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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Missionário GUSTAVO ALBIN BERGSTRÖM

Missionário da Assembléia de Deus norte-americana, evangelista, colportor, pastor e pioneiro de Assembléias de Deus em Minas Gerais, Goiás e São Paulo.

Considerado como herói anônimo, talvez até pelo fato de não gostar de aparecer como muitos. Não existe quase nenhuma fotografia do Missionário Gustavo Bergström disponível nos registros históricos, nem mesmo no acervo da Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD). Sabemos, porém, que ele foi um desbravador do Evangelho, percorrendo cidades e vilas dos estados de Minas Gerais, Goiás e São Paulo onde plantou a semente que frutificou tornando-se em grandes igrejas. Apesar de não ser famoso, foi um grande missionário.
 


Nascido aos 07 de agosto de 1907, em Rattwick, na Suécia, Gustavo Albin Bergström era o segundo mais novo de sete filhos. Teve uma infância um tanto quanto difícil, pois seu pai alcoólatra, abandonou a família logo depois de seu nascimento. Sua mãe, abandonada e tendo de sustentar os filhos, passou a trabalhar fora. O emprego que ela conseguiu envolvia muitas viagens. As crianças foram distribuídas em casas de parentes e amigos, e o pequeno Gustavo foi morar em uma fazenda. 

Depois de muitas dificuldades, a mãe de Gustavo conseguiu reunir os filhos novamente e em 1923, a família se mudou para os Estados Unidos, indo residir próximo da cidade de Boston, em Massachussets. Gustavo estava com 16 anos. Ainda adolescente, enquanto estudava o inglês, ingressou no boxe, e tornou-se um famoso pugilista. Parecia querer seguir a carreira, mas Deus tinha outros planos em sua vida. Ele se machucou gravemente no ouvido esquerdo, o que o afastou do ringue.

Em 1928, como resposta às orações de sua irmã Ana, o jovem Gustavo aceitou a Cristo como Salvador. A transformação espiritual foi completa. Gustavo logo estava estudando na Boston Bible Training Scholl (Escola Bíblica de Boston) dirigida pela Christian and Missionary Alliance (Aliança Cristã Missionária). O fervor missionário desta denominação avivou a alma de Gustavo, que começou a considerar um trabalho missionário de tempo integral.

No início de 1929, ele mudou-se para Hartford, Connecticut e começou a freqüentar uma Igreja Batista Sueca. Durante uma reunião de oração, Deus derramou o seu Espírito de forma marcante, e vários crentes foram batizados com o Espírito Santo. A igreja foi dividida por causa do falar em línguas, e os novos pentecostais deixaram-na e formaram a Assembléia de Deus. Esta igreja tornou-se a casa de Gustavo, a qual mais tarde o sustentou no campo missionário por 56 anos.

No outono de 1929, Gustavo matriculou-se Central Bible Institute (Instituto Bíblico Central) atual Central Bible College (Faculdade Central Bíblica), em Springfield, no Missouri, para se preparar para o serviço missionário. Após três anos de estudo naquela instiuição, ele continuou ainda por um ano pregando e evangelizando. 

Em 25 de novembro de 1933, viajou com destino ao Brasil e duas semanas após desembarcou no porto de Santos – SP, sendo recebido pelo missionário Samuel Hedlund. O primeiro período de Gustavo Bergstrom no campo durou somente um ano e nove meses. Seus contatos eram em grande parte com missionários suecos que atuavam no Brasil, principalmente o missionário Aldor Petterson, com quem Gustavo viajou para diversos lugares para evangelizar e fundar igrejas. Nessa época fundaram a AD em Itajubá – MG e viajaram até Catalão – GO onde fundaram outra igreja. Em 1934, ficou conhecendo a missionária Erma Miller, com quem trabalhou durante algum tempo.

Em agosto de 1935, retornou aos Estados Unidos poucos dias após completar 28 anos de idade, onde pretendia reencontrar aquela que seria sua futura esposa, a jovem Alice Davidson, uma ex-colega de seminário. Enquanto Gustavo esteve no Brasil, ele e Alice sempre se comunicavam por cartas, até que ele resolveu que chegara o momento de unirem suas vidas através do casamento. No final de setembro de 1935, Gustavo Albin Bergstrom e Alice Margarete Davidson se casaram em Waukegan, Illinois. 

No mês de janeiro de 1936, num dia frio, os recém-casados viajaram para o Brasil e fixaram residência em Campinas – SP. Pouco tempo depois se mudaram para Itajubá – MG, onde Gustavo havia ministrado ainda solteiro.

O missionário Gustavo Bergstrom, que alguns carinhosamente o chamavam de “o velho Gustavo”, dedicou 56 anos de sua vida à obra do Senhor no Brasil, ministrando em vários estados, especialmente Minas Gerais e São Paulo.
Após cerca de dois anos em Itajubá, a família Bergstrom se mudou para Belo Horizonte, onde já existia uma grande igreja fundada pelo pastor Clímaco Bueno Aza. Na capital mineira permaneceu por três anos, quando foi pastor interino substituindo o missionário Nils Kastberg que havia se transferido para o Rio de Janeiro. 
Pastoreou a AD em Divinópolis durante doze anos, onde construiu o templo-sede. Depois se mudou para São Paulo, onde permaneceu por oito anos. Durante este período, ele fundou várias igrejas na grande São Paulo e em Minas Gerais. O coração de Gustavo Bergstrom ardia pelas várias cidades não alcançadas às margens do Rio São Francisco. Este imenso rio tem cerca de 3200 quilômetros de extensão e em seu percurso, passa a 65 km de Montes Claros. Ele ajudou a levar o Evangelho a algumas cidades e iniciou um ministério de evangelismo utilizando o rio, que constantemente percorria de barco. Entre os anos de 1972 e 1978, Gustavo fez inúmeras viagens para Montes Claros, onde desenvolveu importante trabalho.

O missionário Gustavo Bergstrom chegou pela vez ao Brasil em 25 de novembro de 1933 e retornou para os Estados Unidos pela última vez no outono de 1989. Seus anos como missionário ativo poderiam ser divididos em três fases, como a seguir:
1933 a 1958 – Evangelismo literário e fundação de igrejas, a maior parte em Minas Gerais.
1959 a 1966 – Fundação de igrejas em menor escala na grande São Paulo.
1967 a 1989 – Criação de Institutos Bíblicos em Minas Gerais e São Paulo.

Além de ter sido um extraordinário fundador de igrejas, notadamente no sul de Minas, foi dos maiores distribuidores de folheto, como jamais se conheceu no Brasil. O evangelista Bernhard Johnson, de saudosa memória, chegou a afirmar que, há, pelo menos, 250 cidades onde Gustavo Bergstrom estabeleceu igrejas.
Enquanto cooperava com o Instituto Bíblico da Assembléia de Deus (IBAD), em Pindamonhangaba – SP, ele incansavelmente levava alunos a evangelizar em dezenas de igrejas. Com a ajuda de jovens abnegados, ou, por vezes, sozinho, este soldado de Jesus disseminou bem mais de um milhão de folhetos, sem mencionar os livros e porções da Bíblia que ele vendia ou distribuía.

No outono de 1989, Gustavo sofreu um leve derrame e precisou da ajuda de colegas missionários e seus filhos para voltar aos Estados Unidos, indo residir em Kenoscha. O pequeno derrame que ele sofrera no Brasil o deixou em uma frágil condição. Sua audição e visão estavam falhando. Em novembro de 1994, o missionário Gustavo Bergstrom se mudou para a Maranatha Village, um complexo de aposentadoria das Assembléias de Deus em Springfield. Muitos missionários aposentados consideravam Maranatha um “paraíso de descanso” num ambiente agradável. 

Após dois anos no Maranatha Village, a saúde de Gustavo começou a deteriorar-se rapidamente. Em janeiro de 1997, ele foi transferido para a enfermaria do Maranatha após uma breve estada no hospital. No dia 23 de janeiro de 1997, o missionário Gustavo Bergstrom, passou para o descanso eterno.


Ele foi considerado por muitos como um herói anônimo. Nunca se tornou famoso, mas foi um dos maiores missionários pioneiros já enviados pelo Conselho Geral das Assembléias de Deus dos Estados Unidos, ao Brasil. Não era um eloqüente pregador ou dotado de predicados políticos, mas um homem de coragem, cujo coração batia com o santo zelo de ganhar almas para Cristo e fundar igrejas. 

Ao falecer, o missionário Gustavo Bergstrom deixou saudosos a viúva, irmã Alice, seus quatro filhos: Robert, Richard, Ruth e Ronald, todos residente nos Estados Unidos, mais sete netos e um irmão residente na Califórnia. 


Antigo Templo-Sede da AD em Divinópolis - MG, inaugurado pelo Missionário Gustavo Bergström

      
Livro da biografia do Missionário Gustavo Bergström, editado pela CPAD em 2002




terça-feira, 17 de novembro de 2015

Morre o cantor Luiz de Carvalho

Ele sofreu um AVC isquêmico e voltou a ser internado no dia 27 de outubro


Faleceu na madrugada desta terça-feira (17), por volta das 4h30, o cantor Luiz de Carvalho. O cantor estava internado, no Hospital da Unimed, em São Bernardo do Campo (SP), desde o dia 27 de outubro, quando sofreu um AVC isquêmico.

Luiz de Carvalho dedicou toda a sua vida ao serviço do Reino. De acordo com palavras da filha numa rede social, “Luiz foi um homem que deu sua vida pelas outras pessoas”.

Luiz de Carvalho serviu a Deus servindo às pessoas que estavam ao seu redor. Sempre humilde, foi cantar nos cantinhos mais distantes e inacessíveis deste grande Brasil. Viajou pela Europa e Estados Unidos pregando o Evangelho, levando a mensagem de Cristo a todas as pessoas. Sua voz inconfundível e marcante entoava os louvores de maneira singela, e através destes louvores o Espírito Santo de Deus tocou no coração de milhares de pessoas.
Luiz de Carvalho tinha 90 anos. Ele nasceu em Bauru (SP), em 16 de maio de 1925. Ele foi o primeiro cantor evangélico a gravar um LP. O cantor lançou mais de 40 álbuns, 2 DVD´s e um livro.
Informações sobre velório / sepultamento:
Hoje - 17/11/2015
Culto fúnebre e velório na Igreja Batista Paulistana
Endereço: Rua Bueno de Andrade, 679 Aclimação - São Paulo
Horário: 20h
Amanhã 18/11/2015
Culto fúnebre na Igreja Batista Paulistana
Endereço: Rua Bueno de Andrade, 679 Aclimação - São Paulo
Horário: 9h
Amanhã 18/11/2015
Sepultamento no Cemitério Vila Euclides
Endereço: Praça da Saudade, 01 - Jardim do Mar, São Bernardo do Campo - SP, 09726-140
Horário: 11h30


Fonte: CPADnews

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Morre, em São Paulo, presidente da Assembleia de Deus em Alagoas

O presidente da Assembleia de Deus em Alagoas (AD/AL), pastor José Antonio dos Santos, 82 anos, faleceu na manhã desta sexta-feira, 24, em São Paulo, onde estava internado. Nesta quinta-feira, 23, o pastor foi submetido a uma cirurgia no Hospital Santa Paula, em São Paulo, foi levado à UTI, mas morreu devido a complicações no fígado.

No último sábado, 18, o Alagoas 24 horas havia publicado matéria sobre a fragilidade da saúde do pastor, o que foi veementemente negado por familiares e integrantes da AD em Alagoas, que informaram que o pastor estava internado para tratamento contra estafa e para estabilizar taxas. Ontem, em nota oficial, a Assembleia de Deus informou que o pastor estava internado desde o começo do mês na unidade hospitalar e pedia orações. As causas oficiais da morte não foram divulgadas.

O pastor Zé Neco além de presidir a Assembleia de Deus é líder da Umadene, conferencista internacional e pai do ex-deputado Jota Cavalcante. Ainda não há informações sobre o sepultamento, que deve ocorrer aqui em Maceió.

Confira na íntegra a nota da Assembleia de Deus:

A Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Alagoas comunica, com pesar, o falecimento do pastor-presidente José Antonio dos Santos, aos 83 anos, ocorrido na manhã desta sexta-feira (24).

Segundo a família, após uma fase de tratamento, desde o início deste mês, no Hospital Santa Paula, na região de Santo Amaro, em São Paulo, o pastor José Neco, como é conhecido carinhosamente, não resistiu, devido a uma falência múltipla dos órgãos, causada por disfunções hepáticas.

A família do pastor comunica ainda que o corpo chegará em Maceió amanhã, 25 de julho, pela manhã. A cerimônia de despedida acontecerá na igreja-sede, na Rua Moreira e Silva, bairro do Farol.

Nesta quinta-feira à noite, 23 de julho, o pastor José Neco se submeteu a uma cirurgia. Segundo familiares, houve complicações no funcionamento do fígado, por isso a necessidade de exames mais específicos em outro Estado. E a intervenção cirúrgica se fez necessária.

A denominação, no qual o pastor presidiu durante 30 anos, tem mais de 150 mil membros em Alagoas, sendo cerca de 40 mil em Maceió. Atualmente, a instituição possui 150 congregações na capital e conta com 120 campos no interior do Estado, inúmeras subcongregações e 564 pastores, sem contar os presbíteros e diáconos.

Além de presidente da AD em Alagoas, era líder da União de Ministros das Assembleias de Deus no Nordeste (Umadene) e vice-presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB).

Fonte: www.alagoas24horas.com.br

sábado, 4 de julho de 2015

Mudança de direção na AD em Belo Horizonte

Pastor Moisés Silvestre renuncia e Pastor Simoni é eleito


Contando com 36 mil membros ativos e em comunhão em seu Rol de Membros, a Assembléia de Deus de Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, realizou na noite de quarta feira, 1º de julho de 2015, em seu templo-central situado a Rua São Paulo, nº. 1341, Bairro Lourdes, através de Edital de Convocação publicado por sua diretoria, a Assembléia Geral Extraordinária, para eleição do novo Pastor Presidente. Tal fato ocorreu devido a renúncia do Pastor Moisés Silvestre Leal, que estava na liderança do Ministério desde o dia 21 de dezembro de 2009 quando foi jubilado o Pastor Anselmo Silvestre (seu avô), que já dorme no Senhor.

Dois pastores se candidataram para o cargo vacante: Celso Modesto Venâncio e Simoni Hélio de Moraes. Ao final da apuração, o eleito com 84% dos votos válidos foi o pastor Simoni, que estava servindo a igreja, em sua diretoria como 1º vice-presidente.

A diretoria da Convenção dos Ministros das Assembléias de Deus no Estado de Minas Gerais (COMADEMG), sob a presidência do Pastor José Vieira Izidório acompanhou todo o processo eleitoral que cumpriu todas as exigências estatutárias e após o resultado da AGE deu posse ao novo Presidente.

Segundo informações disponibilizadas através de redes sociais da igreja, no dia 08 de julho será realizado um culto de ação de graças, em gratidão a Deus pela eleição e posse do novo líder do Ministério de Belo Horizonte.

Ex-presidente e o novo presidente eleito com a esposa 





Fonte: http://www.tiagobertulino.com.br/

segunda-feira, 23 de março de 2015

A Chama Pentecostal chega à Terra da Luz

O ano de 2014 foi de muitas comemorações para a Assembleia de Deus no Ceará. Nessa data, os ministérios da AD local, festejaram os 100 anos de implantação da maior igreja pentecostal do Estado. Muitos eventos marcaram a efeméride, entre eles o lançamento do livro A Chama Pentecostal chega à Terra da Luz: Breve História das Assembleias de Deus no Estado do Ceará 1914-2014, do historiador Ruben Maciel Franklin.

Engana-se porém, quem imaginava que a obra do jovem doutorando em História Contemporânea pela Universidade Federal Fluminense seria um livro - como tantos outros - de caráter simplesmente comemorativo e ufanista sobre a AD local. Franklin, em uma intensa pesquisa, a qual durou 8 meses, tenta (segundo ele mesmo na introdução), "embora de forma acanhada, de explicar o processo de chegada, implantação, consolidação e expansão das ADs no território cearense". Em suma, a obra contextualiza o movimento pentecostal no Ceará de forma abalizada.


Na opinião especializada do Historiador Maxwell Fajardo (Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo e Doutorando em História pela UNESP), o livro possui "uma visão crítica e competente que foge de uma abordagem que gira meramente em torno de datas e pessoas importantes" e "destaca-se pelo rigor metodológico desvinculado de preconceitos tantas vezes presentes no meio acadêmico quando o assunto é o estudo do pentecostalismo". Como destaca também Gedeon Freire Alencar (Doutor em sociologia) no prefácio que a obra "comprova que competência acadêmica e integridade assembleiana, podem sim andar juntas".



Uma visão crítica e competente da história

Nos 3 primeiros capítulos, o autor destaca as origens do pentecostalismo no Brasil e no Ceará, sua implantação e consolidação. Sem se render aos "mitos fundantes" que cercam a história pentecostal, Franklin nota que certas condições eclesiásticas e culturais deram a "invasão dos pentecostista" vantagens em seu avanço pelo sertão.
...as estiagens e as migrações aceleraram o processo de interiorização da igreja; contudo, se não fosse o trabalho anterior da IPI (Igreja Presbiteriana Independente), ensaiando a construção de uma comunidade evangélica a partir dos laços de parentesco e compadrio pré-existentes, dificilmente as ADs teriam obtido êxito imediato.
Franklin não desconstrói os mitos e nem desvaloriza o trabalho dos pioneiros, porém os contextualiza em seu habitat e ethos sertanejo.

No capítulo 4 (1932 a 1960, os anos de "comunhão"), o escritor descreve o crescimento da AD, bem como seu processo de institucionalização. Nesse momento, a liderança do pastor José Teixeira Rêgo se consolida, e a formação de um ministério se faz necessário. Porém, junto com o crescimento e prosperidade da obra, tensões começaram a se formar no interior da igreja. O historiador identifica o antagonismo entre o pentecostalismo rural e o urbano, o qual tinha no pastor Teixeira Rêgo um ponto de equilíbrio. Sua morte representa o fim dos anos de "comunhão".


No 5º capítulo (1960 a 1985, os anos da "política braba"), as consequências da morte do pastor José Teixeira se fazem sentir na traumática sucessão do mesmo na década de 1960, a qual chamou a atenção da imprensa cearense da época. De um lado estava o genro e deputado estadual Luiz Bezerra da Costa, do outro o pastor Emiliano Ferreira da Costa. Luiz representante do pentecostalismo urbano, e Emiliano símbolo do pentecostalismo rural numa queda de braço que extrapolou os limites do Ceará e foi parar na Convenção Nacional, e resultou em amargas lembranças.


Finalmente no capítulo 6, denominado "os anos das Convenções" (1985-2014), Franklin de maneira sucinta narra e analisa o processo de fragmentação da AD no Estado. A denominação cresce, mas se divide em ministérios concorrentes. Ministérios que se adaptam aos novos tempos, e a um "mercado religioso cearense" que "já havia sido alterado significativamente" nesse período.


Com boa bibliografia, e pesquisas em fontes primárias como o Mensageiro da Paz e o periódico O Estandarte da Igreja Presbiteriana Independente, o livro A Chama Pentecostal chega à Terra da Luz é um trabalho marcante por suas abordagens históricas e sociais. Excelente fonte de conhecimentos e reflexões sobre as ADs de um modo geral. O livro segundo seu autor "não será uma aventura fácil ou facilmente assimilado; por outro lado, não se mostrará um desafio hercúleo ou impossível. Apenas um desafio. Aceite-o". Fica então o convite...


Fonte: Blog "Memórias das Assembléias de Deus" 
http://mariosergiohistoria.blogspot.com.br/

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Pastor JOSÉ PEREIRA SANTIAGO

Nasceu dia 19 de setembro de 1924 em Vargem Alegre (MG). Filho de Nestor Martins Pereira e Maria Sebastiana da Conceição. Criado na região de Iapu, mais tarde empregou-se na companhia Acesita, como enfermeiro, onde permaneceu durante muito tempo.

Em 13 de janeiro de 1948 contraiu matrimônio com Maria de Lurdes Pereira, vindo deste casamento os filhos: Maria das Graças, José Pereira Santiago, José Carlos, Maria da Penha, José Wilson, Maria Lúcia, João Batista e Sara Raquel. Dois de seus filhos são pastores José Pereira e João Batista. O casal teve 10 netos e 9 bisnetos. 

O pastor Pereira tem uma grande folha de serviços prestados na obra de Deus. Seu início de carreira foi em abril de 1956, quando ele e sua esposa aceitaram a Jesus Cristo como Salvador. Em 24 de junho do mesmo ano, no lugar denominado Boachazinho, foi batizado nas águas pelo pastor Anselmo Silvestre. Em junho de 1957 foi batizado com o Espírito Santo. Residindo na localidade chamada Mato Grosso (hoje Águas Claras), próximo a Ipatinga, abriu um ponto de cultos em sua casa, onde ficou por um bom período. Deus aprovou este trabalho que chegou a ter sessenta e cinco membros, trabalho esse que teve assistência dos obreiros Marcolino e Abílio. Nessa época, seu irmão Josias também se converteu.

José Pereira Santiago ao lado do Ev, José Pantalião e do Pastor José Alves Pimentel (de terno branco) 

Em 16 de fevereiro de 1959 foi transferido pela Acesita para a região de Pedra Corrida, indo trabalhar num lugar denominado Vinhático onde ficou até 10 de outubro do mesmo ano. Logo depois se mudou para Cava Grande. Neste lugar, enquanto atendia cerca de duas mil e quinhentas pessoas no posto médico local, foi autorizado pelo pastor Pimentel para dirigir os cultos na pequena congregação.

José Pereira e sua esposa Maria de Lurdes testemunharam o casamento do
Ev. Antônio Rosa da Silva com a jovem Luzia Ramos
No primeiro culto dirigido pelo nosso obreiro, estava presente entre outros, um jovem cooperador no trabalho do Senhor, que gostava de pregar num tom de voz alto, era Antônio Rosa da Silva, atual presidente do Campo de Coronel Fabriciano e Ipatinga. Nessa humilde congregação, Antônio Rosa exerceu o cargo de tesoureiro, no período de fevereiro de 1960 até janeiro de 1962. Nessa época a pequena igreja sofreu tamanha perseguição dos inimigos do Evangelho, ao ponto de José Pereira ser ameaçado de morte, e ter que passar várias noites ajoelhado orando pedindo a proteção de Deus. No período em que esteve em Águas Claras, foi lhe entregue pelo saudoso pastor Geraldo de Freitas um "Livro de Ouro", visando arrecadar fundos para a construção do primeiro templo da AD em Ipatinga.

De Cava Grande, onde ficou até 04 de agosto de 1964, irmão José Pereira transferiu-se para o bairro Olaria 2 (Timóteo), indo trabalhar na farmácia da Companhia Acesita. No início de 1965 foi designado para dirigir a congregação de Cachoeirinha e logo depois foi enviado para a igreja de Timóteo (bairro São José). Na igreja matriz em Coronel Fabriciano, cooperou como porteiro por apenas uma semana. Dirigiu a primeira escola dominical no Mangueiras e logo foi designado para cooperar na congregação do bairro Timirim (Timóteo). Tempos depois, foi enviado para a cidade de Jaguaraçu, quando tinha que andar a pé mais de seis quilômetros morro acima para dirigir os cultos.

Em 16 de janeiro de 1972 foi separado para o diaconato da igreja. Em 1973, pediu demissão do emprego e foi convidado para trabalhar de tempo integral no ministério, sendo enviado para a cidade de Belo Oriente. Sua carreira ministerial foi cheia de muitas lutas, mas repleta de vitórias concedidas pelo Senhor Jesus, sendo que em 11 de agosto de 1974 foi separado para servir como presbítero.
Durante este período ele dirigiu as igrejas de Belo Oriente, Naque, Melo Viana onde ficou apenas treze dias, Mesquita, Caladinho de Baixo, Caladinho de Cima, Jaguaraçu, Marliéria, Antônio Dias, São Joaquim da Bucaina, Cocais das Estrelas e Engenheiro Guilman. 

O então presbítero José Pereira Santiago e obreiros da AD em Coronel Fabriciano 
Além destes lugares por onde passou, cooperou por um bom período no templo-sede em Coronel Fabriciano, onde ele e sua esposa sendo enfermeiros ajudaram a cuidar do pastor Pimentel durante a sua enfermidade até o dia em que o Senhor o chamou para a Glória Eterna. Já na presidência do pastor Antônio Rosa, atuou por um breve período como tesoureiro geral do campo. Em 14 de setembro de 1978 foi consagrado ao ministério de evangelista e no dia 20 de setembro de 1984 foi ordenado pastor.


Após receber a sua jubilação do ministério, residiu em Vila Velha (ES), onde congregou na AD do Ibes. Voltando para Coronel Fabriciano, aí permaneceu junto a esposa e filhos. Em setembro de 2012, sua esposa faleceu. No dia 18 de setembro de 2014, foi homenageado durante o Culto dos Idosos da AD em Ipatinga, quando também foi comemorado o seu aniversário de 90 anos. Na oportunidade que teve para expressar sua alegria e agradecimentos aproveitou e cantou um hino que marcou sua vida cristã. No dia 13 de outubro as 5 horas da manhã, após 14 dias hospitalizado, recebeu a chamada do Senhor para o descanso eterno.

ANEXOS:
José Pereira e seu irmão Josias



 





Pastor José Pereira Santiago no descanso eterno

“ESTOU PREPARADO”, disse o pastor José Pereira Santiago antes de partir para a eternidade. 


             Pastor Antônio Rosa contempla o amigo de longa data.

As fotos desta matéria foram captadas e publicadas com autorização da família.

A história gloriosa das Assembleias de Deus do Vale do Aço, que tem  dois grandes campos eclesiásticos, o de Timóteo, presidido pelo Pr. Adão Araújo e de Coronel Fabriciano e Ipatinga, sob a presidência do Pr. Antônio Rosa, teve na manhã desta terça-feira um dos seus capítulos tristes, cujo desfecho, sem dúvida, é o empobrecimento do arquivo vivo dos seus baluartes.




Por volta das 10h15 deixava o suntuoso templo da Assembleia de Deus da Avenida Magalhães Pinto, 429 em Coronel Fabriciano, o corpo do Pastor José Pereira Santiago, falecido aos 90 anos nesta segunda-feira (13). Familiares e companheiros de ministério passaram pelo velório, ocorrido no local desde a tarde da segunda-feira. Centenas de pessoas foram dar o último adeus ao enfermeiro aposentado.

Há vários dias internado em coma no Hospital São Camilo, em Coronel Fabriciano, José Pereira não resistiu a uma parada cardíaca e, às 5h45 da segunda-feira faleceu, colocando fim a um dos parágrafos mais brilhantes de uma história como  servo de Deus e cidadão comprometido com o Reino do Mestre.

A morte do Pr. José Pereira põe fim a uma carreira ministerial marcada pela dedicação, esforço e abnegação em prol da obra de Deus. Amante dos hinos da Harpa Cristã, José Pereira cantava vários deles de cor e os tinha como inspiradores em seus momentos de angústia e reflexão.


Pastor Júnior Calais (dir.) responsável pela Assembleia de Deus de Coronel Fabriciano e 2º vice-presidente do Campo eclesiástico de Coronel Fabriciano e Ipatinga

Em sua fala, bastante emocionada, o presidente, Pastor Antônio Rosa da Silva, detalhou épocas da sua convivência com o amigo José Pereira, destacando seu caráter cristão, de cidadão e sua polidez no trato com as pessoas. Rosa não conteve e, por várias vezes, interrompeu seu discurso para superar a emoção. Ele recordou de um episódio em que se machucou e o enfermeiro José Pereira lhe deu as atenções necessárias com elevada dose de amizade e cuidado.

Pr. Junior Calais, responsável pela Assembleia de Deus e membro da diretoria do ministério de Coronel Fabriciano e Ipatinga, também deu testemunho do amigo falecido. Calais lembrou as comemorações dos 90 anos do pastor, recentemente realizadas no templo sede da denominação em Ipatinga. Junior Calais recordou de um hino cantado por Pereira na data. “Quando fui visitar o Pr. José Pereira, ao orar por ele, ele me disse: pastor, Junior, você vai orar por mim, mas não quero que você ora para Jesus me curar, mas eu quero que você ora para Jesus fazer a vontade Dele, porque eu estou preparado”, contou Calais. Esta era uma das muitas manifestações de intimidade com Deus que o Pr. José Pereira protagonizou ao longo de sua jornada.

Pastor Jacy Augusto Ferreira (1º Vice-Presidente) enalteceu as virtudes do Pr. José Pereira

         Representante do Pastor Salatiel Fidélis de Sousa, presidente das                          Assembleias de Deus de Governador Valadares.

Seus exemplo de homem de fé e retidão serão o norte possível de orientar os rumos dos 6 filhos, 9 netos e 3 bisnetos que o pastor deixou. Ele, há 2 anos e 1 mês, ficou viúvo.

Com uma trajetória marcada por uma presença ativa na história das Assembleias de Deus do Vale do Aço, Pr. José Pereira foi respeitado pelos seus pares e sua amizade com o presidente Antônio Rosa era notória. Em várias oportunidades, de público, o presidente esbanjava carinho com o amigo, algo só possível a uma amizade sincera e consolidada na contagem dos janeiros.

         Pastor Antônio Rosa e Pr. João Batista Santiago, um dos filhos do Pr. José Pereira.

                                     Parte da família Santiago.

Na manhã desta terça-feira as cortinas do horizonte se fecharam e deixaram do outro lado da vida Pr. José Pereira. Seus ensinamentos, destilados em tantos conselhos desferidos em sua existência, serão um memorial que irá perpetuar sua lembrança e tornará sua existência um marco na vida de muita gente. Um silêncio paira sobre a história das Assembleias de Deus do Vale do Aço, no momento em que um dos seus agentes mais ativos sobe ao pódio do destino para ser recompensado” pelo que foi, fez e continuará a fazer através da conduta que marcou seu ser.



     Saída do caixão para o sepultamento, à direita o maestro e pastor José Lopes.

        José Wilson Pereira, um dos filhos do Pr. José Pereira Santiago

      Sara Raquel Santiago (filha caçula), que foi o contato com nossa reportagem durante a enfermidade do pai, amparada pela filha Kézia Alessandra.

          Pastor João Batista Santiago e sua esposa Terenilda Benício


Pastor Antônio Rosa e um gesto de carinho com um dos netos do Pr. José Pereira.

Fonte: Blogdosilas.com 

domingo, 20 de julho de 2014

Missionário NILS TARANGER

Missionário enviado pela Missão Sueca ao Brasil, evangelista, pastor e líder das Assembléias de Deus no Rio Grande do Sul


O missionário Nils Taranger nasceu aos 17 de abril de 1916, na cidade de Drammen, na Noruega. Seu pai, Anton Taranger, pastor pentecostal, ao tomar nos braços seu sétimo filho que acabara de nascer, para consagrá-lo ao Senhor, disse o seguinte: “Senhor, agradeço-te por mais este filho que apresento a ti. Use-o como te apraz. Que ele seja uma bênção na tua obra. Dá-lhe a unção, a sabedoria e o entendimento do teu Espírito. Seis filhos já me deste, mas este eu consagro a ti como missionário para a América do Sul”. Amália, sua mãe, ficou muito feliz, já que este era o seu primeiro filho, pois quando se casou com Anton, ele era viúvo, e de seu casamento trouxera seis filhos. Com apenas quatro meses de nascido, sua família se mudou a cidade de Orebro, na Suécia, onde fixou residência. Seus pais davam grande apoio aos obreiros suecos. Eles eram amigos do casal Gustav e Elisabeth Nordlund. Em 1922, quando esta família estava sendo enviada ao Brasil, pela igreja de Lidköping, sua mãe, Amália, doou o dinheiro que faltava para a passagem. Anton Taranger, foi o primeiro pastor da Assembléia de Deus em Orebro. Apesar de nascido em lar cristão, Nils Taranger só teve um encontro real com Cristo em 1930, aos 14 anos de idade. Um ano após a conversão, foi batizado no Espírito Santo. Poucos dias após, foi batizado nas águas na Igreja Filadélfia em Estocolmo.

Aos 16 anos de idade, Taranger começou a pregar a Palavra de Deus. Durante dois anos, 1931 e 1932, estudou em Londres, no Instituto Bíblico fundado pelo famoso pregador pentecostal inglês Howard Carter. Quando saiu do Instituto empregou-se numa companhia de seguros de navios. Logo, passou a estudar na Escola Bíblica da cidade de Gotemburgo (Suécia), onde morava. A partir de 2 de dezembro de 1933, ao se desligar da empresa onde trabalhava, passou a dedicar-se inteiramente à obra do Senhor. No final de dezembro foi para Broaryd, onde foi consagrado evangelista, contando apenas 18 anos de idade. Nessa época recebeu chamada de Deus para o Brasil para onde não pôde seguir imediatamente por motivos alheios à sua vontade e por ter estourado a segunda guerra mundial.

Em 1936, trabalhou como vice-presidente da igreja em Gotemburgo. Em 1937, transferiu-se para Lindkoping onde também exerceu a vice-presidência da igreja. Nesse ano, sua igreja recebeu a visita do missionário Gustavo Nordlund que anos antes havia sido enviado ao Brasil, e na ocasião prestava relatórios do trabalho realizado. Ao saber da chamada missionária de Nils Taranger, o convidou para ir ajudá-lo no Rio Grande do Sul. 

Em 1938, enquanto pastoreava a igreja de Orebro, Taranger ficou conhecendo uma jovem de nome Hjordis Mary Margot Christinasson, nascida e criada em um lar luterano, mas que havia aceitado a fé pentecostal. Depois de um ano de namoro e noivado, Nils e Mary uniram-se em laços matrimoniais em cerimônia realizada no dia 18 de outubro de 1941, na Igreja Filadélfia, em Estocolmo. Em 1942, o casal se mudou para Lindkoping, onde, mais tarde, Nils assumiria pela primeira vez a presidência de uma igreja. Em 7 de maio de 1943 nasceu Gunilla, a primeira filha do Casal Taranger, e no ano seguinte, a 30 de junho de 1944 nasceu Per Hakan, que no Brasil ficou conhecido como Pedro.

Atendendo ao chamado do Senhor, o missionário Nils Taranger, sua esposa e os dois filhinhos embarcaram no porto de Gotemburgo, rumo ao desconhecido Brasil. Depois de 30 dias de viagens, no dia oito de novembro de 1946, após ter servido ao Senhor na Suécia por 14 anos, a família Taranger desembarcou no Rio de Janeiro. Foram recebidos pelos missionários Otto e Adina Nelson, que os conduziram até a AD em São Cristóvão, onde Otto era pastor. Depois de 13 dias de permanência no Rio, visitando igrejas, cantando e pregando a Palavra do Senhor, a família Taranger partiu para o seu destino desejado, a cidade de Porto Alegre. Embarcaram de avião numa quinta feira, dia 21 de novembro de 1946, fazendo escala em São Paulo e Curitiba. Em Porto Alegre, foram recebidos pelos missionários Gustav e Herbert Nordlund. Nils começou a participar dos cultos, cantando e tocando seu acordeão, e quando pregava era interpretado por Gustav ou Herbert.

Depois de aprender o idioma português, e ter feito diversas viagens pelo interior do Rio Grande do Sul, realizando campanhas evangelísticas, o missionário Nils Taranger e sua família, mudaram no dia 8 de agosto de 1948 para a cidade de Bagé, onde no dia 15 do mesmo mês fundaram a Assembléia de Deus naquela região gaúcha. Em Bagé, nasceram os filhos Willis, em 21 de março de 1951, e Carlos David no dia 30 de junho de 1954. Carlos nasceu na mesma data em que Pedro completava 10 anos. O trabalho do Senhor prosperou em Bagé. Terrenos foram adquiridos e o templo construído com o esforço dos irmãos. Nessa época, além de abrir inúmeros pontos de cultos no interior do município, Nils Taranger iniciou o trabalho da AD em Dom Pedrito, Lavras do Sul. Ulha Negra e Aceguá. Evangelizou ainda Pinheiro Machado e assumiu a AD em São Gabriel, com a transferência do Pastor Luís Neves para Cacequi.

No dia 3 de março de 1955, o missionário Nils Taranger e sua família deixaram a cidade de Bagé rumo à Porto Alegre, onde Nils assumiu a presidência da igreja, em substituição ao veterano missionário Gustav Nordlund. A igreja na capital passava por um momento de crise, mas os problemas foram resolvidos sob a direção de Deus e a sábia administração do pastor Nils Taranger, que também assumiu a direção da AD em todo o Estado do Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre, nasceram mais dois filhos do casal Taranger: Ana Tereza, nascida em 20 de dezembro de 1957 e Stanly Joel, em 13 de dezembro de 1959. 

Missionário Nils Taranger e Família
Durante a sua administração, o pastor Taranger trabalhou na evangelização e, principalmente, na solidificação das igrejas gaúchas. Em sua gestão, preocupou-se muito também com a obra social, criando o Lar Esperança. Outro cuidado importante foi com a preparação dos futuros obreiros, por isso fundou o IBEC, um instituto bíblico da AD em Porto Alegre.

As homenagens a Nils e Mary Taranger foram inúmeras, passando, com o tempo, a fazer parte de seu dia-a-dia. Onde quer que iam, encontravam sempre o reconhecimento por parte daqueles que um dia tornaram seus filhos na fé, tanto em seu ministério, como na obra social. Nils Taranger recebeu a Medalha Cidade de Porto Alegre, a Medalha de Honra ao Mérito do Rio Grande do Sul e, no dia 29 de outubro de 1989, o título de Cidadão de Porto Alegre. Homenagem também estendida a Mary, no ano de 1997. Pelos serviços prestados a leprosários e orfanatos durante a sua estada na Índia, em 1978, Nils recebeu o título de doutor honoris causa. Em 1996, recebeu homenagens da AD na Suécia por seus 50 anos de ministério no Brasil, e também pelos 55 anos de casamento.    

Em outubro de 1998, aos 82 anos, dos quais 52 trabalhando na obra do Senhor no Brasil, pastor Nils Taranger entregou o pastorado da Assembléia de Deus na capital rio-grandense-do-sul ao pastor João Ferreira Filho, que servia na AD em Ijuí.


Estando já algum tempo enfermo, devido à idade avançada, no dia 5 de janeiro de 2003 e após passar vários dias hospitalizado, o veterano missionário Nils Taranger passou a estar com o Senhor. Ele estava com 86 anos, faltando três meses para completar 87 anos. A cerimônia fúnebre, assistida por milhares de pessoas, ocorreu no templo-central da Assembléia de Deus de Porto Alegre, onde por 43 anos o pastor Taranger foi o líder. Ele passou 57 anos de sua vida no Brasil, dos quais 52 trabalhando ininterruptamente na obra do Senhor.
Pastores de todo o Brasil fizeram se presentes ao evento, como forma de reconhecimento pelo trabalho de evangelização realizado pelo missionário durante décadas no Estado gaúcho. Várias autoridades civis e eclesiásticas mandaram suas condolências à família Taranger por meio de telegrama. O pastor João Ferreira Filho, líder das ADs em Porto Alegre e presidente da Convenção Estadual, oficiou a cerimônia, na qual se apresentaram o coral Vozes de Gratidão e a Banda Esperança. Na ocasião, pronunciaram-se os pastores Moisés Rodrigues, 1º secretário da CGADB, representando o pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente da CGADB; Ernani Vigancio da Silva, que leu o histórico do missionário; Tomaz Souto da Silva, vice-presidente da AD em Porto Alegre e 1º tesoureiro da Convenção Estadual; Ubiratan Batista Job, vice-presidente da Convenção; Adalberto dos Santos Dutra, 1º secretário da Convenção; e Edgar de Souza Machado, líder da AD em Canoas – RS.

Representando a família enlutada, Wilis Taranger relatou no culto como foram os dias de convivência com o pai, agradeceu a presença de todos os membros, pastores e amigos e apresentou os demais membros da família à igreja.
O pastor Nils Taranger foi enterrado no cemitério Jardim da Paz, às 17 horas do dia 6, em Porto Alegre. O cortejo, com milhares de pessoas, seguiu o carro que transportava o corpo do pastor até o sepultamento, prestando a última homenagem ao pioneiro. O pastor Taranger deixou muitas saudades na esposa Mary Taranger e nos filhos: Gunilla, Per Hakan (conhecido como Pedro), Carlos David, Wilis, Ana Teresa e Stanly Joel.                    

ANEXOS:





Missionário Nils Taranger, à esquerda e acima, e o irmão Ivar Vingren, segurando um acordeon, entre irmãos e irmãs no município de Dom Pedrito, no Estado do Rio Grande do Sul, no ano de 1951

Missionário Nils Taranger inaugurando o Templo Central da AD em Passo Fundo - RS



Templo Central das Assembléias de Deus em Porto Alegre - RS