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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Pastor JOSÉ PEREIRA SANTIAGO

Nasceu dia 19 de setembro de 1924 em Vargem Alegre (MG). Filho de Nestor Martins Pereira e Maria Sebastiana da Conceição. Criado na região de Iapu, mais tarde empregou-se na companhia Acesita, como enfermeiro, onde permaneceu durante muito tempo.

Em 13 de janeiro de 1948 contraiu matrimônio com Maria de Lurdes Pereira, vindo deste casamento os filhos: Maria das Graças, José Pereira Santiago, José Carlos, Maria da Penha, José Wilson, Maria Lúcia, João Batista e Sara Raquel. Dois de seus filhos são pastores José Pereira e João Batista. O casal teve 10 netos e 9 bisnetos. 

O pastor Pereira tem uma grande folha de serviços prestados na obra de Deus. Seu início de carreira foi em abril de 1956, quando ele e sua esposa aceitaram a Jesus Cristo como Salvador. Em 24 de junho do mesmo ano, no lugar denominado Boachazinho, foi batizado nas águas pelo pastor Anselmo Silvestre. Em junho de 1957 foi batizado com o Espírito Santo. Residindo na localidade chamada Mato Grosso (hoje Águas Claras), próximo a Ipatinga, abriu um ponto de cultos em sua casa, onde ficou por um bom período. Deus aprovou este trabalho que chegou a ter sessenta e cinco membros, trabalho esse que teve assistência dos obreiros Marcolino e Abílio. Nessa época, seu irmão Josias também se converteu.

José Pereira Santiago ao lado do Ev, José Pantalião e do Pastor José Alves Pimentel (de terno branco) 

Em 16 de fevereiro de 1959 foi transferido pela Acesita para a região de Pedra Corrida, indo trabalhar num lugar denominado Vinhático onde ficou até 10 de outubro do mesmo ano. Logo depois se mudou para Cava Grande. Neste lugar, enquanto atendia cerca de duas mil e quinhentas pessoas no posto médico local, foi autorizado pelo pastor Pimentel para dirigir os cultos na pequena congregação.

José Pereira e sua esposa Maria de Lurdes testemunharam o casamento do
Ev. Antônio Rosa da Silva com a jovem Luzia Ramos
No primeiro culto dirigido pelo nosso obreiro, estava presente entre outros, um jovem cooperador no trabalho do Senhor, que gostava de pregar num tom de voz alto, era Antônio Rosa da Silva, atual presidente do Campo de Coronel Fabriciano e Ipatinga. Nessa humilde congregação, Antônio Rosa exerceu o cargo de tesoureiro, no período de fevereiro de 1960 até janeiro de 1962. Nessa época a pequena igreja sofreu tamanha perseguição dos inimigos do Evangelho, ao ponto de José Pereira ser ameaçado de morte, e ter que passar várias noites ajoelhado orando pedindo a proteção de Deus. No período em que esteve em Águas Claras, foi lhe entregue pelo saudoso pastor Geraldo de Freitas um "Livro de Ouro", visando arrecadar fundos para a construção do primeiro templo da AD em Ipatinga.

De Cava Grande, onde ficou até 04 de agosto de 1964, irmão José Pereira transferiu-se para o bairro Olaria 2 (Timóteo), indo trabalhar na farmácia da Companhia Acesita. No início de 1965 foi designado para dirigir a congregação de Cachoeirinha e logo depois foi enviado para a igreja de Timóteo (bairro São José). Na igreja matriz em Coronel Fabriciano, cooperou como porteiro por apenas uma semana. Dirigiu a primeira escola dominical no Mangueiras e logo foi designado para cooperar na congregação do bairro Timirim (Timóteo). Tempos depois, foi enviado para a cidade de Jaguaraçu, quando tinha que andar a pé mais de seis quilômetros morro acima para dirigir os cultos.

Em 16 de janeiro de 1972 foi separado para o diaconato da igreja. Em 1973, pediu demissão do emprego e foi convidado para trabalhar de tempo integral no ministério, sendo enviado para a cidade de Belo Oriente. Sua carreira ministerial foi cheia de muitas lutas, mas repleta de vitórias concedidas pelo Senhor Jesus, sendo que em 11 de agosto de 1974 foi separado para servir como presbítero.
Durante este período ele dirigiu as igrejas de Belo Oriente, Naque, Melo Viana onde ficou apenas treze dias, Mesquita, Caladinho de Baixo, Caladinho de Cima, Jaguaraçu, Marliéria, Antônio Dias, São Joaquim da Bucaina, Cocais das Estrelas e Engenheiro Guilman. 

O então presbítero José Pereira Santiago e obreiros da AD em Coronel Fabriciano 
Além destes lugares por onde passou, cooperou por um bom período no templo-sede em Coronel Fabriciano, onde ele e sua esposa sendo enfermeiros ajudaram a cuidar do pastor Pimentel durante a sua enfermidade até o dia em que o Senhor o chamou para a Glória Eterna. Já na presidência do pastor Antônio Rosa, atuou por um breve período como tesoureiro geral do campo. Em 14 de setembro de 1978 foi consagrado ao ministério de evangelista e no dia 20 de setembro de 1984 foi ordenado pastor.


Após receber a sua jubilação do ministério, residiu em Vila Velha (ES), onde congregou na AD do Ibes. Voltando para Coronel Fabriciano, aí permaneceu junto a esposa e filhos. Em setembro de 2012, sua esposa faleceu. No dia 18 de setembro de 2014, foi homenageado durante o Culto dos Idosos da AD em Ipatinga, quando também foi comemorado o seu aniversário de 90 anos. Na oportunidade que teve para expressar sua alegria e agradecimentos aproveitou e cantou um hino que marcou sua vida cristã. No dia 13 de outubro as 5 horas da manhã, após 14 dias hospitalizado, recebeu a chamada do Senhor para o descanso eterno.

ANEXOS:
José Pereira e seu irmão Josias



 





Pastor José Pereira Santiago no descanso eterno

“ESTOU PREPARADO”, disse o pastor José Pereira Santiago antes de partir para a eternidade. 


             Pastor Antônio Rosa contempla o amigo de longa data.

As fotos desta matéria foram captadas e publicadas com autorização da família.

A história gloriosa das Assembleias de Deus do Vale do Aço, que tem  dois grandes campos eclesiásticos, o de Timóteo, presidido pelo Pr. Adão Araújo e de Coronel Fabriciano e Ipatinga, sob a presidência do Pr. Antônio Rosa, teve na manhã desta terça-feira um dos seus capítulos tristes, cujo desfecho, sem dúvida, é o empobrecimento do arquivo vivo dos seus baluartes.




Por volta das 10h15 deixava o suntuoso templo da Assembleia de Deus da Avenida Magalhães Pinto, 429 em Coronel Fabriciano, o corpo do Pastor José Pereira Santiago, falecido aos 90 anos nesta segunda-feira (13). Familiares e companheiros de ministério passaram pelo velório, ocorrido no local desde a tarde da segunda-feira. Centenas de pessoas foram dar o último adeus ao enfermeiro aposentado.

Há vários dias internado em coma no Hospital São Camilo, em Coronel Fabriciano, José Pereira não resistiu a uma parada cardíaca e, às 5h45 da segunda-feira faleceu, colocando fim a um dos parágrafos mais brilhantes de uma história como  servo de Deus e cidadão comprometido com o Reino do Mestre.

A morte do Pr. José Pereira põe fim a uma carreira ministerial marcada pela dedicação, esforço e abnegação em prol da obra de Deus. Amante dos hinos da Harpa Cristã, José Pereira cantava vários deles de cor e os tinha como inspiradores em seus momentos de angústia e reflexão.


Pastor Júnior Calais (dir.) responsável pela Assembleia de Deus de Coronel Fabriciano e 2º vice-presidente do Campo eclesiástico de Coronel Fabriciano e Ipatinga

Em sua fala, bastante emocionada, o presidente, Pastor Antônio Rosa da Silva, detalhou épocas da sua convivência com o amigo José Pereira, destacando seu caráter cristão, de cidadão e sua polidez no trato com as pessoas. Rosa não conteve e, por várias vezes, interrompeu seu discurso para superar a emoção. Ele recordou de um episódio em que se machucou e o enfermeiro José Pereira lhe deu as atenções necessárias com elevada dose de amizade e cuidado.

Pr. Junior Calais, responsável pela Assembleia de Deus e membro da diretoria do ministério de Coronel Fabriciano e Ipatinga, também deu testemunho do amigo falecido. Calais lembrou as comemorações dos 90 anos do pastor, recentemente realizadas no templo sede da denominação em Ipatinga. Junior Calais recordou de um hino cantado por Pereira na data. “Quando fui visitar o Pr. José Pereira, ao orar por ele, ele me disse: pastor, Junior, você vai orar por mim, mas não quero que você ora para Jesus me curar, mas eu quero que você ora para Jesus fazer a vontade Dele, porque eu estou preparado”, contou Calais. Esta era uma das muitas manifestações de intimidade com Deus que o Pr. José Pereira protagonizou ao longo de sua jornada.

Pastor Jacy Augusto Ferreira (1º Vice-Presidente) enalteceu as virtudes do Pr. José Pereira

         Representante do Pastor Salatiel Fidélis de Sousa, presidente das                          Assembleias de Deus de Governador Valadares.

Seus exemplo de homem de fé e retidão serão o norte possível de orientar os rumos dos 6 filhos, 9 netos e 3 bisnetos que o pastor deixou. Ele, há 2 anos e 1 mês, ficou viúvo.

Com uma trajetória marcada por uma presença ativa na história das Assembleias de Deus do Vale do Aço, Pr. José Pereira foi respeitado pelos seus pares e sua amizade com o presidente Antônio Rosa era notória. Em várias oportunidades, de público, o presidente esbanjava carinho com o amigo, algo só possível a uma amizade sincera e consolidada na contagem dos janeiros.

         Pastor Antônio Rosa e Pr. João Batista Santiago, um dos filhos do Pr. José Pereira.

                                     Parte da família Santiago.

Na manhã desta terça-feira as cortinas do horizonte se fecharam e deixaram do outro lado da vida Pr. José Pereira. Seus ensinamentos, destilados em tantos conselhos desferidos em sua existência, serão um memorial que irá perpetuar sua lembrança e tornará sua existência um marco na vida de muita gente. Um silêncio paira sobre a história das Assembleias de Deus do Vale do Aço, no momento em que um dos seus agentes mais ativos sobe ao pódio do destino para ser recompensado” pelo que foi, fez e continuará a fazer através da conduta que marcou seu ser.



     Saída do caixão para o sepultamento, à direita o maestro e pastor José Lopes.

        José Wilson Pereira, um dos filhos do Pr. José Pereira Santiago

      Sara Raquel Santiago (filha caçula), que foi o contato com nossa reportagem durante a enfermidade do pai, amparada pela filha Kézia Alessandra.

          Pastor João Batista Santiago e sua esposa Terenilda Benício


Pastor Antônio Rosa e um gesto de carinho com um dos netos do Pr. José Pereira.

Fonte: Blogdosilas.com 

domingo, 20 de julho de 2014

Missionário NILS TARANGER

Missionário enviado pela Missão Sueca ao Brasil, evangelista, pastor e líder das Assembléias de Deus no Rio Grande do Sul


O missionário Nils Taranger nasceu aos 17 de abril de 1916, na cidade de Drammen, na Noruega. Seu pai, Anton Taranger, pastor pentecostal, ao tomar nos braços seu sétimo filho que acabara de nascer, para consagrá-lo ao Senhor, disse o seguinte: “Senhor, agradeço-te por mais este filho que apresento a ti. Use-o como te apraz. Que ele seja uma bênção na tua obra. Dá-lhe a unção, a sabedoria e o entendimento do teu Espírito. Seis filhos já me deste, mas este eu consagro a ti como missionário para a América do Sul”. Amália, sua mãe, ficou muito feliz, já que este era o seu primeiro filho, pois quando se casou com Anton, ele era viúvo, e de seu casamento trouxera seis filhos. Com apenas quatro meses de nascido, sua família se mudou a cidade de Orebro, na Suécia, onde fixou residência. Seus pais davam grande apoio aos obreiros suecos. Eles eram amigos do casal Gustav e Elisabeth Nordlund. Em 1922, quando esta família estava sendo enviada ao Brasil, pela igreja de Lidköping, sua mãe, Amália, doou o dinheiro que faltava para a passagem. Anton Taranger, foi o primeiro pastor da Assembléia de Deus em Orebro. Apesar de nascido em lar cristão, Nils Taranger só teve um encontro real com Cristo em 1930, aos 14 anos de idade. Um ano após a conversão, foi batizado no Espírito Santo. Poucos dias após, foi batizado nas águas na Igreja Filadélfia em Estocolmo.

Aos 16 anos de idade, Taranger começou a pregar a Palavra de Deus. Durante dois anos, 1931 e 1932, estudou em Londres, no Instituto Bíblico fundado pelo famoso pregador pentecostal inglês Howard Carter. Quando saiu do Instituto empregou-se numa companhia de seguros de navios. Logo, passou a estudar na Escola Bíblica da cidade de Gotemburgo (Suécia), onde morava. A partir de 2 de dezembro de 1933, ao se desligar da empresa onde trabalhava, passou a dedicar-se inteiramente à obra do Senhor. No final de dezembro foi para Broaryd, onde foi consagrado evangelista, contando apenas 18 anos de idade. Nessa época recebeu chamada de Deus para o Brasil para onde não pôde seguir imediatamente por motivos alheios à sua vontade e por ter estourado a segunda guerra mundial.

Em 1936, trabalhou como vice-presidente da igreja em Gotemburgo. Em 1937, transferiu-se para Lindkoping onde também exerceu a vice-presidência da igreja. Nesse ano, sua igreja recebeu a visita do missionário Gustavo Nordlund que anos antes havia sido enviado ao Brasil, e na ocasião prestava relatórios do trabalho realizado. Ao saber da chamada missionária de Nils Taranger, o convidou para ir ajudá-lo no Rio Grande do Sul. 

Em 1938, enquanto pastoreava a igreja de Orebro, Taranger ficou conhecendo uma jovem de nome Hjordis Mary Margot Christinasson, nascida e criada em um lar luterano, mas que havia aceitado a fé pentecostal. Depois de um ano de namoro e noivado, Nils e Mary uniram-se em laços matrimoniais em cerimônia realizada no dia 18 de outubro de 1941, na Igreja Filadélfia, em Estocolmo. Em 1942, o casal se mudou para Lindkoping, onde, mais tarde, Nils assumiria pela primeira vez a presidência de uma igreja. Em 7 de maio de 1943 nasceu Gunilla, a primeira filha do Casal Taranger, e no ano seguinte, a 30 de junho de 1944 nasceu Per Hakan, que no Brasil ficou conhecido como Pedro.

Atendendo ao chamado do Senhor, o missionário Nils Taranger, sua esposa e os dois filhinhos embarcaram no porto de Gotemburgo, rumo ao desconhecido Brasil. Depois de 30 dias de viagens, no dia oito de novembro de 1946, após ter servido ao Senhor na Suécia por 14 anos, a família Taranger desembarcou no Rio de Janeiro. Foram recebidos pelos missionários Otto e Adina Nelson, que os conduziram até a AD em São Cristóvão, onde Otto era pastor. Depois de 13 dias de permanência no Rio, visitando igrejas, cantando e pregando a Palavra do Senhor, a família Taranger partiu para o seu destino desejado, a cidade de Porto Alegre. Embarcaram de avião numa quinta feira, dia 21 de novembro de 1946, fazendo escala em São Paulo e Curitiba. Em Porto Alegre, foram recebidos pelos missionários Gustav e Herbert Nordlund. Nils começou a participar dos cultos, cantando e tocando seu acordeão, e quando pregava era interpretado por Gustav ou Herbert.

Depois de aprender o idioma português, e ter feito diversas viagens pelo interior do Rio Grande do Sul, realizando campanhas evangelísticas, o missionário Nils Taranger e sua família, mudaram no dia 8 de agosto de 1948 para a cidade de Bagé, onde no dia 15 do mesmo mês fundaram a Assembléia de Deus naquela região gaúcha. Em Bagé, nasceram os filhos Willis, em 21 de março de 1951, e Carlos David no dia 30 de junho de 1954. Carlos nasceu na mesma data em que Pedro completava 10 anos. O trabalho do Senhor prosperou em Bagé. Terrenos foram adquiridos e o templo construído com o esforço dos irmãos. Nessa época, além de abrir inúmeros pontos de cultos no interior do município, Nils Taranger iniciou o trabalho da AD em Dom Pedrito, Lavras do Sul. Ulha Negra e Aceguá. Evangelizou ainda Pinheiro Machado e assumiu a AD em São Gabriel, com a transferência do Pastor Luís Neves para Cacequi.

No dia 3 de março de 1955, o missionário Nils Taranger e sua família deixaram a cidade de Bagé rumo à Porto Alegre, onde Nils assumiu a presidência da igreja, em substituição ao veterano missionário Gustav Nordlund. A igreja na capital passava por um momento de crise, mas os problemas foram resolvidos sob a direção de Deus e a sábia administração do pastor Nils Taranger, que também assumiu a direção da AD em todo o Estado do Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre, nasceram mais dois filhos do casal Taranger: Ana Tereza, nascida em 20 de dezembro de 1957 e Stanly Joel, em 13 de dezembro de 1959. 

Missionário Nils Taranger e Família
Durante a sua administração, o pastor Taranger trabalhou na evangelização e, principalmente, na solidificação das igrejas gaúchas. Em sua gestão, preocupou-se muito também com a obra social, criando o Lar Esperança. Outro cuidado importante foi com a preparação dos futuros obreiros, por isso fundou o IBEC, um instituto bíblico da AD em Porto Alegre.

As homenagens a Nils e Mary Taranger foram inúmeras, passando, com o tempo, a fazer parte de seu dia-a-dia. Onde quer que iam, encontravam sempre o reconhecimento por parte daqueles que um dia tornaram seus filhos na fé, tanto em seu ministério, como na obra social. Nils Taranger recebeu a Medalha Cidade de Porto Alegre, a Medalha de Honra ao Mérito do Rio Grande do Sul e, no dia 29 de outubro de 1989, o título de Cidadão de Porto Alegre. Homenagem também estendida a Mary, no ano de 1997. Pelos serviços prestados a leprosários e orfanatos durante a sua estada na Índia, em 1978, Nils recebeu o título de doutor honoris causa. Em 1996, recebeu homenagens da AD na Suécia por seus 50 anos de ministério no Brasil, e também pelos 55 anos de casamento.    

Em outubro de 1998, aos 82 anos, dos quais 52 trabalhando na obra do Senhor no Brasil, pastor Nils Taranger entregou o pastorado da Assembléia de Deus na capital rio-grandense-do-sul ao pastor João Ferreira Filho, que servia na AD em Ijuí.


Estando já algum tempo enfermo, devido à idade avançada, no dia 5 de janeiro de 2003 e após passar vários dias hospitalizado, o veterano missionário Nils Taranger passou a estar com o Senhor. Ele estava com 86 anos, faltando três meses para completar 87 anos. A cerimônia fúnebre, assistida por milhares de pessoas, ocorreu no templo-central da Assembléia de Deus de Porto Alegre, onde por 43 anos o pastor Taranger foi o líder. Ele passou 57 anos de sua vida no Brasil, dos quais 52 trabalhando ininterruptamente na obra do Senhor.
Pastores de todo o Brasil fizeram se presentes ao evento, como forma de reconhecimento pelo trabalho de evangelização realizado pelo missionário durante décadas no Estado gaúcho. Várias autoridades civis e eclesiásticas mandaram suas condolências à família Taranger por meio de telegrama. O pastor João Ferreira Filho, líder das ADs em Porto Alegre e presidente da Convenção Estadual, oficiou a cerimônia, na qual se apresentaram o coral Vozes de Gratidão e a Banda Esperança. Na ocasião, pronunciaram-se os pastores Moisés Rodrigues, 1º secretário da CGADB, representando o pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente da CGADB; Ernani Vigancio da Silva, que leu o histórico do missionário; Tomaz Souto da Silva, vice-presidente da AD em Porto Alegre e 1º tesoureiro da Convenção Estadual; Ubiratan Batista Job, vice-presidente da Convenção; Adalberto dos Santos Dutra, 1º secretário da Convenção; e Edgar de Souza Machado, líder da AD em Canoas – RS.

Representando a família enlutada, Wilis Taranger relatou no culto como foram os dias de convivência com o pai, agradeceu a presença de todos os membros, pastores e amigos e apresentou os demais membros da família à igreja.
O pastor Nils Taranger foi enterrado no cemitério Jardim da Paz, às 17 horas do dia 6, em Porto Alegre. O cortejo, com milhares de pessoas, seguiu o carro que transportava o corpo do pastor até o sepultamento, prestando a última homenagem ao pioneiro. O pastor Taranger deixou muitas saudades na esposa Mary Taranger e nos filhos: Gunilla, Per Hakan (conhecido como Pedro), Carlos David, Wilis, Ana Teresa e Stanly Joel.                    

ANEXOS:





Missionário Nils Taranger, à esquerda e acima, e o irmão Ivar Vingren, segurando um acordeon, entre irmãos e irmãs no município de Dom Pedrito, no Estado do Rio Grande do Sul, no ano de 1951

Missionário Nils Taranger inaugurando o Templo Central da AD em Passo Fundo - RS



Templo Central das Assembléias de Deus em Porto Alegre - RS

sábado, 24 de maio de 2014

Fundo Musical em Pregações?


Por: Cleison Elias Pereira

Nota: Os conteúdos destes artigos não expressam, necessariamente, a opinião deste veículo.


O constante surgimento de modismos, inovações e de aberrações doutrinárias é visível nos arraiais evangélicos de nossa nação. Elencar todos eles aqui seria impossível tendo em vista a inúmera quantidade de práticas reprováveis e contrarias às Escrituras Sagradas. Contudo, há a necessidade de se comentar o aparecimento recente de uma nova prática em especial, que por meio de pregadores tem sutilmente encontrado espaço em vários púlpitos de nossas igrejas. Trata-se do uso indiscriminado e equivocado de fundos musicais durante a pregação da Palavra de Deus.

Inicialmente, alguém poderá pensar ser um exagero tratar sobre uma prática tão comum em diversos locais e eventos, onde há muitos locutores que gostam de se comunicarem acompanhados pela execução de uma agradável canção, cuja intensidade do som produzido seja baixa – ao fundo, e que tem a finalidade apenas de enternecer os ouvintes. Acontece, porém, que essa prática é totalmente nociva para aqueles que buscam oferecer a Deus um culto racional (Rm 12.1) e espiritualmente equilibrado, principalmente quando consideramos o fato de que tal modismo leva o crente a substituir a racionalidade da adoração por uma mera explosão de sentimentos.

Entretanto, concordo que o simples ato de colocar um fundo musical no momento em que se está pregando um sermão não é pecado em si mesmo nem condenado diretamente pela Bíblia. Todavia, é sabido por todos que a musica tem o poder de estimular a imaginação ou provocar diversas reações no emocional das pessoas. Sabedores disso, pretensos pregadores têm procurado combinar musica de fundo e pregação, para que durante suas preleções possam sensibilizar ou comover seus ouvintes – um verdadeiro apelo às emoções, facilitando com isso a inserção de mensagens de auto-ajuda, triunfalistas e carregadas com ideologia/teologia da prosperidade.

Uma das principais desculpas usadas por aqueles que praticam esse modismo é dizer que Deus derrama do seu poder sempre quando pregam com uma linda melodia ao fundo. Mas, o que eles esquecem de dizer ou não querem, é que isso que chamam de “poder” não tem nada a ver com manifestações de curas, milagres, sinais ou prodígios ensinados na Bíblia. Na verdade, o que dizem ser derramamento de poder não passa de emoção, gritos e até mesmo histeria. E toda essa puerilidade em um culto torna-se mais evidente quando impulsionado pela utilização da música como um som de fundo durante a pregação. Sobre esta verdade, em um artigo intitulado A Influência da Música, o musico e compositor pastor Ronaldo Bezerra disse: “A influência da música é tão grande, que ela atua constantemente sobre nós – acelerando ou retardando, regulando ou desregulando as batidas do coração, relaxando ou irritando os nervos, influindo na pressão sangüínea e no ritmo da respiração. É comprovado o seu efeito sobre as emoções e desejos do homem”.

Outrossim, aqueles que praticam este ou qualquer outro tipo de modismo acabam revelando a sua verdadeira intenção diante da igreja: o desejo de se autopromover e de obter rápidos resultados, demonstrando assim despreparo e imaturidade espiritual para quererem ministrar à igreja. Pois, é nessa busca desenfreada pelo ibope e pela fama, que muitos desses pregadores têm confundido canções profanas com musica sacra, alguns até sem conhecimento. Só para se ter uma idéia da gravidade, há um fato que já foi denunciado por vários sites e portais da internet, a de que inúmeros pregadores espalhados por este país têm utilizado como fundo musical uma conhecidíssima canção chamada “Adagio In C Minor” escrita pelo musico e compositor Yanni Chrysomallis, um adepto da Nova Era. Essa canção faz parte do CD "TRIBUTE" e foi gravado por Yanni como um tributo às culturas da China e da Índia, que, diga-se de passagem, está última é uma das nações mais idolatra, politeísta e henoteísta que existe. Eu sei que muitos não lembrarão dessa canção pela simples citação do nome, mas como alerta sugiro que pesquise sobre a mesma na internet antes que seja tocada em sua congregação.

Diante de tudo isso, é certo afirmar que obreiros fiéis não dependem de malabarismos humanos para pregar um sermão. Como pregadores do Santo Evangelho, dependemos somente de Cristo, vivendo uma vida piedosa e regada com muita oração e estudo das Sagradas Escrituras. O verdadeiro pregador é moldado pela Palavra de Deus. Ninguém precisa invejar ou copiar os atuais “pregadores e avivalistas” que se promovem à custa de um “evangelho” sincrético, manifestado na utilização de modismos. Como obreiros e pregadores do Santo Evangelho devemos ser nós mesmos, pois a eficácia na pregação dependerá principalmente do nosso preparo, e nesse sentido a Bíblia orienta que todos os obreiros cultivem uma vida de oração (1 Ts 5.17) e que tenham conhecimento e preparo para manusear corretamente as Escrituras (2 Tm 2.15). Spurgeon, um gigante da pregação do século XIX deixou também um precioso conselho: “Para serem pregadores eficazes devem ser teólogos autênticos”. Assim, o sucesso na pregação não depende da utilização de fundos musicais ou de qualquer outro método semelhante, mas da habilidade do obreiro adquirida com muito labor ao longo dos anos.

Infelizmente, algumas pessoas têm tentado fundamentar a prática do fundo musical durante a pregação, interpretando equivocadamente o texto de II Reis 3.15-19, onde narra o episodio em que o profeta Eliseu recebeu uma palavra profética quando um músico tocava sua harpa. Acontece que esse evento além de ser específico e o único dessa natureza no ministério do profeta, nessa passagem não há nenhum incentivo para a prática desse modismo tratado neste artigo. É importante entender também que, apesar do Livro de Crônicas relatar que o rei Davi organizou um ministério de músicos para que profetizassem com instrumentos musicais (Crônicas 25.1), esta prática limitou-se apenas ao período monárquico de Israel, não sendo esta prática ensinada como um principio espiritual em nenhuma outra passagem de ambos os testamentos.

Não há dúvida que o Espírito de Deus continua falando à igreja pela instrumentalidade de um arauto do Evangelho. Todavia, Deus não comunga com pessoas determinadas a controlar o ambiente de um culto por meio de técnicas de psicologia ou de persuasão. Por isso, não há nada mais infeliz para um pregador do que utilizar modismos como um fundo musical para tentar ampliar o resultado final do seu sermão. O apóstolo Paulo quando desejava mais autoridade e convicção para suas ministrações, buscava em Deus através da oração, como se vê nos verso seguinte: “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, Efésios 6.18,19”.

Portanto, os pregadores que estão ligados a este tipo de modismo possuem uma vida espiritual superficial, pois são indivíduos mais preocupados com a forma e o resultado final do que com o conteúdo. E, uma igreja que está constantemente exposta a esses levianos acaba cultivando uma vida espiritual rasa e sem profundidade bíblica.

Yanni, Músico, tecladista, compositor de renome internacional e adepto da Nova Era, devoto de uma entidade espírita guerreira, tem sua música executada por diversos pregadores que como fundo musical nas pregações da palavra de Deus em várias igrejas.

* Gleison Elias é evangelista, em São Paulo, da Assembleia de Deus.




Gostaria de alertar a todos sobre músicas da Nova Era sendo usada como fundo musical nas pregações em nossas igrejas.

Essa música é tocada peço músico Yanni, especificamente no CD "TRIBUTE".

Mas de algum tempo para cá, diversos pregadores começaram a usá-las como fundo musical em suas pregações, causando assim um modismo desmedido em vários lugares. Em pesquisas feitas a respeito das crenças de Yanni Chrysomallis, foi descoberto que ele e sua esposa Linda Evans estão envolvidos na meditação oriental. Eles são seguidores do famoso J.Z. Knight, quem canaliza um espírito que se identifica a si mesmo como um guerreiro de 3500 anos de idade chamado Ramta, do continente perdido Atlantis. Está claro que o “CD Tribute de Yanni” é um tributo a uma entidade espírita (um demônio) e a música que os pregadores gostam de executar nas pregações como fundo musical se chama “Adagio In C Minor”, a número 02 do CD.

O CD "TRIBUTE" é um tributo a uma entidade espírita (ou demônio) 


A música é muito conhecida como o tema dos Gideões Missionários da Última Hora. Essa música é da Nova Era que é um movimento anticristão que aguarda o ‘Maytreia’ ou anticristo, assim com todos os CDs de Yanni sendo assim portanto profanos.
O Evento Gideões Missionário é sem dúvida um dos maiores e mais respeitados ajuntamento de homens e mulheres de Deus aqui no Brasil, que por sua vez tem ganhado mais e mais a confiança e credibilidade do povo, o evento é um grande canal de benção em nosso país. Porém nossa maior preocupação é com essa música, que tem circulado por quase todas as igrejas evangélicas, fora e dentro do Brasil. Não deixemos que isso aconteça; afinal existem tantas canções evangélicas de altíssima qualidade e requinte.

Mas quem é Yanni e que música é essa?

Yanni Chrysomallis e sua ex-noiva, Linda Evans, foram e parece estarem envolvidos ainda na meditação oriental. Linda Evans é uma seguidora da famosa J.Z. Knight, que canaliza um espírito que se identifica a si mesmo como um guerreiro de 3.500 anos de idade chamado Ramta, do continente perdido Atlantis. Veja o site da escola de meditação fundada por J.Z. Knight. (http://www.ramtha.com/)


Fonte: blogdosilas.com 






                        


sexta-feira, 4 de abril de 2014

Bandas de Músicas

A banda musical é uma tradição das Assembléias de Deus. 

Em nosso meio, a banda musical ainda assume um papel muito importante.  Nossas igrejas ainda conservam esta tão importante tradição, de manter uma banda em cada templo. Por menor que seja a congregação, podemos notar a ativa participação de uma banda musical nos cultos.
Graças à Deus, que alguns líderes ainda estimulam e apoiam esta tão preciosa prática musical. Somente aqui no Brasil, as bandas representam uma expressão máxima na cultura musical, por possuírem quase que 80% de Bandas Musicais, que ainda sobrevivem neste século. Isto é mais um exemplo de fé e da ajuda do Senhor.


Banda da AD em Lages - SC 
Apesar das nossas bandas serem integradas na maioria por músicos amadores, ainda considero o nível técnico bem alto em relação de outras bandas seculares existentes no Brasil. Nossas bandas ainda sobrevivem pela hereditariedade que nossos ancestrais nos transmitiram com o passar dos tempos, nos incentivando e despertando em nós o desejo e interesse em executar um instrumento.
É pena, que, as atividades musicais envolvendo a prática da banda, dentro das Assembléias de Deus, estão sendo deixadas de lado, principalmente pela nova geração de instrumentistas, que a partir da década de 80 estão optando mais pela música eletrônica. 

Muitas bandas ainda possuem instrumentos em bons estados de conservação e qualidade sonora, o que enriquece a qualidade musical da igreja. Acredito que, se houvesse um empenho maior por parte de nossos músicos, regentes e pastores, poderíamos realizar um excelente trabalho de expansão das nossas bandas pelo Brasil. Condições temos e de sobra. O que falta é fé e coragem para trabalharmos, nos empenhando ao máximo, evitando assim que nos próximos anos nossa Banda não venha se extinguir de nossas igrejas.
Acredito que, a Assembléia de Deus, tem a chance de lançar um movimento em nível nacional, afim de divulgar e melhorar o nível de nossas bandas e de nossos músicos e regentes, desenvolvendo um programa de informação, através de SIMPÓSIOS SOBRE REGÊNCIA DE BANDAS, e outros meios de divulgação.

Muitos cristãos, principalmente dessa última década, não valorizam a prática da banda, devido ao movimento de conjuntos eletrônicos (guitarras, baixos, violões, sintetizadores e vários tipos de percussão), que ocuparam um lugar de maior prioridade em nossas igrejas. Podemos observar que nos cultos desses últimos anos, a banda toca apenas 2 ou 3 hinos com a congregação, devido à outros números "especiais", que tomam lugar na liturgia do culto. O que já estou prevenindo, é que as nossas Bandas desaparecerão das AD, dando lugar a músicos desta nova geração, influenciados com esta música de vanguarda que está dizimando nossas bandas e corais.

Notamos que os hinos congregacionais (HC), já caíram no desuso em alguns lugares, dando lugar aos corinhos cantados pelas equipes de louvor. A participação da congregação é importante nesses momentos em que a equipe de louvor ministra, mas não se deve esquecer os hinos da Harpa Cristã, acompanhados pela banda de música. Isto é um descuido de nossos líderes (não desrespeitando), e sim um alerta para que os mesmos mantenham a nossa tradição da prática de banda, e não abrir mão para tais inovações.

Outra coisa que tem acontecido, é que a igreja que possuía a banda musical, extinguiu-se a banda e a transformou em orquestra sinfônica. Não agiu de forma correta, pois a banda tem um estilo que agrada a muitas pessoas, como também as orquestras. Nesse particular, a AD do Belenzinho (SP) está de parabéns por ter uma linda orquestra filarmônica, mas sem desprezar a sua banda. As duas organizações se alternam nos cultos da igreja, de forma que todos ficam motivados a continuarem servindo ao Senhor no ministério da música, cada um em seu estilo.

https://www.youtube.com/watch?v=iCo3LFUGwcM






sábado, 1 de março de 2014

Missionário EURICO BERGSTÉN

Missionário finlandês enviado pela Missão Sueca ao Brasil, pastor, escritor, ensinador, comentarista de revistas de Escola Dominical e professor de Escolas Bíblicas das Assembléias de Deus. 


Seu verdadeiro nome era Lars-Eric Ole Bergstén, mais conhecido no Brasil como Eurico Bergstén. Nascido em 13 de agosto de 1913, em Helsinque, capital da Finlândia. Era o terceiro dos seis filhos do casal Nils August e Else Aurora. Seus pais eram luteranos e ensinaram aos seus filhos a Palavra de Deus. Apesar disso, Eurico Bergstén andou um tempo afastado do Evangelho, mas no dia 6 de julho de 1931, quando participava de um acampamento evangelístico para jovens, aceitou a Jesus e teve a vida radicalmente transformada. Batizado nas águas e com o Espírito Santo, foi consagrado ao ministério em outubro de 1933 aos 20 anos de idade e pastoreou algumas igrejas no interior de seu País.

Em 2 de dezembro de 1936 casou com Ester Lindfors, que na época trabalhava como evangelista e era uma grande ganhadora de almas. Deste casamento nasceram cinco filhos: Nils Göran, Ulla, Gitta, Else e Ruy.


Em 1942 durante a Segunda Guerra Mundial, foi convidado a pastorear a igreja de Helsinque. A Finlândia estava em guerra e Eurico servia no exército finlandês e ao mesmo tempo pastoreava a Igreja em Helsinque. A Igreja tinha apenas 200 irmãos, mas Deus mandou um grande despertamento e, com cultos abençoados, o número cresceu para 1000 membros. Quando o avivamento estava no auge, orientado por Deus ele passou a liderança da igreja para outro pastor e passou a servir como co-pastor. Era Deus capacitando-o para o chamado seguinte: servir no Brasil.





Em 2 de setembro de 1948 Eurico Bergstén e família desembarcaram no Rio de Janeiro. Passaram o primeiro ano em Belo Horizonte, com o pastor Anselmo Silvestre se adaptando e vendo como funcionava o trabalho no Brasil, comparando-o com o da Finlândia e da Suécia. Em seguida, serviu ao Senhor em Salvador (1949-1956), Recife (1956-1961, sendo que passou nove meses entre 1959 e 1960 pastoreando interinamente a AD em Natal), São Paulo (1961-1967) e Rio de Janeiro (1967-1973).   
Posteriormente, passou períodos curtos em Belo Horizonte, Recife e Salvador, em  1978 fixou residência em São Paulo.

Durante seu ministério no Brasil, o missionário Eurico sempre trabalhou ao lado da direção da Igreja, enfrentando problemas de liderança e ajudando a encontrar a solução para os casos. Ele influiu diretamente para acabar com querelas eclesiásticas na Bahia, em Recife, onde empossou o pastor José Amaro da Silva na liderança daquela igreja e em São Paulo. Depois, participou do fortalecimento do ministério em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Nessa época, foi tocado por Deus para usar seus contatos na Suécia para beneficiar a CPAD, conseguindo uma impressora rotativa e outras máquinas, e participou da construção do prédio da CPAD em Vicente de Carvalho.

Eurico Bergstén dedicou-se também ao ensino da Palavra, escrevendo 35 comentários para a revista da Escola Dominical e cinco livros de ensino teólogico. Além disso, participou regularmente de escolas bíblicas para obreiros de São Paulo ao Ceará. O missionário várias vezes declarou a sua paixão pela Palavra de Deus, às vezes em lágrimas, como na última entrevista dada à revista Obreiro (1997, Ano 19, nº 1).   

O pastor Eurico destacou-se também na área social, onde começou a atuar em 1967. Sua esposa, irmã Ester Bergstén, comovida com a grande carência das pessoas residentes em uma favela próxima de sua casa, pediu a Eurico que através de seus contatos na Suécia e na Finlândia conseguisse auxílio de entidades filantrópicas. Tudo começou com a distribuição de sopa na favela do Jacarezinho (RJ), vindo depois a Associação de Ação Social Ester Bergstén (Aseb), a Escola de Primeiro Grau Missionário Eurico Bergstén (em Fortaleza), uma escola profissionalizante em Caucaia (CE), o orfanato em Feira de Santana (BA) e o Desafio Jovem de Santo André (SP). A Aseb repassa recursos para cerca de quatro mil crianças em todo o Brasil. Além da substancial ajuda dada ao Orfanato, Eurico incentivou e apoiou a distribuição de sopa aos carentes de Pau da Lima, Canabrava e outras localidades alcançadas pelo programa Ação Social Ester Bergstén.

No final de 1998, foi avisado por Deus da aproximação de sua morte. No dia em que isso aconteceu, repetiu várias vezes e com muita euforia as seguintes palavras: “Eu hoje estou muito alegre! Hoje eu estou muito alegre mesmo!” Perguntado sobre o motivo de tanta euforia, respondeu: “O Senhor disse-me hoje, que está bem próximo o dia de minha partida”.


Eurico Bergstén morreu às 20h30 do dia 06 de março de 1999, em razão de um edema pulmonar. Contava ele, 85 anos de idade e 65 de ministério, 50 dos quais servindo ao Senhor no Brasil. O velório foi realizado no cemitério da Paz, no bairro Morumbi em São Paulo. Pastor José Wellington Bezerra da Costa, em nome da Assembléia de Deus no Brasil, destacou a humildade e generosidade do “irmão Eurico”, e citou 2º Samuel 3.38: “Não sabeis que, hoje, caiu em Israel um príncipe, um grande?”   

Costumava intitular-se um pequeno servo de Deus e tinha como lema não ser desobediente à visão celestial, ganhando assim muitas almas para o Reino de Deus no Brasil e na Finlândia. Sua filha Ulla, que cuidou dele nos doze últimos anos, o definiu como um genuíno pastor de ovelhas, grande ganhador de almas e um homem  que tinha uma vida ininterrupta de oração.