oliveira e Marcelo Santos, e de representantes de alguns setores da CPAD.


Depois de participar do culto agradecendo a Deus por tantas bênçãos ao longo dos anos, todos os participantes poderão adquirir cd’s com canções da Harpa Cristã e a Bíblia Círculo de Oração, especialmente para mulheres, que será vendida em primeira mão no evento. 


Na terça-feira, durante todo o dia, haverá uma programação do Círculo de Oração com a presença da irmã Wanda Freire, presidente da Unemad.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Whitney Houston: vida e morte



Whitney
Ela nasceu Whitney Elizabeth Houston em um bairro com padrão de classe média na cidade de Newark,  New Jersey, Estados Unidos, em 9 de agosto de 1963. Viveu lá até seus quatro anos de idade, quando a família mudou-se para a cidade de East Orange.
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Caçula de uma família de três filhos, seu pai era John Russell Houston Jr  e a mãe era Cissy Houston. A mãe, sua prima, Dionne Warwick e a madrinha, Aretha Franklin, eram cantoras do gospel, Rhythm and Blues e soul. Além dessas influências ao canto, recebeu influência direta da convivência com a cantora Roberta Flack.
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Recebeu de sua ancestralidade a genética do sangue de escravos africanos, nativos indígenas, imigrantes italianos e holandeses. Teve na infância a influência cristã evangélica, aos onze anos cantava no coral de uma Igreja Batista, e conviveu no meio do movimento pentecostal. Este composto genético trouxe ao mundo uma mulher com cordas vocais potentes e uma bela voz em timbre soprano. Dona de pulmões poderosos, como poucas pessoas, ela soube aproveitar a caixa torácica e o diafragma em nível técnico excelente. A influência do seu círculo de origem musical com certeza a impeliu a cantar. E ela quis cantar além do estilo R & B, soul e gospel, misturou as influências do canto, mesclou teclados e sintetizadores, criou o seu estilo próprio, que surpreendeu a todos.
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Em 1978, ela registrou pela primeira vez sua voz num disco de sua mãe, Think It Over. E depois passou a fazer vocais em discos de famosos, como Chaka Khan e Jermaine Jackson, irmão do famoso Michael.
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Em 1980, aos dezesseis anos, Whitney usou a beleza para ganhar dinheiro, começou a fotografar como uma modelo profissional para revistas importantes. Tornou-se a primeira mulher negra a aparecer numa revista de moda depois de ilustrar e ter a imagem bem recebida nas páginas da revista Seventeen. Posteriormente, apareceu na Glamour e revista Cosmopolitan, e outras. No mesmo ano, apareceu cantando e dançando em comercial do refrigerante Canada Drink, na televisão. Desde jovem ela demonstrou consciência social. Como modelo, se recusou a trabalhar para agências que faziam negócios com a África do Sul, devido ao regime do apartheid.
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No começo da década dos idos de 1980, Whitney Houston namorou o jogador de futebol americano Randall Cunningham, e depois o ator Eddie Murphy.
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Em 1983 ela assinou seu primeiro contrato como cantora, na gravadora Arista Records, contrato de gravação para distribuição mundial. Naquele ano, ela fez sua estreia nacional na televisão no programa The Merv Griffin Show. Dois anos depois estava nas lojas seu primeiro disco, que tinha seu nome. O álbum bateu o True Blue, de Madonna, nas vendagens, vendeu 25 milhões de cópias e foi apontado como o álbum de estreia mais bem vendido de todos os tempos.
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No ano de 1987 ela lançou o segundo álbum, e foi a artista mais vendida nos Estados Unidos e Reino Unido. Ela também conseguiu o feito de colocar sete músicas no primeiro lugar das paradas de sucesso no ranking da revista Billboard, ultrapassando os Beatles e os Bee Gees, que haviam alcançado seis. Até hoje ela não foi superada. 
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Em 1989, Whitney criou a Fundação Whitney Houston for Children, instituição sem fins lucrativos, voltada às crianças carentes, diabéticas, aidéticas e vítimas de câncer. Através dela, promoveu shows de caridade. O show Classic Whitney, televisionado pela HBO, arrecadou 300 mil dólares. Ao longo da carreira, sua filantropia também focou a educação dos negros, integrando-os em universidades. No mesmo ano, embarcou numa turnê com BeBe & CeCe Winans fazendo backing vocal, mostrando que o sucesso não fez perder a cabeça.
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Em janeiro de 1991, ela cantou The Star Spangled Banner (o hino nacional norte-americano) no 25º Super Bowl em Tampa na Flórida. Depois lançado como single e vídeo, se tornaria a única versão do hino nacional norte-americano a virar um "hit", vendendo um milhão de cópias. O dinheiro arrecadado com as vendas do single foi revertido à Cruz Vermelha Norte-Americana. Ainda em 1991, Whitney usou sua identificação com o público em prol das vítimas da Guerra do Golfo, quando fez um show beneficente exibido pela HBO sob o título Welcome Home Heroes with Whitney Houston.
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Em 1992, estrelou ao lado de Kevin Costner o filme O Guarda-Costas. Estrondoso sucesso de bilheteria, gerando mais de 500 milhões de dólares no mundo todo. Ela colocou a voz em seis novas canções para a trilha-sonora do filme. I Will Always Love You ultrapassou todas as expectativas, tornou-se um mega "hit" para a cantora, a décima música a alcançar o primeiro lugar nos Estados Unidos, permaneceu 14 semanas no topo dos sucessos, foi  o single com mais cópias vendidas nos Estados Unidos, dez milhões.
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Também em 1992, casou-se com o cantor Bobby Brown e chocou a todos. Ela tinha uma imagem serena enquanto ele era considerado um bad-boy, e era pai de filhos em relação anterior. A união estranhada tinha razão de ser, pois o matrimônio provocou diversos escândalos. Separou-se em 2007. Brown, enquanto marido foi preso diversas vezes, após a separação foi preso por deixar de pagar a pensão para seus filhos.
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Em 1993 seu pai faleceu. Nasceu Bobbi Kristina, a filha dela com Bobby Brown. Acusou o marido de praticar violência doméstica. Viajaram à Israel, e ela revelou que nunca se sentiu tão bem quanto havia se sentido naquele país.
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Em 1994 ela esteve no Brasil em turnê por São Paulo e Rio de Janeiro. E, nos Estados Unidos, ao lado de Pelé apareceu no gramado do jogo Brasil e Itália, quando cantou no desfecho da Copa do Mundo de Futebol. 
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1995 foi ano de outro filme e novo single bem-sucedidos. Whitney Houston foi homenageada por seu trabalho filantrópico pelo VH1 Honors, em reconhecimento ao seu trabalho humanitário.
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No ano de 1996 Whitney filmou com Denzel Washington, ator cristão, o remaker The Preacher's Wife (no Brasil, Um Anjo em Minha Vida). Quando lançou o único álbum gospel da carreira, trilha-sonora do filme, e o mesmo se transformou no álbum gospel mais vendido da história, também indicado ao Oscar de melhor trilha-sonora original. Ela cantou catorze das quinze quinze faixas do álbum, incluindo os "hits" I Believe in You and Me e Step by Step.
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1997: Whitney rodou um especial para o canal de televisão ABC, como atriz e produtora, uma versão do clássico Cinderela, interpretando a Fada Madrinha. A atração foi recorde de audiência, mais de sessenta milhões de telespectadores. A produção entrou para a história como um dos programas mais vistos na televisão norte-americana. Recebeu o The First Annual Triumphant SPIRIT Awards daEssence Magazine, em reconhecimento ao seu trabalho humanitário.
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No ano de 1998 gravou um dueto com Mariah Carey, When You Believe, para a trilha-sonora do filme animado O Príncipe do Egito. O single ganhou o Oscar de Melhor Canção Original. Ainda em 1998, lançou novo álbum, My Love Is Your Love, que não era trilha-sonora de filme, como os lançados nos oito anos anteriores. O álbum vendeu doze milhões de cópias no mundo todo, sendo cinco milhões somente nos Estados Unidos e Whitney ganhou seu sexto Grammy. Saiu em turnê e ganhou elogios de público e crítica. E recebeu o Trumpet Awards, em reconhecimento ao seu trabalho humanitário.
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Em 1999 Whitney lançou o álbum duplo The Greatest Hits, uma compilação dos maiores "hits", ao lado de inéditas e remixes, o lançamento vinha acompanhado de DVD com entrevistas, imagens de bastidores e de videoclipes. Neste mesmo ano também participou do projeto Divas.
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Em 2000 a cantora esteve afastada do público.
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Em 2001, voltou aos holofotes em Nova York, para homenagear Michael Jackson, que celebrava  trinta anos de sua carreira solo.  Após esse concerto, houve boatos que Whitney Houston havia morrido. Devido aos ataques terroristas do 11 de Setembro o single The Star Spangled Banner foi relançado e se tornou top de vendas nas paradas americanas, arrecadando mais de 1 milhão de dólares. O dinheiro arrecadado foi doado para fundos de apoio aos bombeiros e à polícia de Nova York.
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Em Dezembro de 2002, Whitney lançou Just Whitney. A cantora revelou ao seu público que era consumidora de cocaína, maconha, alcool e outras drogas. Entrou no foco de tablóides devido os problemas. Respondeu duramente todas as críticas de ordem pessoal. A repercussão deixou a desejar. E fracassou.
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Em 2003, a MTV americana juntamente com a Revista Blender nomeou Whitney como a terceira maior cantora entre as 22 Maiores Vozes da música por votação online e por leitores da revista. Em Novembro, lançou um álbum de Natal, One Wish: The Holiday. A faixa inédita ficou por conta de One Wish, música que deu nome ao álbum, considerado o melhor do estilo gospel contemporâneo.
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Em 2004, a cantora passou por cinco dias de internação em clínica de reabilitação do vício em drogas. Em Fevereiro, doou um milhão de rublos para o Russian Aid Fund (Fundo de Apoio Russo) para ajudar as vítimas de um ataque terrorista no metrô de Moscou. Os fundos foram criados por suas performances em Moscou naquele ano. Em 14 de Setembro, fez uma interpretação ao vivo de I Believe In You And Me e I Will Always Love You  no World Music Awards, como tributo a seu produtor e antigo amigo Clive Davis.
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2005 também foi marcado por internamentos devido aos mesmos motivos. E por embarcar na turnê internacional Soul Divas, acompanhada de Dione Warwick e Natalie Cole. Foi também o ano em que Whitney participou do Being Bobby Brown. Neste programa de televisão, um reality show, o público da cantora vislumbrou os altos e baixos dela, a sua privacidade foi muito devassada. Seu comportamento bruto e aparência nervosa no programa foram considerados fatores de seu declínio na carreira.
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Em 2006, envolvida em escândalos por ser usuária de drogas, Whitney divorciou-se do cantor Bobby Brown alegando sofrer violências domésticas praticadas por ele. Contudo, afirmou estar bem, referindo-se às dependências do álcool e química. Apareceu em eventos públicos usando a grife Armani ao lado da prima Dionne Warwick, foi ovacionada pelo público. Apareceu na capa da revista brasileira Raça Brasil, que a homenageou por lutar contra seu vício.
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No ano de 2007, Whitney foi eleita a A Rainha da Balada, pelo site Black American Web, que destacou sua trajetória como cantora, detalhando seus feitos. Anunciou-se retorno da cantora em 2009 com CD de músicas inéditas.
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Em 8 de maio 2008, participou em Londres do evento beneficente Caudwell Children’s Legend Ball, para levantar fundos para crianças. O fundador da instituição, John Caudwell, em entrevista à revista Marie Claire disse: “Estamos entusiasmados em ter uma artista do calibre da Whitney”. Vivendo em Laguna Beach, próxima de Warren Boyd, seu consultor que a ajudou no problema com as drogas. A cantora dedicou-se à filha Bobbi Kristina e também à sua nova produção fonográfica. Ela renovou contrato com a gravadora Arista Records por 100 milhões de dólares, o acordo seria para diversos álbuns.
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31 de Agosto de 2009. A espera terminou. Foi lançado o aguardado álbum de retorno de Whitney Houston, intitulado I Look To You.  A estreia aconteceu com 305 mil cópias vendidas na primeira semana, posto dos mais vendidos nos Estados Unidos, e o primeiro lugar em mais doze países.
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Em 14 de Setembro de 2009, Whitney Houston pôs fim ao silêncio após sete anos calada, apareceu no programa The Oprah Winfrey Show. A cantora respondeu sobre a relação conturbada com o ex-marido, fé, família, problemas com as drogas. Depois, fez excursão promocional pelas televisões euroréias para promover o disco. Precisou interromper turnê na Europa devido probleamas de saúde. No mesmo ano, foi homenageada no American Music Awards em Los Angeles, recebeu troféu das mãos do ator Samuel L. Jackson e agradeceu ao público por recebê-la de volta ao showbiz. Foi aplaudida de pé.
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No início de 2010, Whitney relançou uma edição especial de seu primeiro álbum, intitulado Whitney Houston – The 25th Anniversary Deluxe Edition, celebrando seus 25 anos de carreira;  foi homenageada no BET Honors Award, o evento foi realizado no teatro Warner, em Washington, DC e exibido em 29 de Janeiro de 2010. Jennifer Hudson cantou o clássico I Will Always Love You e Kim Burrell cantou I Believe in You.
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Em 23 de Fevereiro de 2010, Whitney recebeu o NAACP Image Awards por melhor vídeoclipe para I Look To You e também recebeu uma indicação ao Echo Awards, a versão alemã do Grammy, por Melhor Artista Internacional.
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Whitney Houston compareceu ao evento BET's Celebration of Gospel 2011, em Los Angeles, e surpreendeu o público. Cantou ao lado de Kim Burrel a canção I Look To You, dando muitos "aleluias" e "thank you Lord", comovendo todos os presentes e telespectadores. Assista ao vídeo deste momento.


Viajou em turnê pela Ásia, Austrália e Europa, arrecadou uma estimativa de mais de 36 milhões de dólares com os shows.
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11 de Fevereiro de 2012, sábado: De acordo com o site "TMZ", um representante da artista informou que Whitney morreu durante a tarde em sua casa. A informação foi dada à agência Associated Press, e logo começou a circular. Porém, outra corrente corrigiu a informação noticiando que ela foi encontrada falecida numa suíte do Berverly Hilton, hotel em Los Angeles, EUA. Hospedou-se na cidade para participar do Grammy Award, no domingo, quando homenagiaria o empresário e produtor musical Clavy Davis na premiação do Grammy.
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A cantora faleceu quando estava no apartamento com uma assistente e dois grarda-costas. Por demorar a sair do banheiro, foi chamada com batidas na porta e não atendeu. A porta foi arrombada. Ela foi encontrada dentro da banheira, com a cabeça submersa na água e os pés levantados encostados na borda. Cogita-se que tenha se afogado após dormir, mas há a hipótese de haver morrido antes de submergir.
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Os paramédicos foram chamados e compareceram rapidamente, pois estavam no prédio para o evento do Grammy. Tentaram reanimá-la durante 20 minutos, conseguiram ressuscitá-la por alguns instantes, mas a vida voltou por pouco tempo. Ela foi declarada oficialmente em óbito às 15h55 do horário local.
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Sua mãe declarou que conversou com a filha por telefone, durante meia hora, pouco antes de ela morrer, ligação feita pela Whitney, e não notou nenhum problema. Elas fizeram planejamento para ida ao Grammy e sentarem-se próximas de Diane Warwick, para quem também telefonou em seguida. Não havia vestígios que a cantora consumiu álcool. Drogas ilegais não foram encontradas no quarto, apenas recipientes de medicamentos com prescrições médicas - o ansiolítico Xanax -  para o qual tinha receita. O remédio é clinicado contra a depressão e ansiedade, provoca sedação e sonolência se misturado ao álcool..
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Em 9 de Fevereiro, quinta-feira, Whitney subiu ao palco de Kelly Price, em Hollywood. Com voz rouca, cantaram juntas em número não combinado a cançãoJesus Loves Me.
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Na noite de 12 de Fevereiro, Domingo, na festa onde Whitney se apresentaria homenageando Clavy Davis, recebeu homenagem póstuma. A organização do evento escalou a cantora Jennifer Hudson, revelada no programa American Idol, para em tributo a ela, que cantou o tema do filme O Guarda-Costas, I Will Always Love You.
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Whitney vendeu 170 milhões de álbuns em sua carreira, chegou 30 vezes no topo da parada da Billboard Music Award, 22 American Music Award, ganhou seis prêmios Grammys, dois Emmy Award, e somou um total de 415 prêmios ao longo da carreira.  Planejava lançar um novo álbum neste ano.
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Que ela possa ter alcançado o maior e melhor prêmio de todos, a vida eterna com Deus.
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Ela deixou a filha única Bobbi Kristina com dezenove 19 anos.
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Deus console sua família.

Fonte: União dos Blogueiros do Brasil
           www.ubeblogs.net  

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