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quarta-feira, 14 de junho de 2017

CORAL JÚBILO CELESTE, SEMPRE LOUVANDO

Completando agora 36 histórias de nossos "orfeônicos", pela graça e misericórdia do Senhor, como também motivado pela grande aceitação de nossos amigos, músicos e regentes que tão bondosamente têm nos acompanhado nesse trabalho.

Uma das igrejas que mais tem dado incentivo e apoio para a manutenção dos corais, sem dúvida é a Assembléia de Deus no Estado de Pernambuco, tanto é que pela quarta vez temos o prazer de postar a história de um coral pernambucano.

Só relembrando que já pudemos conhecer um pouco da trajetória do Coral Filadélfia (do templo central de Recife), do Coral da AD em Casa Amarela e do Coral da AD em Encruzilhada. Agora, numa gentileza do maestro Petronio Lima, que enviou-me este texto, compartilho a história do Coral JÚBILO CELESTE, do templo-sede da AD em Cabo de Santo Agostinho, que tem como líder setorial, o Pastor Aldir Domingos e como presidente o Pastor Ailton José Alves.




Esta obra começou bem modesta em 1954, com seis irmãs que juntas cantavam, dividindo empiricamente as vozes, hinos da harpa em uma congregação humilde na localidade denominada Engenho Algodoais, que fica no município de Cabo de Santo Agostinho. Entre elas estava a irmã Carmel Silva, que continua nesta obra até hoje. Pouco tempo depois, outros irmãos interessados somaram-se ao pequeno grupo, num total de dezoito pessoas entre homens e mulheres sedentos em louvar ao Senhor de todo o coração.

Naquela humilde congregação, surgia não oficialmente, nem com este nome, o "JÚBILO CELESTE". A notícia se espalhou e logo apareceu um convite do pastor João Cardoso, junto ao presbítero Valdomiro Cordeiro, para o novo coral participar de um culto de Santa Ceia na congregação do lugar chamado Beco Salgado, isto, na data de 24 de maio de 1955. Essa congregação, anos mais tarde tornou-se a Sede da AD em Cabo de Santo Agostinho.

Naquela ocasião, o saudoso Pastor José Amaro da Silva, então líder das Assembleias de Deus no Estado, estava presente, e ao convidar o grupo para apresentar-se foi logo dizendo: “Vamos ouvir o coral do Engenho Algodoais”. Era muita responsabilidade para o grupo musical iniciante!

Naquela noite foi escolhido o nome de Severino Antão para estar à frente e coordenar o louvor do novo coral. Na data escolhida, 07 de Setembro de 1955, ali na congregação no Beco Salgado, foi fundado oficialmente o Coral Júbilo Celeste. O primeiro hino entoado "QUEM VIVE NA GLÓRIA", o de nº 96 do "Coros Sacros", encheu de alegria aqueles simples irmãos.

O irmão Severino Antão passou cerca de 3 anos à frente do coral, sendo substituído pelo maestro José Tavares. Este por sua vez, pouco tempo depois cedeu seu lugar ao maestro Albertino, que também passou pouco tempo e foi sucedido pelo Maestro Jonas. Enquanto isso o coral continuava crescendo em graça, adoração e experiência musical; os louvores entoados tocava o coração das pessoas que os ouvia e multiplicava-se a fé.

Não podemos deixar de citar o nome dos irmãos que contribuíram na regência deste coral, seguindo a ordem cronológica, foram eles: José Cordeiro; Sebastião Maia; Jaime Alfredo; Garcia; Juvenal; Josué Berto; Ronaldo Afonso; Rezin Afonso; José Luiz; Jadiel Bento. Sem esquecer-se de outros nomes que muito contribuíram para o desenvolvimento do coral, tais como a irmã Ivanice, que por várias vezes assumiu o coral quando este estava sem liderança. Outros irmãos como, Mariano, Noemi e Samuel, que apesar de não serem regentes, sempre cooperavam com amor e alegria.

No dia 20 de maio de 2001, o então pastor setorial Simas Dias apresentou à igreja em Cabo, o nome do maestro Petronio Lima para dar continuidade ao trabalho. Apesar de ainda muito jovem, Petronio logo procurou inovar e melhorar o desempenho do coral. Apresentou novos arranjos e novas técnicas vocais, e sem perder a unção e o fervor, tem efetuado este trabalho até o dia de hoje.

Na ano de 2006, para comemorar o Jubileu de Ouro, foi gravado o CD “Coral Júbilo Celeste – 50 anos de Louvor”, apresentando a igreja novos arranjos para músicas já conhecidas, entre os quais o belíssimo arranjo do hino "SOSSEGAI", de nossa Harpa Cristã. E no momento o coral se prepara para a gravação do seu segundo CD que sairá em breve.

Hoje, já soma 75 componentes, que juntos entendem que “Não há problema que Deus não resolva”, por isso “não podem deixar de proclamar este amor tão singular de nosso Senhor Jesus”.

Prestes a completar 62 anos de plena atividade, e de um sexteto feminino o Senhor levantou um coral forte e viçoso, que sob a direção do Espírito Santo, entende que nesta vida é só peregrino; que está aqui só por uma noite, mas que não se importa; tem trilhado passo-a-passo em direção da cidade maravilhosa, onde juntos reverão e cantarão juntos de vestes brancas com todos aqueles que já partiram, sendo regidos pelo próprio Senhor Jesus Cristo.

Parabéns ao Coral Júbilo Celeste, ao maestro Petronio Lima, a quem agradeço de coração pela grande contribuição ao nosso trabalho semanal, por nos dar este privilégio de contar mas uma história, que com certeza, há de trazer muito incentivo a outros corais.





      Coral Júbilo Celeste cantando o hino "SOU UM SOLDADO" (418 HC)

sábado, 10 de junho de 2017

CORAL EVANGÉLICO DE SÃO PAULO

Enquanto aguardamos novas colaborações de maestros e coristas amigos para novas postagens históricas, quero compartilhar hoje a história de mais um importante coral evangélico, sendo ele um dos mais conhecidos no Brasil.

O Coral Evangélico de São Paulo foi fundado em 1948 pelo Reverendo Natanael Inocêncio do Nascimento, professor e pastor da Igreja Metodista, com o objetivo de integrar coralistas das várias igrejas evangélicas reformadas de São Paulo em um grupo que apresentasse, principalmente, música sacra evangélica brasileira.


Entre seus regentes destacam-se as figuras de Umberto Cantoni e Alberto Corazza e, desde março de 2002 está sob a direção da maestrina Dorotéa Kerr. Desde 1997 o Coral Evangélico tem desempenhado papel importante no projeto “Resgate dos Hinos da Nossa História” que envolve gravação de CDs e DVDs com hinos da tradição musical evangélica.

O coral é interdenominacional, ou seja, é aberto à participação de coralistas de qualquer denominação evangélico/protestante.

Ensaia semanalmente às segundas-feiras, das 19h30 às 21h30, na Catedral Metodista de São Paulo, localizada na Avenida Liberdade, 659 - Liberdade (entre as estações de metrô São Joaquim e Liberdade), na capital Bandeirante.

Conta, atualmente com cerca de 130 participantes e tem o acompanhamento instrumental da pianista Valéria Nascimento.

Ao longo de sua trajetória o coral tem recebido convites para participar de celebrações religiosas em igrejas, como também de eventos e concertos sacros em locais diversos como: hospitais, Assembleia Legislativa de São Paulo, Câmara dos Vereadores de São Paulo etc.

Dentre os diversos concertos, podemos destacar alguns:

* 2013 – Concerto Cantata Cântico de Natal, realizado em 07/12, na Catedral Evangélica de São Paulo.
* 2012 - Concerto Bach-Haendel "Um Canto de Natal", realizado em 15/12, na Catedral Evangélica de São Paulo.
* 2011 - Lançamento do CD e DVD Hinos da Nossa História II, em 13/12, na Catedral Evangélica de São Paulo.
* 2011 - Gravação do CD e DVD Hinos da Nossa História II, em 09/07, na Igreja Presbiteriana do Jardim das Oliveiras, em São Paulo.
* 2010 - Concerto de Natal, realizado na Catedral Evangélica de São Paulo.
* 2009 - Concerto Tributo a Händel e Mendelssohn, na Catedral Evangélica de São Paulo.
* 2009 - Concerto na IX Mostra Mackenzie de Música Sacra.
* 2009 - Concerto de Música Sacra, Igreja Memorial Batista, de Brasília/DF.
* 2009 - Concerto no XII Festival de Música Sacra, na Catedral Evangélica de São Paulo, com o apoio do Instituto de Artes da UNESP.
* 2008 - Lançamento do CD e DVD Exultai!
* 2008 - Concerto com a Banda Sinfônica da Polícia Militar do Estado de São Paulo, em comemoração ao 177º aniversário da corporação.
* 2008 - Concerto na Câmara Municipal de São Paulo.
* 2004/2005 - Participou como coral convidado pela Orquestra Sinfonia Cultura da execução da “Missa” de Ernani Aguiar e do “Te Deum” de Villani Cortes, sob regência do Maestro Lutero Rodrigues.

Há dezoito anos, por uma iniciativa da maestrina Dorotéa Kerr, visando o resgate da hinologia cristão protestante, cujos hinos foram caindo no esquecimento e deixando de ser entoados na liturgia dos cultos, o coral passou a gravar CDs de coleções de hinos sacros, sendo que desde 2008, junto com os CDs, também estão sendo gravados DVDs ao vivo.

Abaixo, a coleção de áudio e vídeo do coral:

1997 - Nossos Hinos Favoritos I - CD (coral de 200 vozes)
1997 - Sons & Tons do Natal - CD (coral de 200 vozes)
2000 - Hinos da Nossa História I - CD (coral de 320 vozes e orquestra)
2001 - Louvai ao Senhor - CD (coral de 720 e orquestra)
2002 - Nossos Hinos Favoritos II - CD (coral de 191 vozes masculinas e orquestra)
2004 - Oh! Que Belos Hinos - CD (coral de 480 vozes)
2006 - Tributo de Louvor - CD (coral de 400 vozes)
2008 - Exultai, Vinde Todos Louvar - CD e DVD (coral de 350 vozes)
2011 - Hinos da Nossa História II - CD e DVD (coral de 250 vozes, piano e órgão)

Fonte:
https://www.facebook.com/…/CoralEvangelicodeSaoPaulo/about/

ANEXOS:
                                Capa do CD do Coral Evangélico de São Paulo



                              Coral Evangélico de São Paulo cantando o hino "SALMO 06"

EM ARARAS (SP) O CORAL VOZES DE SIÃO É DESTAQUE

A nomenclatura dos corais evangélicos nas décadas passadas, seguia uma certa padronização, e por isso vemos ainda hoje, diversos grupos com o mesmo nome. E só para relembrar, "HARMONIA CELESTE", "HARMONIA CELESTIAL", "VOZES DE SIÃO", "ACORDES CELESTE", "LOUVORES CELESTE", "CANTORES DE SIÃO", "SINFONIA CELESTE", "LÍRIO DOS VALES" foram os nomes mais usados naquele período. Atualmente, os organizadores de grupos musicais procuram nomes menos comum: Coral Kades, Coral Kemuel.

Pela segunda vez, aparece aqui em nossa história o nome de um coral "VOZES DE SIÃO". Desta feita, conheceremos um pouco da trajetória do Coral "VOZES DE SIÃO", do Templo-Sede da Assembleia de Deus Ministério de Madureira em Araras (SP).




No fim da década de 70, quando pastoreava a igreja o pastor Vicente e no início da década de 80 com o Pastor Luiz Carlotte, os músicos: Paulo Araújo dos Santos e Adolfo Santana de Milhã começaram a ensinar os princípios da Teoria Musical aos membros da igreja com o propósito de formarem uma Banda Musical e um Coral.

Passado algum tempo ambos se mudaram e então, o Pastor Luiz Carlotte incentivou o Pastor Jayme Rodrigues a continuar ensaiando o coral. Depois de meses de ensaio, o Coral Vozes de Sião se apresentou pela primeira vez em 04 de Junho de 1983, cantando o hino intitulado: “CORO SANTO" n.º 274 do hinário Cantor Cristão.

Depois outros regentes assumiram o Coral, tais como: Élson Custódio, Lurdes Michimura, Dorival Camargo, Juciel Paulo Silva, Eduardo Manuel, Cleber Mello Freitas, Paulo Rodrigo Guedes.

Atualmente o “Coral Vozes de Sião” está sob a regência do pastor Erivelton Rodrigues Nunes e do diácono Paulo Rodrigo Guedes e conta com cerca de 25 componentes.

Fonte: blog do Coral Vozes de Sião: www.vozesdesiao.com

ANEXOS:

              Foto do Coral Vozes de Sião em 1983 sob a regência do Pr. Jayme Rodrigues

                   Coral Vozes de Sião, apresentando um trecho da Cantata "VIVO ESTÁ"

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Pastor JOÃO BATISTA DA SILVA


Evangelista, pastor, doutrinador, antigo líder da Assembleia de Deus no Rio Grande do Norte e ex-presidente da Convenção Geral das Assembleas de Deus no Brasil.

Natural de Natal (RN), João Batista da Silva, nasceu no dia 24 de maio de 1905. Filho de Joaquim Inácio da Silva e Joaquina Generosa da Silva, ele viveu a sua infância e adolescência na cidade onde nasceu. Posteriormente, por força do emprego que o seu pai ocupava no antigo Departamento de Correios e Telégrafos, como transportador de malas do correio para várias cidades, passou a residir no interior do Estado.

Procedente de família humilde teve a infância e adolescência de menino pobre sem condições de estudar, o que muito desejou, mas não lhe foi possível, senão aprender as primeiras letras, visto que logo cedo começou a trabalhar para ajudar seus pais na sobrevivência da família. Criado sob a vigilância de seus pais, com eles tornou-se também seguidor da religião Católica Romana. Mesmo assim, sendo eles tementes a Deus, deram-lhe a educação necessária para a formação do caráter. Na sua mocidade, voltando a residir em Natal, conseguiu um emprego na antiga Intendência do Município, atualmente Prefeitura Municipal de Natal, como podador de árvores, através do qual começou a cooperar com seus pais na manutenção da família.

Aos 21 anos de idade, a 08 de fevereiro de 1926, foi alcançado pela pregação do Evangelho e aceitou ao Senhor Jesus como seu salvador pessoal na gestão do Pastor Bruno Skolimowsky, tendo recebido o batismo com o Espírito Santo pouco depois de um mês, a 11 de março de 1926. Feita a sua profissão de fé, tudo começou a mudar para melhor na sua vida. No mês de maio desse mesmo ano, foi batizado nas águas pelo referido Pastor Skolimowsky, por sinal, o último batismo por ele realizado em Natal.

Filiado à Assembléia de Deu em Natal, o jovem João Batista da Silva, tornou-se um frequentador assíduo de todas a reuniões realizada pela igreja, tais como: cultos regulares, escola dominical, cultos de vigílias, cultos ao ar-livre e, inclusive, cultos em casas residenciais, pedidos por irmãos interessados. Vendo a Igreja a sua dedicação ao trabalho de evangelização e o seu comportamento exemplar nas reuniões onde se fazia presente, na gestão do então Pastor Francisco Gonzaga da Silva, de saudosa memória, foi indicado e aceito como auxiliar, porteiro e, posteriormente, em 1929, separado ao diaconato.

Com a sua convivência na Igreja, ali conheceu a jovem Maria Anita Albuquerque Torres, com quem se casou no dia 30 de novembro de 1931 e dessa união nasceram 11 filhos, uns nasceram no Rio Grande do Norte, outros na Paraíba e Bahia, onde foi pastor, durante 10 anos.

Realizado o seu casamento e conhecida a sua vocação para o ministério da Palavra, foi consagrado a presbítero em dezembro de 1934, e a pastor, a 18 de fevereiro de 1935, pelo pastor Cícero Canuto de Lima, para assumir a direção da Assembléia de Deus em Ceará-Mirim - RN.

Empossado como Pastor da Assembléia de Deus em Ceará-Mirim em 1935, com ação pastoral em todo o município e com extensão a vários outros, como: Taipu, Baixa Verde, Bento Fernandes, Angicos, Fernando Pedroza, Lages, Assu, Pendências, Afonso Bezerra, Macau, Touros, Extremos e outros, onde sentiu a proteção de Deus de forma inequívoca. É oportuno salientar que, como iniciante na atuação pastoral e não dispondo de transporte próprio, assistia as congregações localizadas em alguns desses municípios viajando ora em trens de 2ª classe, ora em cima de cargas de caminhões e, como se não bastasse, em cavalos, jumentos e também a pé, muitas vezes motivado pela falta de recursos. A sua ida para pastorear a Assembléia de Deus em Ceará-Mirim, foi um ato de fé, porquanto à época, com a sua esposa já esperando o primeiro filho, renunciou o emprego estável e seguiu em frente, mesmo sem salário assegurado.

Aprovado o seu ministério pastoral na Igreja de Ceará-Mirim e nos municípios por ele assistidos, foi agraciado em janeiro de 1939 com um convite especial que lhe fora feito pelo Pastor Cícero Canuto de Lima, então titular da Assembléia de Deus de João Pessoa - PB, e que estava de transferência para o Rio de Janeiro, para substituí-lo naquela Igreja, com jurisdição em todo o Estado da Paraíba. Aceito o convite, foi empossado solenemente ali, na noite de 02 de fevereiro de 1939, cujo ministério teve a honra de presidir durante 11 anos. 



Crentes reunidos em frente ao Antigo Templo-Sede da AD em João Pessoa (PB)
Substituído na Assembléia de Deus em João Pessoa pelo Pastor Antônio Petronilo dos Santos, de saudosa memória, foi em seguida empossado na Assembléia de Deus em Salvador a 31 de janeiro de 1950, em atendimento ao convite que lhe fora formulado pelo missionário Eurico Bergstén, então responsável por aquela Igreja.


Antigo Templo-Sede das AD em Salvador (BA),
localizado na Ladeira do Boqueirão, nº 7
Ao assumir a presidência da Assembléia de Deus em Salvador, a Igreja-Sede funcionava à Rua Custódio de Melo, nº 7, na antiga Ladeira do Boqueirão, em um antigo casarão estilo colonial de três andares, mediante o pagamento de aluguel. Entendendo que a Igreja poderia comprar aquele casarão, entrou em entendimento com os proprietários manifestando o seu desejo e, uma vez inteirado, levou a proposta de venda ao conhecimento da Igreja, com o preço estipulado de Cr$ 400.000,00 (quatrocentos mil cruzeiros antigos). Analisada a proposta pela Igreja, foi aceita na condição de o pastor João Batista da Silva e o missionário Eurico Bergstén se empenharem para o levantamento de fundos para a realização do negócio, porquanto a igreja não dispunha daquele valor, na oportunidade. Aceito o desafio, depois de um curto espaço de tempo foi realizado o negócio.  



Em Salvador, o seu ministério foi grandemente abençoado, tendo levado a sua atuação pastoral a várias cidades do Estado da Bahia, como: Alagoinhas, Nazaré das Farinhas, Candeias, Itabuna, Ilha de Itaparica, Ilhéus, Irecê, Mataripe e outras. Na Capital, criou a Escola Evangélica Assembléia de Deus de 1º e 2º graus, que continua em pleno funcionamento.

Cumprido o seu ministério em Salvador, que durou uma década e foi marcado pela volta da Igreja à normalidade, bem como a instalação de novas igrejas, congregações e vários templos, inclusive no interior do Estado, aceitou o convite feito pelo ministério da Assembléia de Deus em Natal para assumir a sua direção com jurisdição em todo o Estado do Rio Grande do Norte. 


Antigo Templo Central da AD em Natal (RN)
Ao tomar posse em Natal, no culto solene realizado a 10 de janeiro de 1960, declarou à igreja em sua primeira mensagem, que estava no seu coração o propósito de ampliar da melhor forma a propagação do Evangelho no Rio Grande do Norte, até atingir todos os municípios, instalando uma congregação da Assembléia e Deu em cada cidade com um obreiro fixo e templo próprio, para melhor atender a igreja local. O seu ministério em Natal e por extensão no Rio Grande do Norte foi manifestamente fecundo, visto que, além de o Senhor haver concedido o desejo do seu coração, no que concerne à expansão do Reino de Deus, para todos nós foi um período de paz e visível prosperidade.

Por outro lado, reconhecendo a necessidade de melhor capacitação para os obreiros que trabalham no Ministério da Palavra, criou em 1979 a ESTEADEB (Escola Teológica das Assembleias de Deus no Brasil), através da qual inúmeros irmãos vêm melhorando consideravelmente seus conhecimentos. Os que já passaram pela ESTEADEB, conforme sabemos, enquanto melhoraram o nível intelectual com o conhecimento da Didática do Ensino e mui especialmente com o Curso de Educação Teológica, ficaram aptos para manejar bem a Palavra da Verdade, como obreiros aprovados, o que é por demais gratificante para a Assembléia de Deus no Estado.

Pastor João Batista da Silva e obreiros reunidos na AD em Natal (RN)

Obreiros reunidos na AD em Natal por ocasião da realização do CAPED (1975)
Ainda na sua gestão, foram criadas com a sua aprovação as escolas de 1º e 2 graus da Assembléia de Deus nas cidades de Santa Cruz e Mossoró, pelos seus respectivos responsáveis – Pastores Francisco Cícero de Miranda e João Gomes da Silva, as quais estão em pleno funcionamento. Em Natal, ao encerrar a sua administração, em reunião específica com o seu ministério, aprovou o projeto do Professor Francisco Varela de Souza, para a construção de um Anexo à ESTEADEB, com o objetivo de funcionar uma escola de 1º e 2º graus. Para alegria do Pastor João Batista da Silva, coube-lhe a honra de, na solenidade de inauguração da Escola enfocada, realizada no dia 02 de março de 1996, cortar a fita simbólica. Foi grande a sua alegria.

Muito poderíamos falar ainda sobre a atuação do pastor João Batista da Silva à frente das igrejas que teve a honra de administrar, porém para não enfadar os leitores é oportuno lembrar que, muito já foi dito a seu respeito, tanto no jornal Mensageiro da Paz – Órgão Oficial das Assembleias de Deus no Brasil, quanto através do jornal da AD em Natal e outras edições históricas da CPAD. Assim sendo, entendemos que o presente resumo seja suficiente para justificar a nossa homenagem.

Havendo o Pastor João Batista da Silva completado 88 anos de idade e sentindo-se com a saúde abalada, face ao desgaste decorrente da idade avançada e dos 63 anos de atuação pastoral, além da saudade deixada pela sua esposa, aceitou ser jubilado. Em seguida, passou a direção da Assembléia de Deus no Rio Grande do Norte ao Pastor João Gomes da Silva, no culto solene de ação de graças realizado a 24 de maio de 1993, pela passagem do Jubileu de Diamante da fundação da Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Natal.

Ao entregar a liderança da igreja em maio de 1993, deixou implantados trabalhos de evangelização em todos 153 municípios do Rio Grande do Norte. À vista dessas considerações, pelo seu bom desempenho como auxiliar, porteiro, diácono, presbítero e, finalmente, como pastor, em cujas funções dedicou 67 anos da sua vida a serviço das Assembleias de Deus no Brasil, fica a homenagem da nossa Igreja e dos que fazem o Bom Semeador ao nosso querido Pastor João Batista da Silva.

Tendo cumprido a sua tarefa aqui na terra, o Senhor Deus, achou por bem leva-lo, aos 94 anos e 7 dias, lúcido e farto de dias no dia 31 de maio de 1999, podendo dizer como o apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. II Tm 4:7”. Na época de seu falecimento, era considerado o mais antigo obreiro tanto de idade, quanto o tempo de ministério pastoral. 



O pastor João Batista era muito querido em toda a região, prova disso foi o número de pessoas que compareceram ao seu sepultamento. A cerimônia, que ocorreu no dia 1º de junho, contou com a presença de irmãos de várias congregações, pastores e autoridades civis. O caixão, coberto com a bandeira do Brasil, foi conduzido ao cemitério em um carro de Bombeiros com batedores da Polícia Militar. Dentre os que compareceram ao enterro, estavam os pastores: Amaro Antônio, representando a AD do Estado de Alagoas; Francisco Olimpio, presidente da UMADENE – União dos Ministros das Assembléias de Deus no Nordeste e líder da AD em Toritama – PE e Ailton José Alves, presidente da Convenção Estadual das Assembléia de Deus em Pernambuco (CONADEP) e líder das AD em Recife, que na ocasião representou o pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente da CGADB.

Em reconhecimento a importância do pastor para o Estado do Rio Grande do Norte, o governador e a prefeita da cidade de Natal enviaram seus representantes ao sepultamento. 

ANEXOS:

Pastor João Batista da Silva e Missionário Eurico Bérgsten e Obreiros da AD em Salvador - BA.


Pastor João Batista e obreiros da AD em Natal 
Pastor João Batista pregando ao lado do
Pastor João Gomes da Silva, que foi o seu
sucessor na liderança da AD em Natal

Pastor João Batista comemorando os seus
88 anos de idade


sábado, 3 de junho de 2017

CORAL EXCELSIOR - ARTE E CULTURA NO RIO DE JANEIRO

Compartilhar com o pessoal desse grupo a história de alguns corais tem sido muito gratificante. Geralmente faço as postagens históricas na quarta-feira, porém, ontem não foi possível e hoje com prazer estamos aqui.

Até então postamos aqui a trajetória de diversos corais evangélicos pertencentes a denominações históricas como Assembléia de Deus, Batista e Presbiteriana Independente. Pudemos conhecer até o momento, a trajetória de corais importantes, tais como: Coral da AD em Belém do Pará (o primeiro coral da AD), Coral do Belém (SP), Coral Filadélfia da AD em Recife, Aleluias Coral da AD em Belo Horizonte, Coral Eclésia da PIB do Rio de Janeiro, Coral da Catedral Evangélica de São Paulo, entre outros.

Existe no Rio de Janeiro, um coral famoso que não pertence a nenhuma denominação, mas é de origem evangélica e a maioria de seus componentes é cristã evangélica. Trata-se do CORAL EXCELSIOR, pertencente a Sociedade Excelsior de Arte e Cultura, cujo objetivo principal é divulgar a arte sacra, em especial a música. Como parte desse objetivo, o coral realiza eventos especiais e concertos em igrejas, teatros e salões de música.



O CORAL EXCELSIOR, é um coro misto organizado, sob a liderança de Guilherme Loureiro (1916- ? ), em 26 de maio de 1949. Mantido pela Sociedade Excelsior de Arte e Cultura, ela foi fundada por 33 evangélicos. Nas quatro primeiras décadas (1949-1989), realizou 402 audições, em várias cidades do Brasil. Nas décadas de 50 e 60, promoveu Festivais de Música Sacra.

Seu repertório básico consistia de composições de Guilherme Loureiro, seu fundador. Loureiro foi compositor e atuou como regente de diversos corais, entre os quais o Coral da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro. Compositor de algumas importantes obras musicais como oratórios, óperas e cantatas, Loureiro foi um grande nome na Música Sacra Brasileira.

Ao longo de seus 68 anos de existência o coral carioca, tem apresentado peças de Handel, Mozart, Haydn, Beethoven, Mendelssohn e Rossini.

Fonte: NASSAU - Dicionário de Música Evangélica



       Coral Excelsior realizando um concerto na Igreja Batista Itacuruçá no Rio de Janeiro  

       Coral Excelsior realizando um concerto na Igreja Batista Itacuruçá no Rio de Janeiro  

                    Coral Excelsior cantando na Igreja da Candelária no Rio de Janeiro