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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Entre Rosas, Espinhos, Galhos, Caules, Troncos, Raízes......


Apenas brincando com o título de meu segundo livro "Entre Rosas e Espinhos". É a biografia de um homem de grande destaque na sociedade mineira, especialmente em Ipatinga. Trata-se do Pastor Antônio Rosa da Silva, 73 anos, o qual ocupa o cargo mais importante das Assembléias de Deus no Campo de Coronel Fabriciano e Ipatinga. Desde o dia 22 de maio de 1978, é o presidente do campo, sucedendo o veterano pastor José Alves Pimentel que havia falecido.


Depois que foi lançado a primeira edição do livro “Assembléias de Deus do Vale do Aço”, nasceu no coração do pastor o desejo de registrar em livro, fatos importantes de sua vida, cheia de altos e baixos, porque foi exatamente o que aconteceu: uma vida pautada com muitas lutas e enfermidades, mas coroada de grandes vitórias.

Tonico (apelido carinhoso) começou a conversar comigo sobre esse assunto de lançar um livro com a sua biografia, e eu dizia para ele: “mas pastor, é uma tarefa muito grande para mim, pois nem imagino como iniciar uma biografia”. Sentia-me totalmente incapaz para realizar essa empreitada. Mas, animado com a sua vontade de ver a obra realizada e o seu otimismo em relação ao que eu poderia lhe ajudar, iniciei o projeto. Nisso, já estávamos em meados do ano 2001, quase virando para 2002.


O pastor para me ajudar nas idéias biográficas encheu alguns cadernos de arame, contando a sua história desde o nascimento, passando pela infância sem pai e mãe, adolescência, juventude e até começar a subir os degraus do ministério. Como já conheço bem a sua caligrafia (que não é nada fácil para entender), deu para iniciar o trabalho, dividindo a história em vários capítulos. Então, este livro foi escrito por mim, mas o verdadeiro autor é o próprio pastor.


Dono de uma excelente memória, ele contou histórias e mais histórias, que nos enchia de emoção. Escolhemos as fotos e os documentos que dariam maior autenticidade na obra e aí foi uma maratona. Por várias vezes recebi pastor Antônio Rosa em minha casa, como também fui à sua em inúmeras vezes para trocarmos informações sobre o livro. Aproveitava para saborear o café com biscoitos e queijo que ele tanto gosta.


Na hora de escolher o título, passei-lhe algumas sugestões, mas a melhor foi esta: Entre Rosas e Espinhos, numa alusão ao que foi de fato a sua vida, cheia de rosas (vitórias e bênçãos), mas também cercada de espinhos (lutas, perseguições, enfermidades, decepções, etc.). Quem conhece de perto o pastor Antônio Rosa, sabe que sua vida foi assim: recebeu inúmeras homenagens e honrarias, reconhecimento da sociedade e dos pastores das convenções gerais e estaduais, presidente de um vasto campo, hoje composto com mais de 35 mil membros e cerca de 350 congregações. Por outro lado, desde novinho tem padecido diversas enfermidades e ainda hoje se encontra enfermo, realizando tratamentos específicos, contudo não tem se deixado esmorecer. Sempre que pode, se faz presente nos cultos do tempo central em Ipatinga, e nas congregações onde sua presença se faz necessária.


Fizemos uma tiragem nesta primeira edição do livro biográfico, de 2000 exemplares, restando destes apenas algumas dezenas, que estão à disposição para vendas.

O lançamento do livro em questão, ocorreu no dia 02 de maio de 2002, num culto festivo de comemoração dos 65 anos do pastor. No dia foi dada a oportunidade ao então presbítero Dr. Pedro Braz da Silva (hoje evangelista) e assessor jurídico da igreja para tecer um breve comentário sobre a obra. Na sequencia, tive a oportunidade de fazer um pequeno discurso (coisa que acho mais difícil de fazer), mas na ocasião eu teria que dizer alguma coisa, e falei. Imaginem só meu nervosismo!


Oito anos se passaram, e o pastor está cogitando a idéia da segunda edição de sua biografia. Porém, não me sinto mais animado para essas aventuras. Acho que estou ficando velho. Mas Deus sabe de todas as coisas. Se essa for a vontade Dele, assim o farei. Afinal quem tem juízo, obedece!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Nasce a idéia, cresce a idéia e a idéia se forma

Desde meus 10 anos de idade, passei a ler e colecionar exemplares de jornais e revistas evangélicos,  especialmente o Mensageiro da Paz e A Seara, periódicos editados pela CPAD (Casa Publicadora das
Assembléias de Deus). Também passei a adquirir livros que contavam histórias das igrejas, bem como biografias de pastores e personagens evangélicos que se destacaram. Com isso adquiri o gosto.

Devido ao fato de estar sempre ligado aos acontecimentos de minha igreja, a Assembléia de Deus, tanto em nível regional, como nacional, passei a anotar em cadernos ou agendas pessoais, alguns fatos importantes que aconteciam. Eu fazia aquelas anotações sem saber prá que. Quem sabe no futuro eu iria precisar delas? Jamais imaginava escrever algum livro. Isso era coisa que nunca passou pela minha mente, pois achava que não tinha capacidade e sabia das dificuldades que enfrentaria. Livro é algo para um escritor com experiência, e eu... pobre de mim! Quanta prentensão!

Lá pelos meados de 1997, em conversa com o pastor presidente das Assembléias de Deus Campo de Coronel Fabriciano e Ipatinga Pr. Antônio Rosa da Silva, mostrei-lhe a necessidade de fazermos algo, que pudesse marcar o Jubileu de Ouro da igreja que ocorreria em julho de 1998. Falei com o pastor que talvez pudéssemos fazer uma revista especial, com bastante fotos, ilustrando a nossa história no Vale do Aço. Como em anos anteriores, eu já houvesse elaborado alguns boletins para a igreja e também pelas informações e dados que possuía, não achava difícil editarmos uma revista para o Jubileu.

Já no início do ano de 1998, enviei ao ministério da igreja uma carta, apresentando minha disposição em fazer uma revista ou quem sabe um livro contando a história das Assembléias de Deus no Vale do Aço. Paralelo ao envio da missiva, também apresentei o projeto de como seria a elaboração do livro. A resposta que tive foi que o ministério queria que editássemos o livro histórico, e prá isso começamos a trabalhar juntando o material: fotos históricas, depoimentos de crentes antigos, entrevista com obreiros veteranos.

Foram dezenas de horas de pesquisa, viagens para realização de entrevistas, vários deslocamentos para fotografar os templos da região, fora o tempo gasto na digitação e revisão. Sempre com muito apoio da minha família e em especial minha esposa Dalva que sempre estava disposta a segurar as barras, pepinos e todo tipo de problemas na minha ausência. Um trabalho totalmente voluntário, para honra e para Glória de Deus. Pois se hoje a igreja Assembléia de Deus tem respeito e um nome forte e consistente foi porque no passado haviam homens que largaram tudo em prol da obra de Deus. Evangelismo. Primeiro amor. E finalmente o livro ficou pronto.


No dia 1º de outubro de 1998, durante a grande festa de abertura das comemorações do Jubileu de Ouro, no Templo Central da AD em Coronel Fabriciano, fizemos o lançamento da obra. Foi me dado a oportunidade para falar sobre a idéia do livro, fiz os devidos agradecimentos e na ocasião fiz a entrega simbólica de um exemplar ao Pastor Antônio Rosa da Silva e pedi para ele entregar um livro ao Pastor Anselmo Silvestre, presidente da Convenção Estadual, que nos honrava com a sua presença. O livro “Assembléias de Deus do Vale do Aço – 50 anos”, é rico em ilustração fotográfica, inúmeras biografias, além de uma retrospectiva histórica das Assembléias de Deus no Brasil e sua chegada ao Vale do Aço. Ainda é possível encontrar alguns exemplares da primeira edição.








Ainda sou e sempre serei grato a Deus pela oportunidade de fazer algo concreto para Sua obra. Quem diria que eu Jacó, nascido de uma família pobre e sem instrução, lá no interior de Minas Gerais, um dia escreveria um livro. Mas Deus já sabia, antes mesmo do meu nascimento.

Mas Deus ainda teria muito mais para mim....

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

AUTOBIOGRAFIA

Quem viaja no sentido Ipatinga/Governador Valadares no montanhoso estado de Minas Gerais, depois de percorrer cerca de 30 km, chega à Cenibra, uma companhia de Celulose implantada no município de Belo Oriente. Essa grande empresa foi instalada próximo ao distrito de Perpétuo Socorro, mais conhecido por Cachoeira Escura. Hoje o distrito é mais desenvolvido, com uma razoável infraestrutura com água, luz, telefone, ruas pavimentadas, escolas, igrejas e até um hospital. Porém, em 1959, não era assim. Era apenas uma pequena vila, onde as pessoas viviam como podiam, sem recursos. Era uma terra sem lei, onde assassinatos ocorriam sempre no meio das ruas.

O Distrito de Perpétuo Socorro, também conhecido
como Cachoeira Escura
 
No dia 27 de abril de 1959, em Cachoeira Escura, nasceu um garoto que recebeu o nome de Jacó Rodrigues SantiagoFilho do casal Josias Pereira Santiago (in-memoriam) e Ana Rodrigues Santiago que, anos depois, lhe deu mais seis irmãos: Sara, David, Manassés, Josias, Jussara e Enos. 

               Foto tirada aos seis meses de idade

Como seus pais mudavam muito, Jacó não conviveu muito tempo com os seus conterrâneos. Assim, em poucos anos, a família morou em Coronel Fabriciano, Governador Valadares; nos bairros Canaã e Vila Celeste, em Ipatinga. No início de 1968, uma nova mudança e, dessa vez, para Belo Horizonte, onde permaneceu até junho de 1971, retornando ao Vale do Aço. 

No ano de 1965 na cidade de Governador Valadares, contando seis anos de idade, Jacó frequentou uma escola pré-primária. A lembrança dessa época é muito vaga, mas o nome da professora ele nunca esqueceu. Dona Generosa, que de generosa mesmo só tinha o nome, pois era uma senhora muito brava e autoritária.

Em 1976, Jacó contando 17 anos incompletos, foi chamado para fazer teste na Usiminas, como aprendiz de desenho civil. Antes, trabalhou como auxiliar de escritório na Contabilidade Barbosa, e como auxiliar no Jornal “O Vale do Aço”. Após submeter-se ao teste da Usiminas, foi admitido em 10 de fevereiro de 1976, passando a trabalhar como auxiliar de desenho e, posteriormente, como desenhista civil. Permaneceu no Departamento de Projetos da Usiminas até o ano de 1983, quando por razões de terceirização de alguns setores da empresa, foi transferido para a área de operação, ali ficando até a aposentadoria, que ocorreu em 13 de junho de 2001, por tempo especial.



Quando estava há três anos na Usiminas, Jacó que participava de um evento evangélico na cidade de Resplendor conheceu uma moça de nome Dalva. Os dois logo se apaixonaram e começaram a namorar. Foi um namoro meio difícil, devido à distância que os separava. A folga do trabalho era reduzida, de forma que não sobrava muito tempo para curtir a namorada. Sobrava então a velha forma de namorar através de cartas. Então, devido às dificuldades, Jacó logo propôs casamento para aquela moça, e ela aceitou. Seis meses depois de se conhecerem, já estavam casados. A cerimônia civil e religiosa ocorreu na cidade de Resplendor na tarde do dia 05 de maio de 1979, com a presença de familiares e diversos amigos do casal.


Deus contemplou o casal Jacó e Dalva com uma linda família. Primeiro nasceu o Josias Neto (1980), músico, toca trompete nas igrejas e em eventos musicais.


Depois veio a segunda filha, Júnia, que é musicista. Ela é pianista formada pela UEMG, com mestrado feito na UFMG, além do curso de Musicoterapia feito no Rio de Janeiro. Júnia administra em Ipatinga uma a agência de música “Arte Clássica” que presta serviços musicais em diversos eventos.



Finalmente, a caçula Débora, que se formou em letras pela UNILESTE, também é musicista, e toca violoncelo. No momento, Débora se encontra na Irlanda, num curso de extensão em Língua Inglesa.

                            Débora em Wicklow, na Irlanda

Em outubro de 2007, Jacó e sua esposa Dalva foram presenteados com a chegada do Artur (primeiro neto, filho do Josias).


Família  em 1985


Família em 2002

Família em 2009

Arturzinho
Não poderia terminar esta biografia sem falar do lado músico de Jacó Rodrigues Santiago. Ele, que sempre foi dedicado à sua igreja, desde criança gostou de instrumentos musicais. Foi assim, que aos 10 anos de idade, seu pai comprou-lhe um acordeom de 48 baixos, da marca Todeschinni, e ele praticamente sozinho aprendeu a tocar o instrumento. Já na fase adulta, passou a tocar (de ouvido) o piano, órgão e teclado eletrônico. Seu estilo preferido de música, passa pela música clássica, música sacra em geral, hinos evangélicos, música instrumental e coral.

Desde o nascimento, pertence à Igreja Evangélica Assembléia de Deus. Seu pai foi um dos obreiros pioneiros que ajudaram no desenvolvimento da Obra Pentecostal no Vale do Aço. Hoje, Jacó serve em sua igreja exercendo o cargo de presbítero, além de cooperar em outras áreas quando se faz necessário.

E esse é meu livro. Mas isso é uma outra história!