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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Morre benfeitor de Ipatinga

Prefeito decreta luto oficial de três dias em homenagem ao engenheiro Rinaldo Campos


IPATINGA –  Coincidindo com as datas das mortes de Tiradentes e Tancredo Neves, um dos líderes da Inconfidência Mineira, Ipatinga e o Vale do Aço perderam, na manhã desta quinta-feira (21) um dos maiores expoentes da sua história: Rinaldo Campos Soares.

Fonte: Jornal do Leôncio

O engenheiro de Minas e Metalurgia,
formado pela Escola de Minas de 
Ouro Preto e doutor em Metalurgia 
pela Universidade de Paris, faleceu 
por volta das 8 horas desta quinta-feira 
no Hospital Felício Rocho, em Belo 
Horizonte, em virtude de falência 
múltipla dos órgãos. Rinaldo estava 
com 72 anos. Um câncer nos rins foi 
diagnosticado em outubro de 2010. 
Rapidamente, a doença se espalhou 
para outros órgãos.

O “professor”, como era conhecido, 
nasceu em Divinópolis e foi 
funcionário da Usiminas entre 1971 e 
2008. Após ocupar vários 
cargos na empresa, em 1990 assumiu a presidência. Esteve à 
frente de uma das principais siderúrgicas do mundo até 2008, 
quando se aposentou e passou a fazer parte do Conselho 
Consultivo da Usiminas.

Ele foi membro de vários órgãos governamentais, entidades e 
instituições de classe tais como o Comitê Empresarial Permanente 
do Ministério das Relações Exteriores; Conselho do Instituto Brasileiro 
de Siderurgia (IBS); vice-presidente da Federação das Indústrias do 
Estado de Minas Gerais (Fiemg); Instituto Latinoamericano del Fierro y 
el Acero (ILAFA); Conselho Curador da Fundação Gorceix; Conselho 
Consultivo da Celulose Nipo-Brasileira S.A. (Cenibra); Conselho 
Deliberativo da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte; 
Fundação São Francisco Xavier; entre outros. Rinaldo Soares era ainda 
cônsul honorário do Japão no Brasil.

Seu corpo foi velado ontem na sede da Fiemg, em Belo Horizonte 
chega na manhã desta sexta-feira a Ipatinga, por volta das 7h30. 
No aeroporto, o caixão vai passar por uma ala formada por 
pioneiros de Ipatinga. Em seguida, será transportado em 
caminhão do Corpo de Bombeiros até o hall da Prefeitura de 
Ipatinga, onde será velado. O corpo de Rinaldo Soares fica na cidade 
até às 15h. A pedido da viúva, Conceição Dias Soares, será realizada
uma celebração ecumênica conduzida pelo bispo-emérito Dom Lélis Lara 
pelo pastor Antônio Rosa. Posteriormente, o caixão passa novamente 
pela ala dos pioneiros e segue para o aeroporto Usiminas, onde recebe 
uma última homenagem das pessoas que fizeram parte do seu staff ao 
longo de sua trajetória na siderúrgica. O corpo será embarcado de volta 
para Belo Horizonte, onde será cremado.

Luto

O prefeito Robson Gomes (PPS) decretou luto oficial de três dias, uma homenagem póstuma, visto que foi dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Ipatinga (Sindipa) por muitos 
anos e conheceu de perto a atuação do ex-presidente, além, claro, da importância de Rinaldo Campos Soares para a região.

Luiz Carlos destaca amor e compromisso com a região


DA REDAÇÃO - “Estive ao lado dele no (Hospital) Felício Roxo até às 21h de ontem (quarta-feira). Posso dizer que a sua morte é uma tristeza muito grande, não só para o Vale do Aço, mas para 
todo o Brasil. Ele foi uma pessoa com uma visão muito humanista. Tive o prazer de conviver com o Rinaldo por mais de 30 anos. Ele deixa um legado importante para o município, pois desenvolveu 
tanto a parte dos investimentos, quanto das pessoas que vivem na cidade. (Ele) deu contribuições importantíssimas nas áreas social, educacional e de saúde. Lamento (por ele) ter falecido ainda novo, porque tenho certeza que tinha muito mais coisas a fazer”, diz o deputado estadual (PDT) e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga (Sindipa). Conforme Luiz Carlos, 
profissionalmente Rinaldo também foi eficiente e exemplar. 
“O processo de privatização da Usiminas, por exemplo, foi considerado o melhor do país muito em parte da sua atuação à frente da siderúrgica”, lembra. 

Na avaliação do deputado, as realizações deixadas por Rinaldo Campos indicam que ele deve ser venerado para sempre. “Posso dizer, sem dúvida, que foi um dos engenheiros mais competentes, disciplinados e responsáveis que o Brasil já teve. Considerado um dos mais respeitados do setor de siderurgia no país. Ele pegou a usina com 15 mil funcionários. Hoje, já são mais de 
100 mil em todo o Brasil. Foi um empresário visionário”, pontua o parlamentar.
E, o mais importante, na concepção de Luiz Carlos. “O Rinaldo se tornou um cidadão do Brasil e do mundo, mas nunca se esqueceu da região do Vale do Aço, principalmente de Ipatinga. Foi um ser humano admirável e acho que, apesar da perda, uma forma de lembrar dele será aproveitar tudo o que deixou de bom para Ipatinga”, concluiu Luiz Carlos Miranda.

Do chão de fábrica para a consagração

DA REDAÇÃO - Elísio Cacildo, presidente da Agência de Desenvolvimento de Ipatinga (ADI), engenheiro aposentado da Usiminas, trabalhou diretamente com Rinaldo Campos Soares 
por dez anos. Em meio à dor pelo falecimento do amigo de tantas jornadas, Elísio falou um pouco sobre a trajetória do dirigente. “Rinaldo foi um homem ímpar. Se destacou pela competência e liderança que conduzia seu trabalho. Aprendi muito com ele durante o período que tive o privilégio de trabalhar ao seu lado. Um homem que veio do chão de fábrica e venceu na vida por mérito próprio. Fez uma carreira brilhante na Usiminas e se destacou ainda por ajudar a construir e consolidar nossa cidade. Seu maior legado foi a atuação social que ele desempenhou nos 
mais diversos setores da sociedade ipatinguense”, conclui Elísio Cacildo.

Paixão por Ipatinga

DA REDAÇÃO - “Conheci o Rinaldo no final dos anos 60, quando ele ainda era funcionário da Fundação Gorceix. De lá para cá, são mais de 30 anos de amizade e um grande respeito. Tive a oportunidade de estreitar ainda mais nossa amizade com o início do time de futebol criado por ele. Viajamos centenas de vezes com a equipe do Apoteose. Em minha opinião, Ipatinga perde uma pessoa extremamente apaixonada e preocupada com o desenvolvimento da cidade. Rinaldo 
deixa uma lacuna que jamais será preenchida.”

Oswaldo Cunha, engenheiro aposentado da Usiminas e um dos 
fundadores do time de futebol Apoteose.

Tia Lúcia: “Rinaldo veio ao mundo para servir às pessoas”


DA REDAÇÃO - “Acompanhei a doença de perto, sempre ao lado da família. Fiquei comovida quando soube que parte do velório seria em Ipatinga. Assim, poderemos manifestar publicamente a gratidão que temos pelo Rinaldo, por tudo que ele fez pela Casa da Esperança. Ele sempre deu sustentação para a gente, com uma ajuda muito grande, sempre atuante”Com essa declaração, a responsável pela entidade, Maria Lúcia Valadão, a “Tia Lúcia”, lembrou os benefícios concedidos pelo engenheiro Rinaldo Campos Soares. Segundo ela, todas as melhorias na estruturação da Casa da Esperança tiveram o apoio incondicional do então presidente da Usiminas. "Era uma pessoa com um lado humano sensacional. Tenho a convicção que o Dr. Rinaldo não seguia os passos de Cristo, mas andava ao seu lado. Tudo que ele fazia era pelo prazer mesmo de servir. Em momento algum procurava publicidade para os seus atos”, 
pontua Tia Lúcia. Ela lembra que esse papel de benfeitor vai eternizar a figura de Rinaldo Campos. “Assim como ele fez pela Casa da Esperança, tenho certeza que ajudou muito outras pessoas e instituições. Ele estava no mundo para servir às pessoas. Posso dizer que a Casa da Esperança perdeu um grande amigo. O Dr. Rinaldo se realizou tanto profissionalmente quanto pessoalmente”, concluiu Maria Lúcia 
Valadão.


NOTAS DE PESAR


Última homenagem

Com pesar, a Administração Municipal de Ipatinga, lamenta a morte do Dr. Rinaldo Campos Soares, se une aos amigos nas manifestações de solidariedade à família em luto. Aproveita para convidar a todos, para prestar a última homenagem, durante o velório que acontece hoje das 8h às 15h no hall da Prefeitura.

Robson Gomes, prefeito de Ipatinga

Trajetória marcante

“A indústria brasileira perde uma importante personalidade. Mineiro de Divinópolis, Rinaldo Campos Soares ingressou na Usiminas em 1971, como assessor do departamento de 
engenharia industrial, e deixou a empresa em 2008, como seu diretor-presidente. Sua vida, portanto, confunde-se com a própria história da Usiminas e com o desenvolvimento da 
siderurgia em nosso País. Processos importantes, como a privatização e a consolidação da Cia. Siderúrgica Paulista (Cosipa), foram conduzidos em sua gestão com inegável êxito, 
contribuindo para tornar a Usiminas o maior complexo siderúrgico de aços planos da América Latina. Certamente, seu legado permanecerá expresso em nossas usinas, fábricas e escritórios, e também nas comunidades onde a empresa se faz presente. Aos familiares e amigos, manifestamos a nossa maior solidariedade em nome de todos os 35 mil empregados da Usiminas”.

Wilson Brumer, presidente da Usiminas

Um grande homem

O prefeito de Timóteo, Sérgio Mendes, recebeu com tristeza a notícia do falecimento do engenheiro Rinaldo Campos Soares, a quem definiu como um dos grandes homens do Vale do Aço. Sérgio Mendes lembra que a administração competente do então presidente da Usiminas possibilitou que a empresa se expandisse e se transformasse em um dos maiores conglomerados siderúrgicos do Brasil, trazendo empregos, renda e desenvolvimento para todas as cidades da Região Metropolitana do Vale do Aço.

Modernização e grandeza

“É com pesar que lamento a morte de um dos maiores empreendedores mineiros. Rinaldo Campos Soares mostrou que era possível aliar desenvolvimento, sustentabilidade e sensibilidade social, antes mesmo que a essência do termo se popularizasse. Sua trajetória estará intrinsecamente ligada com a modernização e grandeza da Usiminas, com o desenvolvimento do país e como representante do povo japonês em Minas. Vimos nele um homem íntegro de formidável caráter, que deixa sua marca, assim como Tiradentes e Tancredo Neves, que foram embora nessa mesma data, como um dos grandes personagens mineiros. Meus sentimentos de pesar aos familiares.”

Alexandre Silveira, deputado federal e secretário extraordinário 
de Estado de Gestão Metropolitana

Um comentário:

  1. Durante 25 anos e quatro meses fiz parte da família Usiminas, e pude constatar a eficiente administração do Dr. Rinaldo Campos Soares. Com certeza o Brasil perdeu um dos grandes ícones da Indústria Siderúrgica. O ex-presidente da Usiminas deixa um exemplo muito grande de como o administrador que também se preocupa com a área social e com o bem estar da sociedade.

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