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sábado, 8 de fevereiro de 2014

Missionário NELS LAWRENCE OLSON

Missionário norte-americano nas Assembléias de Deus, pioneiro e pastor de igrejas Assembléias de Deus em Minas Gerais, pioneiro do rádioevangelismo e do ensino teológico nas Assembléias de Deus, tradutor, editor, escritor, articulista, ensinador e comentarista de Lições Bíblicas da Escola Dominincal. 


Nasceu em 9 de fevereiro de 1910, na cidade de Kenoscha, Estado de Wisconsin, nos Estados Unidos. Era filho do casal John Victor Olson e D. Viola. Tinha dois irmãos pastores: Yngve e Hugo Olson. Seus pais eram suecos e emigraram para os Estados Unidos em 1904. Pertenciam antes à Igreja Luterana e posteriormente passaram a ser membros da Igreja Batista e quando os pentecostais abriram um trabalho em Kenoscha, no ano de 1917, a família Olson foi a primeira a aceitar a doutrina pentecostal. 
A família Olson sempre fazia o culto doméstico e a leitura da Bíblia, levando sempre o pequeno Lawrence à Escola Dominical. Foi num domingo à tarde que com 11 anos de idade, Lawrence aceitou a Jesus como seu Salvador. Aos 13 anos, foi batizado no Lago de Michigan. Nessa época ele teve um sonho, em que via muitas almas descerem para o “Lago de Fogo”. No sonho, teve o desejo de fazer algo em prol das almas que pereciam. Era o início de sua chamada para o ministério. Aos 16 anos, recebeu o batismo com o Espírito Santo, durante um culto de oração, num período em que sua igreja passava por uma onda de avivamento.
Ao graduar-se em curso superior, Lawrence pensou em seguir a carreira de engenheiro, mas através de uma enfermidade no ouvido, ficou sabendo que Deus tinha uma chamada específica para ele. Matriculou-se então no Central Bible College, em Springfield – Missouri, onde recebeu todo o ensino necessário para executar a missão que lhe estava destinada. Durante o curso de três anos que fez no Instituto Bíblico, ele ficou conhecendo uma moça de nome Alice, e que tinha o mesmo sobrenome “Olson”. No dia 28 de dezembro de 1932 os dois se casaram.



Antes de vir ao Brasil, Lawrence Olson pastoreou a igreja de Applenton e em 1934 fundou outra em Portage. Em 1937 recebeu diretamente de Deus a chamada para vir trabalhar no Brasil. Finalmente, em 07 de setembro de 1938, aportou em solo brasileiro, acompanhado de sua esposa Alice e seus dois filhos, Lawrence Olson Jr. e Carolyn. Eles foram recebidos no porto do Rio de Janeiro, pelo casal de missionários Gustavo e Alice Bergströn. Os missionários Lawrence e Gustavo Bergströn eram amigos desde o período do seminário bíblico em Springfield. O primeiro culto que assistiram em solo brasileiro foi na AD em Duque de Caxias – RJ. Nos primeiros dias ficaram hospedados na casa do missionário Nils Kastberg, que na época pastoreava a AD em São Cristóvão.

Depois de passar um ano em Belo Horizonte – MG aprendendo a língua portuguesa, mudou-se para Lavras, onde já se encontrava o irmão Hilário José Ferreira. Juntos evangelizaram aquela cidade durante vários anos. Posteriormente, o missionário Lawrence Olson empenhou na evangelização de outras cidades adjacentes, tais como: São João Del Rey, Ribeirão Vermelho, Perdões, Cana Verde, Américos, Nepomuceno, Andrelândia, Campo Belo, Boa Esperança e outras localidades. Para alcançar esses lugares, viajava de trem, de carro, de bicicleta ou até mesmo à pé. 
Em 1947, trabalhou em Araraquara – SP.  Dali foi para o Rio de Janeiro, atendendo convite para ajudar na reorganização da CPAD, onde permaneceu por um ano, montando máquinas e impressoras que vinham dos Estados Unidos. 
Em 1949, voltou para Lavras, onde desempenhou eficiente trabalho evangelístico e iniciou a Escola Bíblica, que trouxe tremendos resultados.



No ano de 1947, depois de um período de férias, o missionário Lawrence Olson sentiu que Deus queria usá-lo no Rádio Evangelismo. Percebendo o grande potencial do rádio, ele resolveu aceitar o convite do dono da Rádio Cultura de Lavras para transmitir o culto ao vivo. Dessa forma, passou a pregar suas mensagens no rádio, tendo como auxiliares os missionários Julius e Bertha Olson e sua esposa Alice. A repercussão foi grande, causando um grande impacto no evangelismo. Por esse motivo, decidiu investir em programas de rádio, sendo perseguido por muitos. Diziam que ouvir rádio era pecado. Assim, advertiam aos membros da igreja contra esse projeto. O pastor Lourenço, como gostava de ser chamado, não deu crédito ao falatório, continuou em sua missão de alcançar milhares de vidas para Cristo, através do rádio.

A grande vitória veio no dia 02 de janeiro de 1955. No primeiro domingo de janeiro, foi lançado o célebre programa “Voz das Assembléias de Deus”, na Rádio Tamoio, no Rio de Janeiro. Nessa ocasião, estiveram presentes o então Conselho da CPAD, diversos pastores entre os quais o missionário Nels Julius Nelson e os pastores Paulo Leivas Macalão, José Pimentel de Carvalho, João Pereira de Andrade e Silva e o Jornalista Emílio Conde, além de corais e solistas. Muitas almas foram salvas através desse programa, que passou também pelas rádios Mayrink Veiga, Tupi, Relógio, Copacabana, Boas Novas e Universo de Curitiba. A equipe do programa teve oportunidade de receber de muitas regiões do Brasil uma infinidade de cartas, telefonemas e relatórios mencionando bênçãos divinas recebidas pelos ouvintes.

O missionário Lawrence Olson era um homem de elevada cultura, grande intérprete das Escrituras Sagradas, bom pregador, bom ensinador e grande escritor. No campo da literatura foi um grande amigo e entusiasta da Escola Dominical, atuando como comentarista das revistas da EBD a partir de 1953, tarefa só interrompida após 30 anos, devido ao seu estado de saúde. Foi articulista do jornal Mensageiro da Paz e da revista A Seara por muitos anos.
Publicou várias obras de profundidade teológica tais como: “O Plano divino através dos séculos”; “A bomba atômica, precursora do Armagedom”; “Mil anos de Paz”; “Enoque – Arauto da vinda de Cristo”; “O Mapa das Dispensações”; “Consultando a Bíblia”; “O Servo de Jeová”; “O batismo nas águas”; “Profecias da Bíblia”; “Através da Bíblia Livro por Livro”; “Conhecendo as doutrinas da Bíblia” e outras. Somente a posteridade poderá dizer quantos benefícios seu valioso empenho produziu.
Em 1961 fundou no Rio de Janeiro o Instituto Bíblico Pentecostal, que atualmente está sob a direção do Ministério Bernhard Johnson. Esse seminário, que o pastor Lourenço dirigiu pelo período de 30 anos, foi o pioneiro das Assembléias de Deus no Brasil. Como o programa de rádio, no seu início, também sofreu resistência. Mas passaram por ele renomados professores e alunos que, depois de formados, alcançaram notoriedade no meio evangélico.
Na 8ª Conferência Mundial Pentecostal, realizada no Rio de Janeiro em 1967, o missionário Lawrence Olson teve atuação importante como intérprete. Em 1973, liderou uma grande delegação numa viagem por 11 países do mundo, quando participaram da 10ª Conferência Mundial em Seul, Coréia do Sul.
Devido o grande conceito, admiração e respeito que tinha entre os brasileiros, constantemente era convidado para pregar e ministrar nas Escolas Bíblicas em diversas regiões do país.
Durante seus 50 anos evangelizando brasileiros, Deus enriqueceu seu lar com mais quatro filhos nascidos no Brasil: Bervely, Elizabeth, Paulo e Éster. 
Em 14 de setembro de 1989, após meio século de dedicação à obra de Deus no Brasil, o casal de missionários Lawrence e Alice Olson, ambos com quase 80 anos de idade, a pedido de seus filhos residentes nos Estados Unidos, voltou para a cidade de Springfield, certos de que foram obedientes ao chamado do Senhor e do dever cumprido. Este foi o primeiro adeus que os evangélicos brasileiros tiveram que dar ao missionário americano, que ofertou ao nosso país o melhor da sua vida: seu amor, suas forças, seus talentos e seu ministério para semear a Palavra de Deus e, ao mesmo tempo, treinar uma multidão de obreiros que hoje perpetua o legado que deixou.

No dia 29 de março de 1993 o missionário N. Lawrence Olson, partiu para o descanso eterno. Seu sepultamento ocorreu em Springfield, mesmo local onde adquiriu sua formação teológica. Com sua morte, o adeus aos brasileiros foi definitivo, mas permanece o reconhecimento. Na ocasião, a CPAD enviou via fax mensagens de condolências, à irmã Alice Olson, sua esposa, e à Divisão de Missões Estrangeiras das Assembléias de Deus dos Estados Unidos. 


A missionária Alice Olson era grande musicista,
tocava piano e órgão, sempre cooperando no ministério de seu esposo.  
Aos 26 de março de 1995, a irmã Alice Olson, contando já 86 anos, também foi chamada a estar com o Senhor, deixando saudosos os filhos, netos e toda a família evangélica dos Estados Unidos e do Brasil, onde ela e seu marido dedicaram suas vidas na obra de Deus.   



ANEXOS:


                                    O casal Victor Hugo Olson e Viola Whilhelmina Nelson, 
                                             pais do Missionário Nels Lawrence Olson

Missionário N. Lawrence Olson inaugurando
o primeiro templo da AD em São João Del Rey - MG
              
Antigo Templo-Sede da AD em São João Del Rey - MG  

Crentes reunidos em frente ao
antigo templo da AD em Lavras - MG
Obreiros reunidos em frente a AD em Lavras
Escola Bíblica da AD em Lavras,
criada pela missionário N. Lawrence Olson
 
O Missionário N. Lawrence Olson, junto com outros obreiros
no antigo templo da AD em São Cristóvão na década de 1950 


Atual Templo Central das AD em Lavras - MG

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Pastor ALCEBÍADES PEREIRA VASCONCELOS

Pastor, missionário, teólogo, escritor, jornalista, articulista dos periódicos da CPAD, líder das Assembléias de Deus, ex-presidente da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil e representante da denominação na Conferência Mundial Pentecostal.

 

Alcebíades Pereira Vasconcelos nasceu na cidade de Regeneração - Piauí, em 13 de dezembro de 1914, filho de João Pereira de Vasconcelos e Isabel Almeida de Vasconcelos.

Aos 18 anos, na data de 26 de junho de 1933, em pleno vigor de sua juventude, aceitou a Jesus Cristo como seu Salvador, no pequeno templo da Assembléia de Deus em Dom Pedro - MA. Nove meses depois, recebeu o batismo com o Espírito Santo. Foi batizado nas águas em 24 de junho de 1934, pelo pastor João Jonas. Tendo grande desejo de servir a Deus, dedicou-se ao estudo das Escrituras, procurando adquirir melhor conhecimento teológico e cultural.
Alcebíades Pereira Vasconcelos começou a escrever artigos, comentários, exortações e estudos bíblicos a partir de 1934. Foi um dos maiores colaboradores do jornal pentecostal Mensageiro da Paz, além de ter sido diretor da Casa Publicadora das Assembléias de Deus, durante vários anos.

Aos 21 anos de idade, Alcebíades Pereira Vasconcelos foi consagrado evangelista, sendo consagrado ao pastorado na noite de 03 de março de 1938, pelo missionário Nels Julius Nelson, sendo ele o terceiro pastor a ser consagrado no estado do Maranhão.


Em 28 de outubro de 1939, casou-se com Necy Maia, com quem teve cinco filhos: Hurde-Ansira (falecida aos 11 meses), Habi- Ansy, Hulda-Ansy, Hadna-Ansy e Hiel Levi.
O pastor Alcebíades foi um dos que aceitaram as orientações do missionário Nels Nelson para que lessem bons livros e estudassem, pois dias viriam em que, com o desenvolvimento, muitos iriam sentir-se em apuros, ao lidar com crentes de um nível superior ao deles e com os conseqüentes problemas. Homem inteligente e corajoso que era recomeçou seus estudos quando pastor-presidente da AD em São Luís. Ele formou-se em jornalismo, estudou o inglês, hebraico, grego, a língua aramaica (falada por Jesus), para melhor se aprofundar nos antigos livros da Bíblia. Quando pastoreou a AD em São Cristóvão - RJ, deu aulas desses idiomas para os crentes interessados.

Grande foi a sua cooperação em algumas cidades deste país. Como pastor, trabalhou primeiramente em Colinas, Pau-de-Estopa, Dom Pedro, Coroatá, São Luís, no Estado do Maranhão; Parnaíba, no Piauí; Marabá e Belém, no Pará; Manaus - AM, no período de 29 de julho de 1949 a 31 de dezembro de 1952; e a AD em São Cristóvão – Rio de Janeiro – RJ. 

Pastoreou a igreja-mãe do Movimento Pentecostal, por dois períodos: 26 de junho de 1943 a 10 de janeiro 1946, como co-pastor do missionário Nels Nelson. De 06 de março de 1961 a 31 de dezembro de 1968, como pastor-presidente. Durante a permanência do pastor Alcebíades nessa igreja aconteceram grandes realizações, dentre elas: Jubileu de Ouro em 1961; organização da Secretaria de Missões; recenseamento dos membros da igreja; aquisição do barco motorizado “Mensageiro I”; reforma do estatuto da Igreja; construção dos templos da Sacramenta, Telégrafo, Condor, Canudos e Matinha; construção do Abrigo Etelvina Bloise e reformas em outras casas de oração. É ainda desse período a compra da casa localizada na Avenida Governador José Malcher nº 1563, bem como a organização da União de Mocidade da Assembléia de Deus (UMAD) e a criação do jornal Estandarte Evangélico.

Com a ajuda do ministério local e da igreja, o pastor Alcebíades trabalhou com afinco e amor, ultrapassando todas as barreiras. Ele procurou mantê-la em um bom nível espiritual, doutrinando-a e procurando fortalecê-la com a Palavra de Deus. Ele permaneceu na liderança desta igreja até 31 de dezembro de 1968, depois viajando para o Rio de Janeiro, a fim de assumir o importante cargo de diretor do jornal Mensageiro da Paz, na Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD).

No início de fevereiro de 1952, ele recebeu do missionário Nels Nelson a responsabilidade do trabalho de campo da Amazônia e do Oriente Boliviano. Ele contava que, a caminho da igreja em São Luis - MA, onde pastoreava, no dia 05 de janeiro de 1953, Deus lhe falou claramente, chamando-lhe para exercer pela primeira vez o pastorado da Igreja Assembléia de Deus em Manaus.

No dia 19 de novembro de 1957, foi convidado para assumir o pastorado da Igreja em São Cristóvão - RJ, assumindo-o no dia 16 de dezembro do mesmo ano. No dia 11 de agosto de 1972, o pastor Alcebíades Pereira Vasconcelos assumiu novamente a presidência da Igreja em Manaus, à qual serviu fielmente durante 15 anos, nove meses e um dia. 

O pastor Alcebíades galgou diversos cargos na esfera das Assembléias de Deus e no meio evangélico em geral, passando a ser conhecido internacionalmente. Foi membro do Conselho Administrativo da CPAD, exerceu a função de Diretor de Publicações da mesma editora, integrou a diretoria da Sociedade Bíblica do Brasil, fez parte do Comitê Pró-Evangelização Mundial e representou o Brasil no Conselho Consultivo que organiza as Conferências Mundiais Pentecostais. Visitou os seguintes países: Suécia, Finlândia, Portugal, EUA, Israel, Egito, Grécia, Itália, China, Coréia do Sul, Tailândia, Índia e Japão. Eleito presidente da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, em Assembléia realizada na cidade de Salvador - BA, em janeiro de 1987, o pastor Alcebíades exerceu apenas pouco menos da metade do mandato, que terminaria em janeiro de 1990.

Na área literária, produziu nove livros: "De Coração Para Coração"; "Atualidades da Promessa"; "Jubileu de Ouro da Assembléia de Deus em Belém"; "Miscelânea Doutrinária"; "Israel, Milagre do Século XX"; "Carta às Sete Igrejas da Ásia"; "Sinopse Histórica da Assembléia de Deus no Brasil"; "O Dízimo na História" e "Bíblia e "Introdução à Teologia. Fundou o Instituto Bíblico das Assembléias de Deus no Amazonas (IBADAM) e integrou o Conselho Diretor do Instituto Bíblico das Assembléias de Deus em Pindamonhangaba - SP (IBAD) e o Conselho Consultivo da Escola de Educação Teológica das Assembléias de Deus (EETAD).

O pastor Alcebíades Pereira Vasconcelos passou os seus últimos dias na CPAD, antes de baixar ao hospital para submeter-se a uma cirurgia. No vigor dos seus 73 anos, exerceu até o último instante as prerrogativas de presidente da CGADB, despachando processos, tomando decisões, não deixando, até mesmo, de escrever o seu último artigo, publicado já neste número, sobre se Deus pode ou não usar uma pessoa que vive em pecado. 
A doença não foi capaz de abater-lhe o ânimo e, dois dias antes de seu falecimento, sua alta estava prevista, tendo ele mesmo demonstrado desejo de retornar à Casa Publicadora, onde ficaria até o término do tratamento. Mas os planos de Deus eram outros. Dois dias depois aprouve ao Senhor levá-lo para sua glória, a fim de poupá-lo de mais sofrimento, isto se deu no dia 12 de maio de 1988.


Depoimentos na hora do sepultamento: 

O pastor Alcebíades marcou indelevelmente a vida de nossa igreja. Sua gestão à frente da Mesa Diretora da CGADB sempre se caracterizou pela firmeza e seriedade. Com a sua morte, podemos repetir as palavras de Davi acerca de Abner: ‘Não sabeis que hoje caiu em Israel um príncipe e um grande?’ Foi realmente, uma perda irreparável para as Assembléias de Deus, mas as pisadas do homem de Deus jamais serão apagadas, servindo de exemplo para todos nós”. 


Pastor José Wellington Bezerra da Costa 
Presidente da CGADB

  
Sempre considerei o pastor Alcebíades um homem de Deus no meu caminho. Em 1946, quando eu era um jovem na mais completa obscuridade, ele veio ao meu encontro para dizer-me que Deus lhe havia revelado que eu deveria substituí-lo na parte mais longínqua do seu campo, no interior do Piauí, e eu o fiz. Tive a oportunidade de andar literalmente nos seus rastos, material e espiritualmente, sentindo o seu zelo pelo trabalho do Senhor e a sua abnegação e sinceridade, expressas em palavras e ações”.

Pastor Estevam Ângelo de Souza, 
À época, líder da AD em São Luís



O pastor Alcebíades viveu na sua época, mas teve uma visão bem ampla, sendo um grande entusiasta, principalmente na área educativa. Era membro do Conselho do IBAD e foi um dos pastores brasileiros que, desde os primórdios da Educação Religiosa, defendeu o ponto de vista de que o Obreiro deve ter um preparo para exercer esta função”.


Pastor João Kolenda Lemos 
Diretor do Instituto Bíblico das AD em Pindamonhangaba - SP



Sem favor nenhum, o pastor Alcebíades é um exemplo de vida, de fé, de trabalho, de estudo, pois foi um homem chamado por Deus, deixando em todos nós o melhor de todos os conceitos que alguém aqui na terra pode deixar. Para mim, foi uma honra trabalhar ao seu lado. Eu diria até mesmo que foi um presente do Senhor”

Pastor Samuel Câmara 
Vice-presidente da AD em Manaus-AM



ANEXOS:


Templo Central das AD em São Luís - MA,
uma das igrejas pastoreadas por Alcebíades Pereira Vasconcelos

Pastor Alcebídes como líder da AD em Belém do Pará
Templo Central das AD em Manaus - AM,
a última igreja liderada pelo pastor Alcebíades Pereira Vasconcelos

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Pastor JOSÉ PIMENTEL DE CARVALHO

Pastor de Assembléias de Deus no Rio de Janeiro, líder da AD de Curitiba (PR) e ex-presidente da CGADB.


No lugar denominado Santa Tereza, município de Valença (RJ), morava o casal Luiz Antônio de Carvalho e Selíria Pimentel de Carvalho. Eles tiveram nove filhos e entre eles, o quinto filho nascera no dia 08 de fevereiro de 1916 e tinha como nome José Pimentel de Carvalho. 

Quando José nasceu era mais um filho entre os que já existiam, e quem imaginava o que José seria no futuro? Deus tinha os caminhos desse jovem nas Suas mãos. Crescia o menino com saúde correndo e pulando como todos os garotos de sua época.

Certa vez chegaram ao lugar denominado “Fazenda da Glória” os crentes pentecostais da Assembléia de Deus com suas pregações, seus cânticos e orações tão estranhos nos seus movimentos e cerimônias ao sistema e tradição da velha religião. O curioso José Pimentel ouvia bem tudo aquilo, e viu bem, creu que ali estava a verdade. Assim, no ano de 1930 com a idade de 14 anos aceitou a Cristo como seu Salvador, passando a ser também um pentecostal. Em outubro desse mesmo ano, foi batizado nas águas, pelo pastor Belarmino Pedro Ramos, de saudosa memória. Em 1932 recebeu o batismo com o Espírito Santo, sendo que nesse mesmo ano seu pai também se converteu ao Evangelho.

Nos primórdios de sua fé, na pequena igreja onde congregava, José Pimentel demonstrou que tinha uma chamada especial de Deus na sua vida. Percebendo isso, seu pastor começou a aproveitar sua boa vontade e prontidão, convidando-o para ajudar nos cultos e como professor da Escola Dominical. De sua história conta-se que sua primeira pregação versou sobre Mateus 25:31 a 34, sendo este o texto lido: “Quando vier o Filho do Homem em sua majestade e todos os anjos com Ele, então se assentará no trono de Sua Glória; e todas as nações serão reunidas em sua presença, e Ele separa uns dos outros, como pastor separa dos cabritos as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à sua esquerda; então dirá o Rei aos que estiverem à Sua direita: Vinde benditos de meu Pai, entrai na posse do Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo". A pedido de seu tio que era o dirigente do trabalho, José um garoto de calça curta e pés descalço começou ler com voz trêmula o texto acima referido, pensando em lê-lo e dar por encerrada sua mensagem. Leu poucos versículos e, ao olhar para a porta do salão, viu a chegada de diversos homens armados com foices e pedaços de pau, para acabarem com o culto, mandados pelo fazendeiro. Continuou a leitura e o Espirito Santo começou a agir, batizando seis jovens que faziam um barulho daqueles como dos pentecostais antigos. Em seguida, outro jovem foi batizado, e caiu de joelhos falando em línguas estranhas, quando então pegou um banco e sacudiu-o como se quisesse quebrá-lo. Partiu em direção àqueles homens armados, de joelho pelo corredor, falando em línguas e profetizando aos valentões, os quais, um a um, se retiraram. Voltaram apenas no dia seguinte, para dizer que os cultos poderiam continuar. No mesmo culto, Deus entregou uma mensagem profética ao jovem José Pimentel: “Meu servo, continue que Eu estou contigo”, interpretada pelos presentes como incentivo para continuar a pregação.  

Também parte interessante de sua vida foi que em 1934, empregou-se na Companhia de Fiação e Tecelagem Ferreira Guimarães, em Valença, onde conheceu uma moça que se chamava Rosa Maria da Conceição, mais tarde Rosa Maria da Conceição. Os dois afeiçoaram-se, noivaram-se e casaram-se nos dia 24 de março de 1938. José tinha então 21 anos e Rosa 19. A cerimônia do casamento foi celebrada pelo evangelista João Leandro, obreiro local em Valença.


Desse casal nasceram 11 filhos, sendo dois deles já falecidos. São eles: 
Samuel Nils de Carvalho, Paulo Pimentel de Carvalho, José Pimentel de Carvalho Júnior, Éster de Carvalho Andrade, Carlos Alberto de Carvalho, Silas Roberto de Carvalho, Elias de Carvalho e Luiz Antônio de Carvalho. A família cresceu consideravelmente com a chegada de genro, noras, netos e bisnetos.

Na época em que iniciou seu ministério, Pimentel era como um evangelista. Com outros companheiros, iam, de bicicleta, evangelizar nas periferias da cidade e nos sítios, até ser colocado como responsável pela congregação em Valença. Sua área de atuação abrangia Palmas, Governador Portela e Terra Fria, além de outros pontos dispersos. Na história do seu ministério, foi separado para servir como diácono no dia 24 de março de 1938. Em 1939, foi separado para presbítero. 
Por achar necessário a formação musical de um dirigente de cultos, estudou e tornou-se músico trombonista, professor e maestro, formando bandas e corais. Na Harpa Cristã, constam as suas versões para dois hinos: 541 (“Calvário, Revelçao de Amor”) e 620 (“Na Jornada para o Céu”). 

Em 1944 ficou doente. A junta médica que o examinou não conseguiu determinar seu mal. Definhava-se e, após três meses, estava à beira da morte, tanto que passou uma noite e um dia em coma profunda. Deus, usando um irmão em profecia, disse: "meu servo, entrega a tua vida nas minhas mãos, que eu cuidarei de ti". Naquele momento, saiu do estado de coma — estava completamente curado — e entregou-se nas mãos sacrossantas de Jesus a uma chamada definitiva. Uma semana depois de curado, dirigiu-se à fábrica e avisou aos diretores que não voltaria mais ao trabalho.

Em 18 de maio de 1945, no encerramento da Semana Bíblica realizada na AD em São Cristóvão – Rio de Janeiro, foi, por mãos do missionário Samuel Nyströn e do pastor Cícero Canuto de Lima, consagrado ao pastorado. Naquela época, ele trabalhava como auxiliar do pastor João Batista de Lima, no campo de Vera Cruz.  
No Rio de Janeiro fixou-se no bairro do Leblon, onde recebeu uma congregação e também deu continuidade à obra na favela da Rocinha, onde atualmente existe uma grande congregação. Assumiu o cargo de secretário da AD campo de São Cristóvão que tinha em sua jurisdição 47 igrejas e acumulava também o cargo de segundo tesoureiro. Em 1960 assumiu a direção da AD da Penha. 


                         Antigo Templo Central da AD em Curitiba
A convite do pastor Agenor Alves de Oliveira, em 6 de março de 1962 transferiu-se para Curitiba onde assumiu a presidência da Assembléia de Deus. Havia naquela ocasião, oito congregações, oito propriedades e aproximadamente 1800 membros. Cerca de quarenta anos depois, a igreja na capital paranaense contava com aproximadamente 80 mil membros em comunhão, 100 mil congregados, 40 pastores, 25 evangelistas, 600 presbíteros, 800 diáconos e mais de 540 congregações na grande Curitiba.
       
A obra de maior vulto foi a construção do Templo Central, um dos mais belos da Assembleia de Deus no Brasil, com 5.710 m² e uma capacidade para 4500 pessoas sentadas, sendo inaugurado em 05 de setembro de 1982. 
        
Pastor José Pimentel de Carvalho visitou dezenas de países, tendo permanecido dois meses na Noruega pregando e ensinando a Palavra de Deus. Sempre teve presença e influência marcantes nas Convenções Gerais e Estaduais. Foi presidente da CGADB por várias vezes. A primeira eleição para presidência foi em Curitiba (1964). As outras foram: Natal (1973), Santo André (1975), Recife (1977), Belo Horizonte (1981) e a última, em Anápolis (1985). Foi também um dos pioneiros do CAPED e ainda exerceu a função de conselheiro da CPAD por três vezes. 

Convenção Geral em Santo André - SP (1975)

Por várias vezes presidiu a Convenção do Estado do Paraná e continuou como Presidente de Honra até o seu falecimento. Fundou o Instituto Bíblico das Assembléias de Deus no Paraná e a Associação Educacional das AD no Paraná.


Convenção Estadual em Ibiporã (PR)
No dia 10 de março de 2002, pastor José Pimentel sofreu um grande abalo, devido o falecimento de sua querida esposa, irmã Rosa Maria de Carvalho, sua leal companheira de 64 anos de vida em comum e grande colaboradora de seu ministério. 

Por ocasião da Primeira Escola Bíblica Nacional, realizada na cidade de Uberlândia – MG, no período de 12 a 15 de abril de 2004, foi homenageado pela CGADB. Foi lhe entregue uma placa comemorativa com os seguintes dizeres: “A Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, por ocasião da 1ª Escola Bíblica Nacional, em Uberlândia, reconhece o brilhantismo do ministério do Pastor José Pimentel de Carvalho, notabilizado nos Estados do Rio de Janeiro e Paraná, e por sua notável liderança igualmente reconhecida em todo o território nacional. Este preito faz-se jus por todo o seu trabalho como eminente obreiro do Senhor, que jamais mediu esforços para o enobrecimento do Reino de Deus”.

Apesar da idade avançada e com a saúde abalada, pastor Pimentel permaneceu firme na direção da Assembléia de Deus em Curitiba, contando com a colaboração eficiente de seu vice-presidente, pastor Wagner Tadeu dos Santos Gaby. 
Ele ministrava na igreja todas as terças feiras a Palavra de Deus, nos cultos de doutrina, e era professor titular de uma concorrida classe de Escola Dominical, função que exercia há anos.

Pastor Pimentel era um homem de muita sabedoria, e prevendo que sua partida se aproximava, resolveu dar emancipação para vinte regiões da Grande Curitiba, para que o trabalho do Senhor continuasse a se desenvolver sem maiores transtornos administrativos. No dia 24 de fevereiro de 2011, aprouve ao Senhor chamá-lo ao eterno descanso, deixando a saudade nos filhos, demais familiares, amigos e a igreja no Brasil.

ANEXOS:






            Convenção Estadual das AD no Paraná realizada em Curitiba


Pastor Pimentel e sua esposa Rosa Maria de Carvalho

                Templo Central das Assembleias de Deus em Curitiba
Pastor José Pimentel de Carvalho, contando parte de sua biografia

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Pastor ANSELMO SILVESTRE

Evangelista, pastor e líder das Assembléias de Deus em Minas Gerais


 Um dos destaques da segunda geração de obreiros das Assembléias de Deus no Brasil, sem dúvida alguma, foi o saudoso pastor Anselmo Silvestre, o qual por cerca de 51 anos foi o presidente das Assembléias de Deus em Belo Horizonte e por longos anos exerceu com muito dinamismo, o honroso cargo de Presidente da COMADEMG (Convenção Estadual dos Ministros das Assembléias de Deus em Minas Gerais). 

Anselmo Silvestre nasceu no dia 1º junho de 1916, na cidade mineira de Sabinópolis, filho de uma simples camponesa chamada Zulmira. Em 1930, saiu de sua terra natal junto com outros amigos, rumo ao estado do Paraná. Após percorrer cerca de 300 km a pé, chegou em Belo Horizonte, onde seus companheiros de viagem resolveram seguir a viagem, porém ele resolveu permanecer em Belo Horizonte. 


Posteriormente, conheceu uma moça de nome Bernarda, com quem veio a se casar, no ano de 1938. Desse feliz matrimônio nasceram-lhe os filhos: Ruth, Jeremias, Noeme, Ezequias, Isaías, Oséias, Sulamita e Judite. Recém casado, sua esposa Bernarda Silvestre que estava desenganada pela medicina, por sofrer horrivelmente de epilepsia e tinha várias crises por noite, resolveu procurar ajuda no espiritismo, sendo acompanhada pelo marido. 


Um dia Anselmo encontrou com um velho conhecido chamado Sebastião Bertulino, o qual lhe falou do Evangelho e o convidou para assistir a um culto. Nesse culto, em meio ao barulho de "aleluias e glórias a Deus", sua esposa foi radicalmente curada, e o casal aceitou a Cristo como Salvador. Este fato aconteceu no mês de maio de 1939, em Belo Horizonte. Logo no início de sua fé, também experimentou a cura divina. Foi curado de pneumonia dupla, quando havia sido desenganado por três médicos, inclusive um especialista. 


Em dezembro de 1939 foi batizado nas águas pelo missionário sueco Algot Svensson, tendo já recebido o batismo com o Espírito Santo. Iniciou a carreira ministerial logo no dia seguinte ao seu batismo nas águas. Ele estava no antigo templo da AD em Belo Horizonte, no bairro Carlos Prates, para participar da ceia do Senhor pela primeira vez, quando o pastor perguntou-lhe: - “o senhor como se chama?” – alguém que se encontrava ao seu lado respondeu: “Anselmo Silvestre”. Logo o missionário Algot perguntou se ele aceitava o cargo de porteiro. Imediatamente Anselmo aceitou o cargo e passou a cooperar no trabalho do Senhor.


Num determinado dia de 1940, recebeu com agradável surpresa a notícia de que ia ser separado para servir como diácono. Naquela época a AD em Belo Horizonte possuía cerca de trezentos membros em toda a capital, e era grande a carência de obreiros. Ainda como diácono já desenvolvia intenso trabalho na obra de Deus no interior do Estado, visitando, por designação do pastor Algot as igrejas nas cidades de: Corinto, Curvelo, Pirapora, Montes Claros e outras. Muitas vezes essas viagens eram custeadas pelo próprio biografado que nessa época era funcionário da Estrada de Ferro Central do Brasil. Quando estava para ser promovido na empresa e passaria a ganhar o salário de "três contos de réis", foi chamado para trabalhar de tempo integral na obra do Senhor.

Em 1942 foi separado para servir como presbítero, em 1945 foi consagrado à evangelista e em 1950 foi consagrado ao ministério de pastor. Atuou na direção das igrejas de Pirapora, Montes Claros, Corinto, Coronel Fabriciano, Nova Lima e também como auxiliar do missionário Algot Svenson em Belo Horizonte. 


Pastores Anselmo Silvestre e Geraldo de Freitas,
num batismo em Belo Horizonte
(meados da década de 1950)

Durante todos esses anos, o pastor Anselmo dedicou o melhor de sua vida em prol do engrandecimento da obra de Deus não só em Belo Horizonte, como também no interior do Estado de Minas Gerais e em todo o Brasil e exterior onde sua presença se fez necessária.


Pastor Anselmo sempre presente nos
 eventos do interior de Minas Gerais

No início do trabalho na região do Vale do Aço, por volta de 1949, ele visitou os irmãos na localidade de Brejaúba, município de Mesquita, quando por falta de condução para retornar a Coronel Fabriciano, permaneceu ali por vários dias.  Entusiasmado com a obra iniciante naquele lugar, ficou cooperando com os novos crentes, ensinando-lhes a cantar belos hinos e dando-lhes o alimento da Palavra de Deus. Seu hospedeiro foi o novo convertido João Fernandes da Silva (conhecido também como João Maria), o qual anos após, já consagrado ao ministério atuou como vice-presidente do campo de Coronel Fabriciano e Ipatinga. 


O pastor Anselmo Silvestre foi um braço forte ao lado do missionário Algot Svensson durante a construção do templo da Rua São Paulo nº 1341, no centro da capital mineira, que foi inaugurado em 13 de maio de 1956.


Em 1958 o missionário viajou com a família para a Suécia, para um período de descanso e tratamento da saúde. Estando na Suécia, foi chamado ao descanso eterno no dia 5 de junho de 1959. Anselmo Silvestre, sendo o vice-presidente, assumiu a direção da igreja interinamente. Ao ser feito a eleição para escolha do novo presidente, seu nome foi indicado e aprovado. Pastor Anselmo foi eleito presidente por unanimidade do ministério, embora considerasse que na época tivesse obreiros mais experientes que ele como os pastores José Alves Pimentel, Geraldo de Freitas e Geraldo Sales, que foram os primeiros consagrados em Minas Gerais.


Pastor Anselmo cantando num
culto ao ar livre

Ao assumir a presidência da AD em Belo Horizonte, havia na capital apenas mil e trezentos membros e seis congregações. Hoje a igreja na capital mineira cresceu extraordinariamente em todos os sentidos, seja na construção de inúmeros templos, seja nos milhares de conversões de almas e no número de obreiros que são consagrados a cada ano. Para se ter uma idéia do grande trabalho realizado pela igreja em Belo Horizonte, só no ano de 1997 foram batizados nas águas, no templo central, cerca de três mil e quinhentos novos crentes, os quais foram acrescidos ao rol de membros. Por volta de 2008 o trabalho contava com cerca de 650 congregações e 80.000 membros, somente na grande BH e um ministério com mais de 2900 obreiros. Um edifício de doze andares foi construído nos fundos do templo sede, para abrigar os vários departamentos da igreja, da convenção estadual e da Escola Bíblica Permanente Sião.  


Pastores Anselmo Silvestre e Philemon Rodrigues
(1º missionário enviado pela AD de Belo Horizonte)

Eleito presidente do campo de Belo Horizonte, o pastor Anselmo indicou para seu auxiliar direto o pastor Philemon Rodrigues da Silva. Em 1964, por iniciativa do pastor Anselmo, o pastor Philemon Rodrigues foi enviado à Bolívia, como o primeiro missionário da igreja de Belo Horizonte. Atualmente a igreja mantém missionários em diversos países. 


O pastor Anselmo Silvestre, ao longo de seu próspero ministério, revelou-se um grande líder evangélico no Brasil e no exterior. Por inúmeras vezes foi eleito para ocupar importantes cargos na CGADB e na CPAD. Na primeira, exerceu o cargo de tesoureiro por algumas vezes; e também segundo vice-presidente. Na segunda, por várias vezes foi eleito conselheiro ao lado de outros grandes líderes de nossa denominação.


Por ocupar importantes cargos, ele, em função das múltiplas atividades, realizou diversas viagens por todo o Brasil e pelo exterior, tendo visitado, entre outros, os seguintes países: Estados Unidos da América, Israel por várias vezes, Coréia do Sul, Noruega, Suécia, Dinamarca e Finlândia. O último país que visitou foi a Ucrânia, onde a AD de Belo Horizonte mantém dois missionários.
      


O pastor Anselmo pastoreou uma igreja dinâmica que já por três vezes hospedou a assembleia geral (AGO) da CGADB - Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, sendo as convenções de 1957, 1981 e 1997. Na última realizada no Ginásio de Esportes do Mineirinho em Belo Horizonte, em janeiro de 1997 ele foi eleito primeiro vice-presidente da CGADB, cargo para o qual foi reeleito em cinco ocasiões. 


Em meio a tanta ocupação, o pastor Anselmo nunca deixou de atender aos convites das congregações de Belo Horizonte e de outras regiões do estado para congratular com os seus companheiros de ministério em seus aniversários, inaugurações de templos, congressos, e outros eventos importantes. Fazia isso movido pelo grande amor que tinha pela obra de Deus neste estado, no qual ele ajudou a desbravar ao lado de outros pioneiros.   


Sua esposa, a saudosa irmã Bernarda Silvestre foi uma grande auxiliar no seu ministério. Ela fundou na década de 1960 o Lar Betel, hoje (Associação Betel de Assistência Social), uma organização dedicada a abrigar meninas entre 2 e 9 anos de idade, em situação de abandono, risco social ou pessoal. Irmã Bernarda, que também integrava o Aleluias Coral, faleceu em 31 de dezembro de 1986.


Irmã Bernarda Silvestre,
 fundadora da ABAS

Ao longo de seu profícuo ministério, pastor Anselmo Silvestre trabalhou incansavelmente, dando exemplo de fidelidade na obra do Senhor. Um de seus maiores sonhos era construir o Centro de Convenções das Assembléias de Deus em Minas Gerais, com uma capacidade prevista para abrigar 25.000 pessoas assentadas. Sob a sua sábia administração a igreja adquiriu um prédio anexo ao templo sede, onde funcionava um mini-shopping, no qual após as devidas adaptações foram feitas diversas instalações para atender outras dependências da igreja, incluindo lojas da CPAD e Escola Bíblica Permanente Sião.


Último batismo realizado pelo
 pastor Anselmo na AD em Belo Horizonte

Gostaríamos de destacar que apesar de sua avançada idade, já na casa dos noventa anos de idade, ainda mantinha vigor de fazer inveja aos obreiros mais novos.  Sempre viajando para atender a obra do Senhor a nível nacional e internacional, destacou-se também pelo seu bom humor, que fez dele uma pessoa querida e amada por todos que o conheceram.


No dia 13 de dezembro de 2009, pastor Anselmo Silvestre, tomou a decisão de renunciar a presidência, tendo em vista a idade avançada e problemas de saúde. Em reunião ministerial dia 21 de dezembro, foi eleito o novo presidente da Igreja, o seu neto, Pastor Moisés Silvestre Leal, o qual atuava como pastor-dirigente do Templo Central e 3º Vice-presidente. 


Pastor Anselmo permaneceu como presidente de honra da Igreja e não perdia os cultos no templo central, onde sempre era lhe dado a oportunidade de fazer a leitura bíblica oficial, cantar seus hinos preferidos e despedir o povo com a bênção apostólica.


Após uma longa jornada de 73 anos de ministério, pastor Anselmo Silvestre foi levado pelo Senhor ao eterno descanso. Seu falecimento ocorreu no dia 30 de setembro de 2012, aos 96 anos de idade. Ele estava internado e teve uma parada cardíaca, daí ocorrendo o desenlace. O velório ocorrido no templo central da AD em Belo Horizonte, contou com a presença de autoridades civis, militares, pastores de diversos lugares de Minas e de outros estados do  Brasil. Na oportunidade, o Aleluias Coral e a Orquestra Vida, sob a regência do Tenente da PM Antônio Vicente Soares, numa última homenagem, apresentou uma miscelânea de hinos que pastor Anselmo gostava de cantar, entre os quais: “Tem que começar pelo altar, Canta meu Povo e Cidade Santa”.

Toda a família assembleiana sente a falta desse grande líder que soube honrar o seu ministério e o Nome de Jesus, deixando um grande legado.

Nosso louvor agrada a Deus, Sua glória vamos contemplar. Os louvores seguem para o céu, e desce fogo santo pelo altar.

Tem que começar pelo altar, tem que começar pelo altar. Fogo divino pode nosso Deus mandar, mas tem que começar pelo altar!”


ANEXOS:


Pastor Anselmo Silvestre e outros pastores
em visita a obra missionária na Bolívia 

  
Escola Bíblica de Obreiros em Belo Horizonte (Março de 1971)

Pastor Anselmo em seu gabinete pastoral
Templo Central das AD em Belo Horizonte - MG
Cantata de Natal na AD em Belo Horizonte
Nave do Templo Central
Anselmo Silvestre é considerado o
Patriarca das Assembléias de Deus em Minas Gerais